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Historia da psicologia

Por:   •  16/1/2018  •  2.749 Palavras (11 Páginas)  •  273 Visualizações

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Para ser considerada ciência é necessário que haja um objeto de estudo, e a psicologia tem uma grande diversidade de objetos, no sentido mais amplo, o objeto de estudo da psicologia é o homem.

A psicologia é um ramo das ciências humanas e a sua identidade, isto é, aquilo que a diferencia, pode ser obtida considerando-se que cada um desses ramos enfoca de maneira particular o objeto homem, construindo conhecimentos distintos e específicos a respeito dele. A psicologia ainda não consegue explicar muitas coisas sobre o homem, pois é uma área da ciência relativamente nova.

A psicologia vem se estabelecendo apesar das dificuldades.

A dificuldade é o fato de existirem dois tipos de psicologia: e de senso comum e a científica.

As pessoas, através do senso comum, têm um domínio, mesmo que superficial do conhecimento acumulado pela Psicologia Científica.

Outra dificuldade é que um conhecimento para ser considerado científico requer um objeto específico de estudo. A Psicologia é uma ciência humana, estuda o homem, e, portanto jamais terá um único paradigma, confiável.

Outro motivo que contribui para dificultar uma clara definição do objeto da Psicologia é o fato de o cientista, o pesquisar ser confundido com o objeto a ser pesquisado, afinal, ele também é um ser humano.

- Reflexão e criticismo, evidências, comprobabilidade, sistematização, coesão e coerência, argumentação, refutabilidade e objetividade são características de cientificidade da psicologia. Como ciência os dados devem ser passíveis de comprovação. Tudo na ciência é refutável, ou seja, não se trabalha com certezas absolutas, como por exemplo, 1+1 =2 até que se prove o contrário. A verdade é questionável e subjetiva.

O mecanicismo, reducionismo, determinismo, empirismo, associacionismo e positivismo

são influências que também legitimam a psicologia como campo de conhecimento

científico.

- Mecanicismo: Doutrina filosófica que compreende as coisas como um grande mecanismo.

- Reducionismo: Procedimento de dividir o todo em partes menores.

- Determinismo: Princípio segundo o qual uma coisa define o movimento de outra coisa em uma relação de causa e efeito.

- Empirismo: Filosofia que apenas reconhece o conhecimento quando ele vem da observação e da experiência.

- Associacionismo: Se baseia na associação de ideias.

- Positivismo: Movimento materialista que reconhecia apenas os fenômenos observáveis.

- É a partir do conhecimento da história da psicologia que vamos entender que o passado e o futuro estão no presente e conhecer as demais áreas do conhecimento humano, pela insaciável necessidade que temos em nos compreender. Estudar a história da psicologia é apreendê-la na sua totalidade enquanto criação humana, isto é, compreender como, por que e quando foi criada. Isso pode significar a compreensão do predomínio de linhas teóricas, a eleição dominante de uma determinada área de atuação, o aparecimento de novas áreas de atuação. A elaboração dos conhecimentos psicológicos ao longo do tempo nas diferentes culturas é objeto de uma área de estudos que denomina-se de história das ideias psicológicas. Indica-se com este nome a reconstrução de conhecimentos e práticas psicológicas presentes no contexto de específicas culturas e sociedades, expressivos das diversas "visões de mundo" (Chartier, 1990) que as caracterizam. Entende-se por visão de mundo, aquele conjunto de aspirações, de sentimentos, e de ideias que reúne os membros de um mesmo grupo e os diferencia de outros grupos sociais.

- Segue abaixo as principais contribuições da filosofia na antiguidade para o desenvolvimento das ideias psicológicas:

- Pré-socráticos: Preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Discutiam se o mundo existe porque o homem o vê ou se o homem vê um mundo que já existe.

- Sócrates: A psicologia ganha consistência. Sua principal preocupação era com o limite que separa o homem dos animais. Postulava que a principal característica humana era a razão. A razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos, que seriam a base da irracionalidade. Sócrates abre um caminho que seria muito explorado pela psicologia. As teorias da consciência são, de certa forma, frutos dessa primeira sistematização na filosofia.

- Platão: Ele era discípulo de Sócrates. Procurou definir um lugar para a razão no nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a ala do homem. A medula seria, portanto, o elemento de ligação da alma com o corpo. Ele concebia a alma separada do corpo.

- Aristóteles: ele era discípulo de Platão. Foi um dos mais importantes pensadores da história da filosofia. Sua contribuição foi inovadora ao postular que a alma e o corpo não podem ser dissociados. Para ele, a psyché seria o princípio ativo da vida.

- Segue abaixo as principais contribuições dos filósofos:

- Santo Agostinho: Inspirado por Platão, também fazia uma cisão entre a alma e o corpo. Entretanto, para ele, a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina do homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus. E, sendo a alma também a sede do pensamento, a igreja passa a se preocupar também com sua compreensão.

- São Tomás de Aquino: Viveu em um período que prenunciava a ruptura da igreja católica, o aparecimento do protestantismo, a transição para o capitalismo. São Tomás de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Como filosofo grego, considerava que o homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência. Afirma que somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em termos de igualdade. Portanto, a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus. Ele encontra argumentos racionais para justificar os dogmas da igreja e continua garantindo para ela o monopólio do estudo do psiquismo.

- O positivismo foi uma epistemologia muito importante para a Psicologia na medida em que surge na metade do século XIX (época em que a Psicologia começava a desabrochar como uma ciência instrumentalizada

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