Impactos Psicologicos no Câncer de Mama
Por: Sara • 6/12/2018 • 1.548 Palavras (7 Páginas) • 324 Visualizações
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Vários estudos dentro do tratamento do câncer de mama destacam a grande importância da atuação do psicólogo, na continua melhora do aspecto biopicossocioespiritual da mulher. O psicólogo uma vez atento a realidade do paciente e sua vivência, ou seja, significados e valores, irá de fato promover e possibilitar um tratamento mais humanizado e adequado.
2. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE CÂNCER DE MAMA
O corpo feminino passa por várias transformações ao longo de seu desenvolvimento e as etapas são aparentemente visíveis. Trata-se da mudança a partir do corpo infantil para chegar ao corpo feminino adulto, sensual e harmônico em suas formas e em seus contornos. Talvez a mudança mais visível no desenvolvimento seja a formação das mamas, formação que antecede a menarca, marco do início da vida adulta e fértil (SEGAL, 1995).
O Câncer de Mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes (INCA 2006ª).
O período crítico de oncogênese parece corresponder ao intervalo entre a menarca e a primeira gestação a termo, pois o lóbulo mamário, nessa fase, encontra-se em amplo processo de divisão celular até o final da adolescência. Quando a proliferação é intensa, a célula fica mais susceptível a agentes carcinogênicos, podendo resultar em mutações e transformações malignas. O desenvolvimento tumoral é lento, expressando-se com maior freqüência a partir dos 35 anos, sendo cada vez mais freqüente com o progredir da idade (Barros, 1994).
De acordo com Sabbi (1999), a mulher moderna oferece um terreno propício para o câncer de mama. Seguem alguns aspectos indicados pelo autor:
a) os seus hábitos sociais e alimentação favorecem o desenvolvimento do câncer mamário;
b) também aquelas que tenham parentes de primeiro grau que tiveram câncer da mama;
c) as mulheres que começaram a menstruar muito cedo (antes do 11 anos);
d) mulheres que menstruam por mais tempo (após 52 anos);
e) mulheres que tiveram seu primeiro filho tardiamente (depois dos 30 anos);
f) mulheres que não tiveram filhos, ou que amamentaram pouco;
g) mulheres com mais de 50 anos e menos de 65 anos;
h) mulheres que consomem muita comida gordurosa e poucas verduras, legumes, frutas e grãos naturais;
i) mulheres com excesso de peso, especialmente após a menopausa;
j) mulheres que consomem álcool regularmente, fumam ou usam muito açúcar branco;
l) mulheres que já tiveram um tumor de mama, mesmo que estejam curadas.
- TIPOS DE CÂNCER DE MAMA
De acordo com a revista de Oncologia (ASTRAZENECA, 2007, p.08), “o câncer de mama pode ser dividido em duas categorias principais: o câncer de mama não-invasivo e o câncer de mama invasivo.”
O câncer de mama não-invasivo é também denominado de carcinoma in situ. São assim denominados, pelo fato de não serem capazes de espalhar-se para outras partes do corpo. Constitui-se dois tipos de câncer que estão confinados aos ductos ou lóbulos e não se propagam para tecidos circunvizinhos. São eles: o carcinoma ductal in situ (conhecido como CDIS); e o carcinoma lobular in situ (conhecido como CLIS).
Um câncer de mama invasivo é aquele que se movimenta além dos lóbulos e ductos, para dentro do tecido mamário adjacente. Existem vários tipos de câncer de mama invasivo, o mais comum é o carcinoma ductal invasivo, que ocorre nos ductos e representa cerca de 80% de todos os casos de câncer.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ASTRAZENECA, Oncologia. “O Câncer de mama e as opções de tratamento. Guia para pacientes e cuidadores”. Produzido em Agosto/2007.
BARROS, A.; Nazário, A. “Fatores de risco para o câncer de mama. In: Câncer da Mama - Diagnóstico e Tratamento”. Rio de Janeiro: Medsi, 1994.
INCA - Instituto Nacional de Câncer (2006a). “Incidência de câncer no Brasil: estimativa 2006”. em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2006/versaofinal.pdf Acesso em 04 de Maio de 2013.
SABBI, Ricardo A. “Salvando a sua mama - informações para as mulheres”. Rio de Janeiro: Revinter, 1999.
SALES C, Paiva L, Scandiuzzi D, Anjos AC. “Qualidade de vida de mulheres tratadas de câncer de mama:
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