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As correntes correntes epistemológicas do ensino e os desafios em integra

Por:   •  15/10/2018  •  4.069 Palavras (17 Páginas)  •  304 Visualizações

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Infelizmente, após terminar os estudos, eu não me sentia preparado para uma prova como o vestibular, também não tinha informações concretas sobre o processo de ingresso na universidade. Após alguns anos trabalhando, percebi a importância de continuar nos estudos para que eu pudesse alcançar melhores oportunidades. Entrei em um curso preparatório para carreira militar e também participei como aluno em um curso pré-vestibular comunitário, foram nesses ambientes fora da escola regular, que eu pude obter uma base curricular que não conseguir obter no ensino médio para me preparar para concursos e vestibulares.

Consegui a aprovação no vestibular da UERJ no ano de 2009 no curso de Ciência da Computação, no ano seguinte consegui aprovação em um concurso que eu almejava, tranquei a faculdade, e após 1 ano e meio de curso de formação, fui transferido para Brasília por motivo de serviço, aqui voltei retomei os estudos na UNB e, no ano de 2014, fui desligado por não conseguir alcançar o mínimo de créditos no período. Tentei o vestibular no ano seguinte, agora no curso de Licenciatura em Computação, mas não consegui passar. Tentei o vestibular novamente em 2016, onde consegui passar e voltei para UNB no 2º período daquele ano.

Introdução

A educação no Brasil passa por um momento de grandes dificuldades. Em uma reportagem publicado por (BRUINI) no site brasilescola.uol.com.br, o país ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados no PISA - Programme for International Student Assessment - da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes matriculados a partir do 8º ano do ensino fundamental na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.

Apesar dos resultados alarmantes, ainda esperamos que a educação no Brasil resolva, sozinha, os problemas sociais do país, mais afrente veremos o resultado de um estudo sobre as dificuldades encontradas por professores na prática docente. Diante os fatos que serão apontados, notaremos que é preciso primeiro melhorar a formação dos docentes, visto que o desenvolvimento dos professores implica no desenvolvimento dos alunos e da própria escola.

Os principais pontos verificados no docente dizem respeito à deficiência na formação acadêmica, falta de um suporte teórico e técnico e ausência de um maior comprometimento no processo de ensino-aprendizagem. Em um recente estudo realizado com professores do Ensino Fundamental em escolas públicas do Paraná (TESSARO SANCHES e GARCIA) afirmaram que os docentes entendiam de formas diferentes a relação entre teorias e conceitos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos em sala de aula.

O estudo apontou que muitos professores atribuíam às famílias dos discentes a responsabilidade pelo seu aprendizado, esses professores também não se viam em uma posição central no ensino, mas apenas como polos passivos do processo de aprendizagem. Ficou evidente também que muitos professores ora reconheciam ser sua a função principal no processo educacional, ora atribuíam à família e até a própria maturação biológica do aluno essa responsabilidade.

Em suma, a maioria dos entrevistados não conseguiam explicar como ocorre o processo de aprendizagem e desenvolvimento dos seus alunos, comprovando assim, que não possuem um conhecimento fundamentado dos conceitos e teorias importantes para o exercício da docência.

Em relação à aplicação das teorias pedagógicas, o estudo demonstrou que grande parte dos professores mesclavam teorias com fundamentações teóricas antagônicas, evidenciando mais uma vez, uma fraca apropriação do conhecimento teórico tão fundamental para o processo de aprendizagem.

O estudo também demonstrou que teorias e métodos são aplicados conforme o entendimento do professor sem levar em consideração aspectos como idade escolar, maturidade, conduta e relacionamento interpessoal dos alunos. Embora a base teórica predominante na formação pedagógica seja a interacionista, verificou-se uma aglutinação de teorias aprioristas, empíricas e interacionista no contexto de ensino-aprendizagem em sala de aula.

Há ainda, professores que demonstraram um total desconhecimento sobre a fundamentação teórica na qual se baseia o seu trabalho em sala, não sabendo citar qual base teórica se fundamenta o seu trabalho, o que caracteriza uma desconexão entre a teoria e prática pedagógica.

A respeito da mesclagem de teorias e métodos na prática pedagógica, (MIGUEL) afirma que o ecletismo na educação significa se apropriar de algumas abordagens pedagógicas que são adjacentes, mas tal tarefa não é algo simples, é uma prática quase insustentável. Combinar diversas referências teóricas e a partir delas obter uma metodologia para ensinar não é tarefa coerente e representa um esfacelamento na formação do professor, resultando no seu despreparo profissional.

Diante essa realidade é inequívoco constatar o quão confusa e pouco embasada se encontra a formação docente no Brasil porquanto a falta de uma teoria pedagógica sólida compromete o processo de ensino-aprendizagem em nossas escolas. Embora haja um grande variedade de disciplinas que tratem sobre teorias pedagógicas, observa-se uma falta de integração dessas teorias à prática nas salas de aula, seja por falta do embasamento teórico do professor, seja por falta de uma diretriz que desenvolva métodos de ensino-aprendizagem eficazes.

Metodologia

A análise interpessoal foi realizada no pavilhão João Calmon, na sala BT 85, em aula presidida por um professor do Departamento do CIC. A turma era formada por alunos dos cursos de Licenciatura em Computação e da Ciência da Computação. O método qualitativo foi aplicado nessa pesquisa de campo por meio da análise de relações pessoais e contextuais na sala de aula a fim de possibilitar a interpretação dos fatos com base na fundamentação teórica que será exposta.

A classe era composta majoritariamente por homens, somente duas mulheres estavam presentes na aula. O conteúdo da disciplina foi abordado tomando como base o livro Redes de Computadores e a Internet. Uma Abordagem Top Down, dos autores Jim Kurose e Keith Ross. Os dias e horários das aulas são nas terças e quintas-feiras, das 20:40 às 22:30.

A aula foi iniciada dentro do horário previsto, por volta das 20:40, o dispositivo da sala estava organizado da forma tradicional, isto é, o professor à frente

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