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FREDERICK S. PERLS E A GESTALT-TERAPIA

Por:   •  18/4/2018  •  1.415 Palavras (6 Páginas)  •  415 Visualizações

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Principais Conceitos.

A Gestalt-Terapia pode ser considerada uma terapia da relação, no sentido em que olha para o homem a partir da interação do organismo e seu meio (campo organismo-meio). Essa relação organismo-meio é vista como um processo contínuo de surgimento de figuras motivacionais, mobilizando o organismo como um todo. Estas figuras motivacionais são as necessidades dominantes naquele momento a fim de serem satisfeitas para voltarem ao equilíbrio. Acreditamos na sabedoria inata ao organismo, através da qual ele busca a homeostase, a sua auto-regulação. Como a todo o momento nossa vida é uma alternância entre equilíbrio e desequilíbrio, o processo homeostático está acontecendo conjuntamente. Se isto não acontecer, o equilíbrio se perde, e o indivíduo se torna doente. Deste modo, nossa vida é um constante abrir e fechar gestalt, sendo que o modo como elejo minha necessidade, como delimito-a e como busco seu fechamento são decisivos para minha saúde, e é através do contato com o meu modo de interagir com o meio que vai me possibilitar fluir pelo processo de formação e destruição de Gestalt . Estar presente na sua figura dominante do momento é estar sendo autêntico consigo mesmo. E é essa autenticidade consigo que pode possibilitar uma vida mais saudável na relação com o meio.

Ênfase no Aqui e Agora conceito tão importante para a Gestalt terapia é a vivência baseada no que estou "vivendo nesse momento", que não exclui o passado e o futuro. É a presença do momento vivido. Para mim, a perda do encontro que tem como finalidade a expansão, baseia-se no excesso de racionalidade. A razão, supervalorizada desde Sócrates, faz com que outras dimensões de nós mesmos fiquem de fora, causando-nos uma espécie de abandono de partes que nos constituem.

Preponderância do Como Sobre o Porquê em Gestalt a importância é dada na ampliação da consciência sobre como a pessoa se comporta, ao invés de investigar os porquês de um comportamento. Não há como separar apenas um elemento do todo, porque tanto ele é causado por outros.

Dinâmica

Crescimento Psicológico

Perls definia a saúde e a maturidade psicológicas como sendo a capacidade de emergir do apoio e da regulação ambientais para um auto apoio e uma auto regulação. A neurose pode ser considerada como um tipo de estrutura em cinco camadas: camada dos clichês ou da existência dos sinais, inclui todos os sinais de contato: “bom dia”, “oi”, “o tempo está bom, não é?”. Camada dos papéis ou jogos é a camada do “como se” em que as pessoas fingem que são aquelas que gostariam de ser. Perls sugere que alcançamos: camada do impasse, também denominada de camada da anti-existência ou do evitar fóbico, aqui experimentamos o vazio, o nada: é o ponto em que, para evitarmos o nada, geralmente interrompemos nossa tomada de consciência e retrocedemos à camada dos papéis. Camada implosiva ou da morte, alcançamos se formos capazes de manter nossa autoconsciência no vazio da camada anterior. Camada explosiva, última das camadas, que atingimos se pudermos ficar em contato com esta morte, a tomada de consciência neste nível constitui a emergência da pessoa autêntica, do verdadeiro self, da pessoa capaz de experiência e expressar suas emoções. A mudança não pode ser forçada e o crescimento psicológico é um processo natural e espontâneo.

Obstáculos ao Crescimento

Perls considera a fuga da conscientização e a consequente rigidez da percepção e do comportamento como os maiores obstáculos ao crescimento psicológico.

Para ele existem quatro mecanismos neuróticos básicos que impedem o crescimento, na estrutura de cinco camadas da neurose, eles operam basicamente na segunda e terceira camadas:

- Introjeção: ou “engolir tudo” é o mecanismo pelo qual os indivíduos incorporam padrões, atitudes, modo de agir e pensar que não são deles próprios, tornando-os divididos, desintegrados.

- Projeção: num certo sentido é o oposto da introjeção, é a tendência de responsabilizar os outros pelo que se origina no self, um repúdio pelos seus próprios impulsos, desejos e comportamentos.

- Confluência: os indivíduos não tem nenhum limite entre eles mesmos e o meio ambiente, tornando impossível um ritmo saudável de contato e fuga. Também impossibilita a tolerância das diferenças, pois não diferenciam entre si mesmo e as outras pessoas.

- Retroflexão: significa literalmente “voltar-se de forma ríspida contra”, indivíduos retroflexões se voltam contra si mesmos, dividem-se e tornam-se sujeito e objeto de todas as suas

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