Trabalho terapêutico Analise Comportamental
Por: Ednelso245 • 15/6/2018 • 1.923 Palavras (8 Páginas) • 394 Visualizações
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5. As autoras analisam comportamentos emitidos pelo terapeuta descrevendo um guia que poderá ser seguido na prática psicoterápica. O que as autoras informam?
Uma interessante pesquisa de Strong, Taylor, Bratton e Loper (1971) explicitou não só as qualidades necessárias ao terapeuta, como também buscou descrever alguns comportamentos considerados relevantes para a relação terapêutica. Conforme apontaram os autores, terapeutas que apresentam altas taxas de comportamentos gestuais (assentimento com a cabeça, sorrisos, aproximação do corpo em direção ao cliente etc.) são melhor avaliados tanto pelos clientes quanto por observadores externos. Um dado complementar a esse estudo refere-se a afirmativas de alguns autores como Miranda e Miranda (1993) e Rangé (1995) que assinalam a importância de alguns comportamentos gestuais (como manter contato visual) para uma relação terapêutica satisfatória.
6. O cliente e os comportamentos emitidos em situação clínica são responsáveis por efeitos no comportamento do terapeuta e, portanto, uma vez conhecidos, poderão auxiliar na prática psicoterápica, na medida em que permitem ao terapeuta melhor discriminação da interação e cuidados na abordagem ao cliente. Descreva as variáveis mencionadas.
A importância em atentar às variáveis do cliente que podem favorecer ou dificultar a relação terapêutica recai no fato de que, embora existam posturas que devam ser adotadas no atendimento a qualquer cliente, flexibilidade é importante e alguns cuidados específicos precisam ser tomados na terapia com determinados clientes. Se esses apresentam padrão de comportamento dominador, é aconselhável que o terapeuta não tente impor um ponto de vista; se o padrão for persecutório, aceitação e tolerância são recomendadas; se apresentarem freqüentemente comportamentos hostis, o terapeuta não deve pressioná-los; se apresentam sempre queixas, paciência é requerida; se o padrão de comportamentos é submisso e dependente, é aconselhável modelar as conquistas em pequenos passos (RANGÉ, 1995).
7. Diferencie os termos eficiência, eficácia e efetividade [procure em outras fontes e cite-as] em sua aplicação ao campo da psicoterapia.
A eficiência consiste em fazer alguma coisa da maneira certa. Ter um dever ou obrigação e fazê-lo da forma correta. Uma pessoa eficiente é uma pessoa que, diante de uma determinada circunstância, é capaz de exercer aquilo que lhe é proposto.Já a eficácia diz respeito a coisa certa a ser feita.
A eficácia está relacionada ao processo de escolha, de tomada de decisão. Enquanto a eficiência está ligada em como as coisas devem ser feitas, a eficácia refere-se ao resultado deste processo.Entre eficiência, eficácia e efetividade, o último dos três termos é o mais complexo. Enquanto a eficiência consiste na condição e aptidão para a realização de uma tarefa, a eficácia em alcançar os objetivos, a efetividade é a satisfação, o sucesso na prática do que é feito. Simplificando, ser efetivo é realizar aquilo que foi feito (eficiência) da maneira certa (eficácia).
8. Em que consiste a efetividade da terapia? Quais aspectos são abordados como produtores de resultados positivos? (Inclua e identifique os fatores específicos e não-específicos).
Por que as terapias funcionam é uma pergunta que cada vez mais terapeutas e pesquisadores têm tentado responder. Embora exista um consenso de que a terapia, em geral, beneficia um grande número de clientes, faz-se necessário conhecer a que se deve este benefício, isto é, quais aspectos da terapia são os que favorecem os resultados positivos (GAVINO, 1996). Em outras palavras: os resultados da terapia se devem às técnicas específicas que elas afirmam utilizar (interpretações, obtenção de insight, associação livre, análise da transferência, interpretação de sonhos, confrontações, exposição in vivo, correção de pensamentos disfuncionais etc.) ou são decorrentes de elementos comuns a todas as terapias, inerentes à relação terapêutica e existentes em qualquer relação humana de boa qualidade: empatia, calor humano, apoio, autenticidade, além de muitas vezes serem suficientes para tranqüilizar, incutir esperança e autoconfiança? (CORDIOLI, 1998).
Encontram-se estudos comparativos entre abordagens que favorecem a terapia comportamental e cognitiva, o que indicaria que fatores específicos usados pela abordagem são os elementos importantes que levam à mudança (BREGMAN, 1999; CRASKE et al., 1995, em casos de pânico; DURHAM et al., 1994, em casos de ansiedade). Já outras análises e estudos encontraram uma prioridade das variáveis de relacionamento sobre técnicas no sucesso ou fracasso de terapias. Por exemplo, um estudo de Keijsers, Hoogduin e Schaap (1994) verificou que as variáveis relacionadas à queixa (severidade inicial, depressão inicial e duração do problema), e as variáveis não específicas do tratamento (motivação do cliente e qualidade da relação terapêutica), afetaram resultados de tratamentos comportamentais de transtorno obsessivo-compulsivo.
9. O que é discutido sobre comportamento modelado por contingências versus comportamento governado por regras?
O questionamento sobre mudanças comportamentais na terapia serem modeladas por contingências ou pelo estabelecimento de novas regras é similar ao questionamento sobre o papel das variáveis específicas ou comuns a todas as terapias no sucesso do tratamento. Skinner (1989) afirmou que os terapeutas comportamentais, ao invés de organizarem novas contingências de reforçamento tal como pode ser feito na escola, lar, local de trabalho ou hospital, têm a função de fornecerem conselhos na clínica. Estes podem ter a forma de ordens ou podem descrever contingências de reforçamento. De acordo com essa sua análise, as conseqüências que reforçam mudanças estão fora da clínica e, nesse sentido, os novos comportamentos que o cliente adquire durante a terapia seriam governados por regras.
Entretanto, alguns seguidores de Skinner, os terapeutas comportamentais behavioristas radicais como Hayes, Kohlenberg e Melancon (1989) e Follette et al. (1996) afirmam o contrário. Dizem que a experiência direta que ocorre entre terapeuta e cliente é o mais fundamental, ou seja: a história de aprendizagem adicional adquirida na interação com o terapeuta durante o tratamento é um importante mecanismo de mudança. A relação terapêutica proveria uma oportunidade para os clientes emitirem comportamentos problema e aprenderem formas novas e mais efetivas de responderem.
10. Sobre pesquisa tendo
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