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ANÁLISE CRÍTICA DE ENTREVISTA COM PSICÓLOGO SOCIAL

Por:   •  30/8/2018  •  2.195 Palavras (9 Páginas)  •  345 Visualizações

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Dessa forma, pode-se entender que a presença do psicólogo nas ações de Proteção Social Básica pode contribuir para abranger as possibilidades dessas ações, na medida em que permite “uma compreensão mais subjetiva da realidade local, isto é, ver que as localidades são realidades profundamente humanas e simbólicas, sendo, por isso, um erro pensá-las somente em termos sociológicos e econômicos” (Góis, 2005, p. 73).

Dados os pontos da psicologia comunitária, a atuação comunitária pode dar corpo ao desejo de expandir vínculos familiares e comunitários sob o ponto de vista da cidadania. Isso porque vários profissionais das áreas sociais que constituem a dinâmica comunitária são considerados co-criadores das ações que são desenvolvidas pelo psicólogo e pela equipe multiprofissional com a qual este venha a trabalhar. Assim, tais profissionais participam ativamente da sua execução e do seu planejamento.

Assim, o desafio enfrentado pelo Psicólogo referenciado pela política da Assistência Social está voltado ao cotidiano de cada sujeito que tem sua vida marcada pela exclusão social. Sendo assim, é preciso estar atento às potencialidades e às vulnerabilidades instaladas nas comunidades, onde as famílias estabelecem seus laços mais significativos.

ENTREVISTA

Nome da Psicóloga: Heliene Gomes Silva Lima

Idade: 38 anos

Local de formação:

Ano de formação: 2012

Tempo de Instituição: desde maio de 2013

Endereço: Rua Andreia Apiane, 182

Cep: 05774-200

Bairro: Jardim Ingá

Trajeto profissional: estagio comunitário; Institucional e Social – Clinica – MSE – medida social educativa.

Conforme os estágios fui aproveitando as oportunidades e acabei sendo contratada. As dificuldades iniciais eram as demandas pois são muito grandes e não dava conta, porém os recursos eram poucos e muita dificuldade com política pública e é assim até hoje.

O trabalho que está sendo desenvolvido atualmente é visitas em grupo para conhecimento do território e de novas famílias para cadastrar e em seguida poder ampliar junto a rede a necessidade de cada uma dela. Já recebemos do CRAS os nomes de algumas famílias deste local e estamos indo visitar para ver se elas querem ser cadastradas. No momento está implantando o SASF – CL. Porém estamos em fase de mudanças pois trabalhava no SASF do Vila Andrade que fechou. Esse não era meu único trabalho mas no momento está sendo. Tinha uma clínica no Pirajuçara onde trabalhava todos os sábados com atendimento e supervisão.

Referência teórica: estuda as demandas específicas por família, discute os casos no grupo – se baseiam em Gregório, Sampa, Freitas, Carla Brant pois encontramos muitas vulnerabilidades, ou de acordo a família do momento que está sendo trabalhado. Não tem um seguimento específico mas usa sempre uma linguagem simplificada e usa muito a percepção, pois percebe – se que existe muito ocultismo por razões inúmeras. E também tem aquela situação do sub consciente que com uma palavra ela acaba dizendo sem perceber. A vulnerabilidade é muito grande e esse trabalho é sempre feito com um acompanhamento psicológico para que eles consigam lhe dá com os seus próprios problemas.

As pessoas atendidas são aquelas: PTR Programa de transformação de renda e benefício assistenciais.

BPC Pessoas beneficiaria do benefício de prestação continuada ou seja todas as pessoas com precário ou nulo acesso ao serviço público. Fragilização de vínculos ou outras situações de vulnerabilidades.

Não! Este grupo ainda está em fase de conhecimento deste território. Mas o qual atuava antes conhecia bastante várias famílias e tinha um vínculo muito forte referente ao serviço, na medida que eram cadastrados eles participavam de quase tudo. Ex. oficinas produtivas de rendas como palestras, passeios, acolhimento. O forte e escuta e encaminhamento.

A principal demanda é – a orientação e encaminhamento porque encontramos vários ou seja todos os problemas possíveis. (Violência domesticas, privação de liberdade, drogas, abusos infantis, alcoolismo, desemprego...) enfim tudo. Querendo ou não você está ali e lá encontramos de tudo e pra eles aquilo é o trabalho dele e não podemos bater de frente. Temos que fazer nosso trabalho de forma tranquila e quando se consegue o vínculo fica mais acessível. O caso mais significativo pra me foi o de uma família que a mulher era espancada pelo companheiro e todas as vezes que iriamos visitar ela estava toda marcada, tudo quebrado e ela nos atendia com uma alegria fora do normal, só que já tínhamos percebido e até então ela não tinha nos dito nada, também nada falamos a esse respeito. Até que um dia ela nos contou e disse que já tinha denunciado mas nada tinha mudado, orientamos e encaminhamos a um grupo para ela se apoderar e ela foi se fortalecendo e nos contou toda a situação. Com o tempo ela acabou contando pra ele que estava participando deste grupo, saiu de casa deixando sua filha para trás e caiu no mundo das drogas, ele ficou cuidando da filha, abriu um salão e foi trabalhar e estreitamos o relacionamento com ele que acabou nos contando que era traficante mas que queria mudar de vida para cuidar da sua filha. A mulher estava sempre ali por perto porem separados, procurávamos sempre orientar e ela já estava bem melhor, tinha saído dos vícios, também não mais sofria agressões. Esse caso foi encaminhado para o CRAS e agora está aos cuidados deles.

Os aspectos do nosso trabalho são sempre compartilhados, somos uma equipe que eu considero boa de 2 Assistentes social, 1 psicólogo, 1 Pedagogo. No momento estamos estudando qual a metodologia que vamos usar. Sim! Mesmo porque o nosso objetivo é trabalhar a autonomia dá família, traçamos um plano juntos de desenvolvimento familiar. Ex. você quer trabalhar? De que? O que sabe fazer. Enfim. Isso se tratando de desemprego. Sempre sentamos para trocar ideias para buscarmos estratégias para cada família. O que ainda falta; é um trabalho precário, penalizado, é uma demanda muito grande e temos que nos virar nos trinta com o que não temos. Pois o convenio atrasa e não tem verba para fazer o que tem que ser feito então a gente faz da forma que dá.

Um grande sentimento de poder agudar

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