Propaganda enganosa: cosméticos
Por: Hugo.bassi • 16/5/2018 • 1.279 Palavras (6 Páginas) • 401 Visualizações
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Sem dúvida, o Brasil é a grande potência da América Latina. Entre os principais mercados destino das exportações brasileiras do setor estão Argentina, Chile, Venezuela, México e Colômbia, sendo que a categoria de produtos para cabelos é a mais exportada. (ABIHPEC, Euromonitor)
Com o sucesso lucrativo notável torna-se fácil a compreensão de tanto investimento na área da publicidade e propaganda em produtos de cosméticos. Ela é quem dita a regra do que deve ser consumido, quem deve consumir e por qual motivo, mesmo que não se tenha argumentos precisos para usa-lo. A questão lógica que se esconde por trás dessa valorização da beleza e pelo consumo de cosméticos se faz importante no cenário atual para o sucesso de uma marca e seus produtos, ela se torna o ponto chave para um bom posicionamento de mercado. Encontrar o que motiva os consumidores à utilização de cosméticos.
O comportamento do consumidor procura entender o motivo que leva os consumidores a consumirem certos produtos e não outros, para isso os profissionais de marketing estudam os pensamentos, sentimentos e ações dos consumidores e as influências sobre eles que determinam mudanças. É necessário, portanto, conhecer os hábitos, a forma como são consumidos os produtos, qual o resultado esperado pelo consumidor e a freqüência em que o mesmo é consumido. (Churchill e Peter, 2000).
O comportamento do consumidor é a área do marketing que estuda como e porque ocorre à compra e o consumo, analisa o comportamento do individuo no papel de consumidor. Segundo Solomon (2002, p.24) compreender o comportamento do consumidor consiste no “estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou dispõem de produtos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos”.
Para Churchill (2005, p. 4) “marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de ideias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”.
Desta forma, a mídia, lança suas campanhas ligadas à beleza e culto ao corpo, envolvendo em suas matérias figuras da mulher e de homem bem sucedidos, moderno (a), de beleza encantadora (a), por meio de mensagem subliminar, que transmita sensações de qualidade pessoal, felicidade, entre outros (ANDRADE E BOSI, 2003).
Assim, o corpo passa a sujeitar-se à exploração econômica da erotização e dos produtos embelezadores, que submete as pessoas a uma forma de poder controlador que se dá não mais pelo controle-repressão, mas pelo controle-estimulação, de maneira a favorecer determinados comportamentos, em condições rigidamente estipuladas, processo esse que pode ser exemplificado pela seguinte ideia: fique nu... mas seja magro, bonito, bronzeado (Foucault, 1979, p. 147).
Para Barbosa (2004) o consumo tem se tornado uma posição que vai além da satisfação de necessidades básicas, pois está presente em toda sociedade como um fator imprescindível para sua representação social, com isso a sociedade contemporânea evolucionou, para uma forma de consumo desnecessário, indo além das necessidades básicas de qualquer sociedade, ocasionando, assim, uma cultura de consumo.
Garrini (2007) enfatiza que a mídia coloca o consumo como agente motivador para obter as formas físicas desejadas e ainda exaltam os bens simbólicos destinados para o tratamento da boa forma e beleza.
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