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Relatório de estágio em avaliação psicológica

Por:   •  2/1/2018  •  2.488 Palavras (10 Páginas)  •  363 Visualizações

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Existem dois tipos de estágio, o Estágio Curricular Obrigatório e o Estágio Curricular Não Obrigatório, sendo o primeiro integrado à grade curricular do curso, obrigatório, de cunho oficial e necessário para a obtenção do grau universitário e o segundo, é um ato educativo, opcional, com a finalidade de complementar os conhecimentos teóricos recebidos pelo estudante ao longo das atividades de ensino/aprendizagem.

A Faculdade Nobre opta pelo Estágio Curricular Obrigatório, que na grade curricular do curso de Psicologia acontece em seis períodos. Nos períodos 3, 5 e 7 acontecem os Estágios Supervisionados Básicos I, II e III, respectivamente. Nos períodos 8, 9 e 10 acontecem os Estágios Supervisionados Específicos I, II e III.

“O estágio é a oportunidade que todo estudante tem de vivenciar na prática aquilo que está aprendendo na teoria. Tem a propriedade de estimular sua visão crítica para o compreender e o fazer, e requerer sua criatividade e prontidão para a tomada de decisões, favorecendo a leitura da realidade de trabalho e permitindo sua identificação com as atividades que se propõe a desenvolver quando já profissional.” (Website 1)

O presente estágio está classificado como supervisionado básico III na área de Avaliação Psicológica V com foco em psicodiagnóstico e acontece na clínica escola da Faculdade Nobre (PSICOFAN), sendo divido em dois momentos: O momento em que é realizada a supervisão, onde recebemos orientações sobre como proceder no contato com o paciente e como deveremos nos portar perante as situações que serão levantadas pelo mesmo, através de discussões sobre os casos; e o momento em que temos o contato com o paciente, utilizando das técnicas científicas aprendidas em sala de aula.

Para a supervisão e o contato com o paciente, o estagiário deve estar ciente das regas que regem a clínica escola, bem como estar matriculado da instituição de ensino e ter a presença de setenta e duas horas mínimas para a validação do estágio.

A partir do que foi exposto, pode-se perceber que o estágio integra o aprendizado, além de colocar o estudante em situações fora do contexto da sala de aula, promovendo a ampliação do olhar tanto para o objeto de estudo, como para o ambiente que o cerca.

No âmbito da abordagem clínica, pode-se observar que o estágio está contribuindo de maneira significativa na relação com o indivíduo, tendo em vista a oportunidade de ampliação da capacidade de compreender todas as etapas em que o paciente se revela, proporcionado uma modificação na postura do estudante, o deixando mais aberto para o ambiente, bem como a maneira de se portar perante a prática, agindo de maneira ética, além de poder ter um contato com os materiais exclusivos para a utilização do psicólogo e relacionando os momentos de teoria, na prática, possibilitando assim uma atuação destacada em atividades futuras de intervenção.

3. Entrevista

De acordo com BLEGER (1998), a entrevista é utilizada como uma técnica de investigação científica em psicologia, que tem objetivos psicológicos de investigação, terapia, entre outros. Ela é um método fundamental no trabalho do psicólogo, pois é através dela que o comportamento total do indivíduo se mostrará durante a relação entre o entrevistado-entrevistador. Para tal, BLEGER (1998) propõe que as estruturas das entrevistas são fundamentalmente abertas ou fechadas, onde a primeira permite uma flexibilidade maior do entrevistado, pois o mesmo configurará o campo da entrevista segundo sua estrutura psicológica particular, já a segunda opção, é um questionário onde as perguntas já estão formuladas, não permitindo que o entrevistador as altere.

CUNHA (2000) propõe que os objetivos de cada entrevista que irão nortear as estratégias utilizadas para cada uma delas. Segundo a autora, a entrevista é um conjunto de técnicas investigativas, delimitada no tempo, onde um profissional capacitado utilizará de seus conhecimentos psicológicos na relação profissional, objetivado a descrever e avaliar os aspectos pessoais, relacionais e sistêmicos de cada indivíduo para encaminha-lo ou intervir em seu benefício.

Para a autora, o objetivo da entrevista clínica é conhecer o sujeito na sua totalidade e buscar entender o que o levou até a entrevista, e para tal, o entrevistado leva a sua queixa e espera um retorno. Dessa forma a eficácia da entrevista dependerá do espaço que o entrevistado tem para se manifestar e da habilidade do entrevistador para conduzir esse processo, portanto, ela sugere que a entrevista clínica deverá ser feita pelo método semi-estruturado por conta dos aspectos em que esta propõe, que seria o fato de o entrevistador saber dos seus objetivos, saber das a relevância das informações e como elas deverão ser obtidas, além de estabelecer uma padronização, o que contribui para a confiabilidade da informação obtida e permite que um registro seja feito para que seja acessado no planejamento das intervenções para com esse sujeito.

Para lidar com a entrevista, CUNHA (2000) coloca aspectos que devem ser seguidos pelo entrevistador para melhorar as suas habilidades na condução desta e na relação com o entrevistado. A autora diz que o entrevistador deverá ser capaz de escutar a demanda levada pelo sujeito, sem interferência de suas questões pessoais; proporcionar um ambiente onde o sujeito se sinta à vontade e estabelecer uma relação de trabalho com ele; facilitar o processo de fala, para que ele diga o que o levou a ser encaminhado ou procurar ajuda; buscar compreender as colocações incompletas ou vagas; saber como questionar as contradições do sujeito; saber lidar com as ansiedades relacionadas com os termas que surgirão nas entrevistas; saber reconhecer as defesas e modos de estruturação do paciente, as transferências e contratransferências; saber lidar com os momentos de impasse e dominar as técnicas utilizadas.

Quando o paciente em questão é uma criança, é necessário que uma entrevista lúdica seja feita, além da entrevista inicial feita com os pais para saber a demanda da criança e orienta-los a explicar para a criança o porquê de a estarem levando ao psicólogo. De acordo com CUNHA (2000) em referência a FREUD (1976), é através do brincar que as crianças fazem as projeções do que lhes causou dor, se tornando assim, senhoras das situações, pois é na brincadeira que elas agem como agiram com elas.

ABERASTURY (1978) propõe a hora do jogo terapêutica e diagnóstica, onde, na primeira, quando a sessão é finalizada o terapeuta guarda juntamente com a criança todo o material dentro de uma caixa onde

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