RESENHA CRÍTICA INFORMATIVA

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Foucault, ainda em seu estudo, deixa transparecer a relação existente entre a necessidade de povoar uma região com a sexualidade e a força de trabalho necessária para a manutenção da economia geradora de riqueza e pobreza, seja o capitalismo ou qualquer outro sistema de governo.

CONCLUSÕES

Pela obra estudada, evidencia-se a necessidade existente dos dominadores de promover um desejo de saber sobre sexualidade ou sobre o sexo com facetas de pretensa liberdade sobre o corpo e a vida na classe dominada. Como se fora uma liberdade de escolha o que obviamente levaria a liberdade do que está imposto com aparência de subversão. Mas, o que de fato acontece é um controle coletivo através das instituições estabelecidas como mecanismo de domesticação do homem, enquanto indivíduo, segundo os pensamentos e necessidades de cada época para que o poder seja mantido sob o controle dos formadores de opinião.

Esta análise é feita pelo filósofo por um viés histórico, social e psicanalítico, ou ainda, como a difusão de pensamentos tidos como corretos ou incorretos diante de qualquer das instituições seja escola, igreja, cadeia e hospitais influenciam a vida da sociedade a eles submetida e sua relação com a manutenção do poder. O quanto o poder é influenciado pelo conhecimento daqueles que o detêm (conhecimento) bem como as ciências em geral.

Pode-se considerar a obra de Foucault atualíssima pelo que se vive no Brasil, classes então ditas como dominadas e vítimas do preconceito e exclusão social agora bradam por seus direitos em todas as instâncias, religiosas, econômicas e civis. Vemos aí a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a permissão de adoção de filhos pelos mesmos e, o que mais tem assustado a sociedade hoje é a possibilidade de ver-se a instituição família destruída por estas classes que buscam exatamente assumir o poder de decidir e controlar a sociedade.

As divergências de discursos se confrontam na atualidade como traçado pelo filósofo em sua obra estudada, o que nos leva à conclusão de que a história seja em que área for ela é cíclica como numa incessante disputa pelo poder.