Merleau-Ponty e a liberdade

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A fim de que fique clara suas ideias o Merleau-ponty utiliza de vários exemplos ao longo do capitulo, assim como o da classe de operários inclusos no fenômeno capitalista onde dia a dia cria se obstáculos na tentativa de alcançar o estado de liberdade. Presos em sua facticidade precisa-se que ousem contra o sistema, que traspasse o obstáculo imposto para experienciar a tal liberdade caracterizada pelo autor.Desse modo podemos refletir sobre esse aspecto da liberdade para Merleau Ponty dado num contexto histórico e social, onde existe a possibilidade do homem exercer a sua liberdade a partir da sua ação real e concreta no mundo, agindo (ousando, resistindo, combatendo, lutando) para transpor e ultrapassar as barreiras sociais e os limites impostos pelo sistema social, que são os obstáculos, e assim é dada então a possibilidade ao homem de exercer e conquistar a liberdade no mundo, como por exemplo: uma pessoa que devido um acidente tornou-se impossibilitada de se expressar através da fala, busca a pintura como um “refúgio” e uma maneira que ele possa expressar seus sentimentos e ideias e, acaba se tornando um grande pintor, essa pessoa usou de sua liberdade para Merleau Ponty, porque construiu algo com a ausência da fala, conseguindo superar um obstáculo dado pelo mundo.

Depois de toda a explicação a cerca da liberdade no texto descrita, o autor ainda sim diz que não existe uma liberdade absoluta, que o homem é só um laço de relações, apenas as relações contam para o homem, e como é difícil tomar decisões pautadas no si-para-si e ações que concretizem a tomada de decisão uma vez que nascemos do mundo que já esta constituído, onde existe um contexto sócio histórico independente de nós que se caracteriza pelas relações interpessoais, pelo convívio em sociedade. Desprender-se disto é um eterno desafio, aos que ousarem ultrapassar limites será concretizada a conquista da liberdade.