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PSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO: Definições de Envelhecimento

Por:   •  6/11/2017  •  6.847 Palavras (28 Páginas)  •  318 Visualizações

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Psicologia do Envelhecimento

O envelhecimento não é exclusividade dos tempos modernos, mas foi nos últimos cem anos que se tornou comum. Calcula-se que nos tempos pré-históricos a velhice era extremamente rara e, mesmo no século XV II, provavelmente apenas 1% da população vivia mais de 65 anos. No século XIX, essa por porção subiu para aproximadamente 4% (Cowgill, 1970) Atualmente, na Grã-Bretanha, cerca de 11 milhões de pessoas, ou 18% da população, estão acima da idade da aposentadoria (HMSO, 1998). Esses números devem subir e atingir 14 milhões em 2040. Durante o século xx, a gerontologia considerou o envelhecimento como antítese do desenvolvimento, junto com a geriatria, muitos pesquisadores e praticantes em gerontologia consideravam a velhice como sinônimo de doença. Depois de longa década, novas formulações começaram a apontar a possibilidade de uma boa e saudável velhice. O desenvolvimento é um processo finito, desenvolvimento e envelhecimento são processos concorrentes, e ambos são afetados por uma complexa combinação de fatores que operam ao longo de toda vida. O interesse da Psicologia sobre a velhice e relativamente recente visto que a expansão sistemática da gerontologia só ocorre no final da década de 1950, principalmente em função do rápido crescimento no numero de pessoas idosas. Começaram em 1928 as primeiras pesquisas experimentais sobre a velhice, a respeito de tópico como: Aprendizagem, memoria e tempo de reação. No entanto, ate 1940, pouco se pesquisou sobre a vida adulta e a velhice, considerando que ate então esta foi a época de expansão e consolidação da psicologia da infância e da adolescência (Baltes,1995). Um possível motivo para o planejamento e a execução de um grande numera de estudos empíricos, acerca do envelhecimento, nem para a velhice como o fato social, fenômeno sem precedentes na experiência da humanidade (Neri,1995). Ainda é enfatizado, por esta autora que por muito tempo, a velhice foi estudada apenas dentro da psicologia de desenvolvimento e com importância inferior ao estudo da psicologia infantil. O envelhecimento era tratado como uma fase em que existem perdas, havendo perdas gradativas das capacidades tanto físicas quanto psíquicas. Segundo Baltes, a evolução do campo da psicologia do envelhecimento, no século xx, arretou mudanças também na natureza da psicologia do desenvolvimento que, em vários países, especialmente nos EUA, era um campo sobre posto ao da psicóloga infantil. Basicamente, a rápida emergência da psicologia do envelhecimento for uma consequência da confluência dessas duas correntes de interesse, originadas a partir da psicologia do desenvolvimento: Primeiro: houve uma curiosidade acerca da repercussão, ou seja, que consequências trariam, para a velhice as experiências de desenvolvimento ocorridas na infância e adolescência. Segundo: os psicólogos que trabalhavam com a vida adulta e a velhice, mas passaram a estender ao âmbito de seus conceitos e de seus estudos para a direção oposta do curso de vida (Baltes, 1995). Erik Erikson um dos pioneiros nos estudos sobre o desenvolvimento humano, com a formulação da teoria do desenvolvimento durante toda vida (1963,1964),explicitava que o desenvolvimento se processo ao longo da vida e que o sentido da identidade de uma pessoa se desenvolve através de uma serie de estágios psicossociais durante toda a vida (Bee, 1984). Esta teoria compõe-se de oito estágios sendo o período da vida adulta(considerando após 41 anos) denominado de integridade do ego versus desespero, sendo que a integridade, prudência , sabedoria, pratica e aceitação de modo de viver, e desespero seriam possivelmente medo da morte. Erikson, através destes estudos, contribuiu significada mente para a compreensão das transformações ocorridas na velhice, salientando-se ate, então, nenhum outro na psicologia havia dado ênfase ao estágios do desenvolvimento humano contemplando a vida adulta. Como apontam Bee e Mitcell (1984) a teoria de Erikson no sentido de oferecer a síntese sobre o desenvolvimento cognitivo e da personalidade, sobretudo na vida adulta. Outra teoria, desenvolvida por Gould (1978), enfatiza, seguindo uma abordagem similar a de Erikson, propondo também estágios de desenvolvimento. Estas teorias desencadearam dentro da psicologia do desenvolvimento humano, pois neste período já era despertado, em varias áreas do conhecimento, sobretudo Gerontologia, o interesse em conhecer melhor os fenômenos peculiares ao processo de envelhecimento e a velhice. Detona-se com os avanços dos estudos da psicologia do envelhecimento, a busca da velhice bem-sucedida, para isto alia-se a experiência de vida que os idosos possuem os fatores da personalidade para que estes possam desenvolver mecanismos que contribuam para uma boa saúde física e mental, autonomia e envolvimento ativo com a vida pessoal, a família, os amigos, o tempo livre e as relações interpessoais(Neri,1995). Na medida em que esta área da psicologia toma capa, vão ocorrendo também mudanças nos enfoques do desenvolvimento humano, incluindo-se novos contextos da vida e novos fenômenos evolutivos. Áreas como a psicologia organizacional e também tiveram que adaptar a essas mudanças e novas perspectivas.(Ner,1995).

DEFINIÇÕES DE ENVELHECIMENTO

Há uma variedade surpreendente de métodos para descrever idade de uma pessoa. Por exemplo, o envelhecimento pode ser descrito em termos dos processos que afetaram a pessoa conforme aconteciam. Eles podem ser divididos em acontecimento relativamente distantes (por exemplo, falta de mobilidade devido a poliomielite infantil), conhecidos como efeitos distais de envelhecimento, e mais recentes (como falta de mobilidade devido a uma perna quebrada), conhecidos como efeitos proximais de envelhecimento. O envelhecimento pode ser definido em termos da probabilidade de se adquirir uma determinada característica da velhice. Os aspectos de envelhecimento universais são aqueles que todas as pessoas mais velhas compartilham em certa extensão (por exemplo, pele enrugada), enquanto os aspectos de envelhecimento probabilísticos são prováveis, mas não universais (por exemplo, artrite). Esses termos podem ser comparados aos conceitos semelhantes de envelhecimento primário (mudanças corporais da idade) e envelhecimento secundário (mudanças que ocorrem com maior freqüência, mas não são um acompanhamento necessário). Acrescentam um terceiro termo- envelhecimento terciário- para se referir à rápida e acentuada deterioração física imediatamente anterior a morte. Outro método de medir o envelhecimento é criar uma divisão entre vida adulta inicial e tardia. Mas a mudança de uma para outra é gradual e contínua, de modo que qualquer medida será, em extensão,

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