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Dinâmica de Grupo e Processos Grupais

Por:   •  12/10/2018  •  1.862 Palavras (8 Páginas)  •  592 Visualizações

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institucional, organizacional, comunitário, com foco psico-educativo, portanto, na modificação desses campos. Já nos grupos psicoterápicos são classificados a partir da abordagem teórica e têm perspectiva terapêutica. Assim para o estudo dos microgrupos, podemos estabelecer a classificação para a gênese dos microgrupos como: naturais espontâneos que são caracterizados por relações afetivas, enraizadas na existência natural como a família, a comunidade de nascimento, entre outros; ou artificiais que se caracterizam pelo fato de que a razão do agrupamento é exterior à vontade direta dos membros, tendo como exemplo o serviço militar obrigatório e os cursos de graduação universitários. Já os microgrupos momentâneos são caracterizados por uma limitada duração de sua existência, como reuniões eventuais; e o microgrupo natural e durável pode ser exemplificado pela família e as organizações militares.

No artigo em questão compreende dois conjuntos diferentes de processos: o conjunto de fenômenos psicossociais e o conjunto de métodos, onde nos dois sentidos atribuídos pelo autor para a expressão dinâmica dos grupos, podemos concluir que se trata de um campo da ciência, pois investiga os fenômenos de sujeitos, também se trata de uma ciência aplicada, pois se propõem uma intervenção. Podemos perceber em relação a visão de alguns dos autores que os grupos funcionam a partir dos padrões de comunicação, métodos de tomada de decisão, técnicas de resolução de problemas, atividades formadoras de normas, sentimentos e percepções interpessoais e formação de simpatias e antipatias.

Ficou esclarecido que ao trabalharmos com grupos, devemos saber como o objetivo do grupo foi estabelecido, como o objetivo grupal está em interação com os objetivos de cada membro e como o objetivo do grupo influenciou o processo de inclusão grupal. No estudo em destaque vemos que o ser humano que se reúne em grupo tem necessidades específicas e que é apenas no grupo e através do grupo que estas necessidades podem ser satisfeitas, sendo elas: necessidade de inclusão quando a pessoa tem de sentir-se fazendo parte do grupo, aceito, valorizado e respeitado; necessidade de controle que se refere ao estabelecimento de relações, comando, autoridade e poder; e necessidade de afeição no estabelecimento de relações afetivas, sentimentos íntimos e particulares e de contatos amistosos não indiscriminados, mas afetivos.

Quando um grupo adquire estabilidade na disposição entre seus membros, diz-se que está estruturado. Ao trabalhar com o grupo, o coordenador grupal deve levar em consideração características pessoais, interpessoais, profissionais e culturais. As respostas emocionais de cada indivíduo podem apresentar dependência, a luta-fuga e a união, onde a dependência refere-se a condição de depender de algo ou alguém e também pela necessidade grupal de um líder, a luta-fuga refere-se ao desejo de não mais depender do outro e de perceber a relação de dependência como uma ameaça, surgindo o esvaziamento do grupo, e a união refere-se ao momento em que os integrantes do grupo não se sentem mais ameaçados, apresentando maturidade, assim capaz de integrar as diferenças em prol de um objetivo comum.

O trabalho com grupos auxilia os participantes a exercitarem os papéis dinamicamente, o que permite avaliar se os mesmos facilitam ou dificultam o desenvolvimento do próprio grupo. Em síntese, os papéis construídos no grupo podem ser relacionados às categorias de interação em dois níveis. Assim ficou esclarecido que no âmbito da tarefa há membros do grupo que propõem o início das atividades, que sugerem ao grupo alternativas ao que se deve realizar para alcançar os objetivos ou formas de abordar as tarefas; enquanto outros membros irão articular os integrantes do grupo para uma melhor qualidade dos resultados; outros, ainda, poderão ficar mais como observadores. Tendo em vista que a liderança exerce papel importante no processo de produção do grupo, os grupos de trabalho apresentam, inevitavelmente lideranças formais, geralmente delegadas em função da estrutura organizacional.

Na abordagem relacionada a cultura, a definiram como um conjunto de pressupostos básicos desenvolvidos por um determinado grupo à medida que ele aprende a lidar com seus problemas de adaptação externa e integração interna. Já as normas caracterizaram-se como comportamentos sancionados, através dos quais as pessoas são recompensadas ou punidas, confrontadas ou encorajadas, ou postas em ostracismo quando as violam. Se uma pessoa deseja continuar a pertencer ao grupo, deve considerar-se dentro das normas.

Conclui-se que o presente artigo apresentou uma contribuição ao entendimento de alguns aspectos dos processos grupais, abordando alguns fenômenos importantes no funcionamento dos grupos, onde o comportamento de um membro interage no comportamento dos demais e vice-versa. Assim cada grupo a que pertencemos tem seus próprios padrões, suas limitações e seus objetivos, o que se tenta fazer é tornar mais fácil a convivência em grupo conseguindo em paralelo, realizar os objetivos previamente propostos àquele grupo. Por isso, sejam necessárias regras, normas de padronização. Sem elas, cada indivíduo desempenharia papéis “soltos” que talvez não levasse ninguém a lugar nenhum. Processos como liderança e papel social, orientam o comportamento dentro dos grupos na maior parte do tempo. Um grupo é um todo dinâmico, apesar de ser um conjunto de pessoas, não é simplesmente a soma dos participantes, e por estarmos sempre mudando é que o grupo é dinâmico. Sabe-se que o ser humano é um ser social e sociável, um ser de relações, estamos constantemente nos relacionando com outras pessoas, assim a nossa vida é sempre marcada pela vida em grupo, até mesmo os nossos pensamentos fazem referência aos outros, a um determinado grupo. Logo ao nascermos nos deparamos com o nosso primeiro grupo: a família, logo mais vem o grupo escola, o grupo de amigos, de trabalho e muitos outros. Assim para compreender o ser humano, devemos estudar sua vida em grupo.

O artigo fornece grande aproveitamento em conteúdo e conhecimento, onde os autores usaram graus de objetividade apropriados, mantendo o foco no assunto com ricas fontes que comprovam seus argumentos e conhecimentos. Com estilo claro e objetivo, os autores dão esclarecimentos

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