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A Sensação temporária de segurança que o bebe obtém, faz com que ele aumente a gratificação em si

Por:   •  21/12/2018  •  2.903 Palavras (12 Páginas)  •  336 Visualizações

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através da relação da mãe com este bebe, em resposta aos cuidados que a mãe tem com ele. O sentimento de amor do bebê pela mãe, ao lado dos impulsos destrutivos se expressam no apego ao seio da mãe, que depois se transfere para mãe enquanto pessoa. Tanto na mente inconsciente da criança quanto na do adulto, diante aos impulsos destrutivos há uma ânsia de se fazer sacrifícios a fim de restaurar a pessoa amada, ferida na fantasia.

Só conseguimos deixar de lado ou sacrificar nossos desejos e sentimentos, colocando os interesses do outro acima dos nossos quando nos identificamos com este sujeito. Dessa forma se ao nos identificarmos com outras pessoas compartilhamos da satisfação que nos mesmos lhes oferecemos, retomamos de um lado o que perdemos de outro. Pois ao fazermos sacrifícios por alguém que amamos e nos identificamos, desempenhamos o papel de pão ou de mãe boa (se comportando dessa forma como nossos pais se comportariam, ou como gostaríamos que se comportassem). Ao mesmo tempo desempenhamos o papel da criança boa com os pais, algo que gostaríamos de ter feito no passado. Assim, ao reverter a situação, recriamos e aproveitamos na fantasia o amor e a bondade que desejávamos dos pais. Agir dessa forma também pode ser uma maneira de lhe dar com o sofrimento do passado.

Avançando um pouco, Klein abordará os relacionamentos em adultos. É comum em relacionamentos, como casamentos, a mulher ter uma atitude maternal em relação ao homem, e isso ocorre para satisfazer os primeiros desejos de gratificação que gostaria de ver realizados na mãe .Se a mulher for capaz de fortes sentimentos de amor pelo marido e pelos filhos, podemos inferir a partir daí que ela teve uma boa relação com os pais e irmãos durante a infância. As frustrações dos desejos genitais por parte do pai, dará origem as fantasias agressivas na criança, tendo consequências na sua vida adulta. Dessa forma as fantasias sexuais da menina se dirigem ao ódio contra o pênis do pai, pois esta sente que este lhe nega a gratificação que oferta a mãe. O órgão sexual adquire então um caráter de mau, o que na fantasia da criança a faz ter vontade de curar o órgão genital do pai, que na sua mente ela feriu e o tornou mau. Isso reflete em seu relacionamento, pois se seu marido a ama e a satisfaz sexualmente as fantasias sádicas vão perdendo força, mas como elas nunca são eliminadas, elas estimulam a criação de fantasias do tipo restaurador, dessa forma a gratificação sexual oferta a mulher apoio contra os medos e aos sentimentos de culpa resultantes de seus desejos sádicos arcaicos.

Melanie Klein a seguir abordará o ser mãe. Para a autora a gratificação da mulher ao ter um filho alivia a dor da frustração sentida na infância quando queria ter um bebe do pai e não pode. Essas vivências constituem a vida psíquica do indivíduo e vai sendo construída sob a influência do ambiente sociocultural em que o indivíduo está inserido e sua interpretação do mesmo.

Assim, o homem desenvolve a sua subjetividade que, por sua vez, é vivenciada através de emoções, sentimentos, desejos, sentidos, significados, pensamentos e ações próprios do sujeito e que determinarão sua forma de interpretar o mundo.

2- SOBRE A PATERNIDADE : SER MÃE:

Neste tópico especificamente, Klein examina os laços primordiais que unem a criança e a mãe, bem como se desenvolvem os laços entre ambos.

De acordo com a autora, as crianças pequenas (no caso das meninas) possuem um forte desejo consciente ou inconsciente de ter seus próprios bebês. Esta atitude pode ser observada desde pequenas através das brincadeiras com bonecas.

Elas imaginam de forma inconsciente que a barriga da mãe está cheia de bebês, colocados lá dentro pelo pênis do pai, que para elas é símbolo de toda criatividade, poder e bondade.

Esses desejos experimentados durante a infância permanecem ate a fase adulta e contribuem para a força do amor que a mulher grávida sente pela criança.

Desta forma, a gratificação de finalmente ter este filho alivia a frustração da infância de quando ela queria ter um filho mas não podia.

A gratidão pela criança que da a mãe o prazer de poder amá-la acentua ainda mais esses sentimentos e pode levar uma atitude onde a preocupação primordial da mãe será com o bem do bebê, de modo que sua própria satisfação passe a estar ligada ao bem estar do filho.

Quanto a natureza desta relação no decurso do tempo, a autora aponta que certas dificuldades vividas nestes laços do passado podem gerar sentimentos de culpa, e se os conflitos trazidos por estas fantasias forem demasiadamente fortes, a possibilidade de promover esta reparação será mais difícil e seus instintos maternais ficarão prejudicados

Em suma, a autora postula neste capítulo que a busca incessante da mãe pelo seu desejo de reparação permanente depende de como ela lida com a possibilidade da culpa que ela desenvolve na relação com o bebê.

No entanto, se a mãe não se envolve demais nos sentimentos das crianças e portanto não se identifica demais nos sentimentos delas, poderá usar sua sabedoria de forma mais útil.

Já na adolescência, Klein observa a maior dificuldade de compreensão dos filhos, dado que nesta fase a tentativa das crianças estará em encontrarar novos objetos de amor, criando situações que podem ser muito dolorosas para os pais.

Já na fase adulta a autora afirma que as relações se alteram novamente. Neste estagio, as tensões da adolescência poderão ser deslocadas para dois tipos de situação.

A primeira ocorre quando a mãe compreende que não desempenha mais um papel tão importante em suas vidas, criando um certo tipo de frustração proveniente da cisão.

A segunda poderá ocorrer quando esta mãe percebe inconscientemente que ainda poderá oferecer-lhes segurança, revestindo-se assim do papel da mãe dos primeiros dias, cujo seio lhes dava gratificação e que satisfazia seus desejos e necessidades.

3- SOBRE A PATERNIDADE: SER PAI:

Para o homem, apesar de os filhos não terem tanta importância segundo a autora, eles desempenham um papel crucial na sua vida tanto no aspecto do suporte materno, quanto do seu próprio protagonismo no desempenho da função paterna.

No primeiro caso em que o papel paterno está representado como doador de um bebê á mulher, a paternidade será representada como uma espécie de compensação acerca dos desejos sádicos que o homem tinha em relação a sua própria mãe, fazendo-lhe uma espécie de reparação.

A segunda

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