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Mente indisciplinada e limitação pessoal

Por:   •  25/4/2018  •  3.211 Palavras (13 Páginas)  •  258 Visualizações

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Segundo especialistas que estudam o funcionamento dos computadores e da mente humana, se pudéssemos remover o cérebro de dentro da caixa craniana e mantê-lo vivo mecanicamente, ele continuaria tagarelando da mesma forma. "O cérebro não se importaria com o fato de não estar mais conectado a pessoa que sofria com ele" (OSHO, 2002, p.69).

No campo científico, há quem considere um grande desperdício que a mente de Albert Einstein morra com ele, se fosse possível implantar esse cérebro em outra pessoa, ela continuaria pensando a respeito da teoria da relatividade e quem recebesse esse novo cérebro acordaria com os novos pensamentos e a nova tagarelice sem suspeitar do que aconteceu (OSHO, 2002).

Pensar demais, sem nem um autocontrole mental, é uma bomba contra a saúde psíquica. Não são apenas as drogas psicotrópicas que viciam, mas também o excesso de informação, atividades, preocupação e o uso de celular. Muitos entre os melhores profissionais padecem desse mal; são ótimos para sua empresa, mas carrascos de si mesmos. Sem perceber, eles alteram algo que deveria ser inviolável: o ritmo de construção de pensamentos.

O desrespeito a essa ferramenta da qualidade de vida tem sido uma das importantes causas do adoecimento coletivo das sociedades modernas. "Para se ter uma ideia, somente em relação a depressão, 1,4 bilhão de seres humanos cedo ou tarde desenvolverão algum transtorno depressivo" (CURY, 2015, p.13). Por mais que tenham acesso a indústria do entretenimento, estamos na era dos "mendigos" emocionais.

"Uma criança de sete anos tem mais informações que filósofos da Grécia antiga" (CURY, 2015, p.10). No passado, o número de informações dobrava-se a cada dois ou três séculos; hoje, dobra-se a cada um ano. Desse modo, não precisamos ter tido uma infância doente mentalmente para sermos adultos com uma mente hiperacelerada, Cury (2014) salienta que basta ter alguma das causas abaixo:

- Excesso de informação

- Excesso de atividades

- Excesso de trabalho intelectual

- Excesso de preocupação

- Excesso de cobrança

- Excesso de uso de celulares

- Excesso de uso de computadores.

Cada ser humano deve ter seus momentos particulares consigo mesmo para questionar seus pensamentos e refazer caminhos. "A rainha da Inglaterra nunca teve mais valor nem mais complexidade intelectual do que um miserável das ruas de Londres. Einstein e Freud não tiveram mais segredos psíquicos do que um faminto do Terceiro Mundo" (CURY, 2015, p.22).

Respeitá-los e tomarmos como modelo é saudável, porém, supervalorizá-los é uma atitude irracional. Afinal, para a ciência todos somos igualmente complexos e dignos. Alguns nascem, crescem e morrem sem nunca ter tido um encontro marcante com a própria história, por não trabalhar suas crises, adoecem em qualquer época da vida.

Muitos padres, líderes protestantes, budistas, islamitas ou ateus adoecem por não entenderem que os piores inimigos estão dentro de si, são eles mesmos que os criam. Nisso, vivem aprisionados às suas "verdades" e só serão livres quando preservarem suas mazelas psíquicas nos porões da mente, sem receio de perpetuar suas feridas ao tocar na dor do passado (CURY, 2015).

2.2 O PODER MENTAL

A mente tem o poder de determinar quem somos e a ciência vem provando a cada dia que nossa capacidade mental e até fisiológica pode ser modificada pelos nossos pensamentos. São comuns as reportagens de pessoas que ganharam somas em loterias e anos depois estavam pobres novamente pelo simples fato de não ter havido aí uma reprogramação mental.

Para Cury (2014, p.8) "O dinheiro compra bajuladores, mas não amigos; compra a cama, mas não o sono; compra pacotes turísticos, mas não a alegria; compra todo e qualquer tipo de produto, mas não uma mente livre; compra seguros, mas não o seguro emocional". Numa existência intensa como a nossa, conquistar uma mente livre e ter seguro emocional faz toda a diferença.

O autocontrole mental transformou-nos em escravos vivendo em sociedades livres. Quem pratica o autoconhecimento tem mais condições de superar suas misérias psíquicas e recomeçar depois das falhas, pois deixará de ser controlado para controlar sua vida, não aceitando nenhuma ideia conflitante sem a debater, resgatará a liderança do eu e a exercerá plenamente.

O eu é a nossa capacidade de analisar as situações, duvidar, criticar, fazer escolhas, exercer o livre-arbítrio, corrigir rotas, estabelecer metas e administrar o psiquismo, quando doente, sem estrutura e maturidade, é indeciso, inseguro, instável, impulsivo, ansioso, escravo dos pensamentos e das emoções destrutivas (CURY, 2015).

Desde o início dos tempos, o ser humano tem sido impulsionado por uma incessante força de ir além do que os olhos podem alcançar. As inquietações despertaram a capacidade humana para buscar algo inexplorado e partiram do mesmo lugar, uma mente inquieta, se sentindo perfeitamente capaz de explorar o desconhecido e desejando novos horizontes.

A história de Soichiro Honda, fundador da Honda Motors, ilustra o que é ter uma mente poderosa. Quando bem jovem, pegou todas as suas economias e investiu numa pequena oficina mecânica. Trabalhava dia e noite em um ritmo extremamente forte para obter resultados, pois seu grande sonho era trabalhar para a Toyota, ainda que seus projetos foram recusados pela montadora, ele não desistiu (GURGEL, 2014).

Ao passar desse tempo, Soichiro teve uma grande ideia, passou a adaptar motores de geradores em bicicletas, resultando na primeira motocicleta Honda que o fez conquistar seu lugar no mercado japonês e não parou mais de crescer. Atualmente, sua marca é conhecida mundialmente, sendo considerada umas das montadoras com o maior faturamento em todos os continentes (GURGEL, 2014). Conforme figura 1:

Figura 1 - Soichiro Honda e o logotipo de sua marca

[pic 1]

Fonte: www.sucessonasempresas.com (2012).

Nesse sentido, não há dúvida de que o cérebro é capaz de tarefas infinitamente mais complexas do que se tem conhecimento. A soma total do conhecimento sobre a mente humana é, provavelmente, menos de 1% de tudo o que há para saber. Quando testes provam que a mente funciona de determinado

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