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A Imporancia do Apoio Familiar Frente ao Transtorno Depressivo

Por:   •  23/4/2018  •  2.755 Palavras (12 Páginas)  •  430 Visualizações

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A pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias é a deste trabalho. Trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. ( Lakatos 2012, p.43)

Este tipo de pesquisa tem como finalidade colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto (MARCONI e LAKATOS, 2007).

A pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ ou medir os eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos dados. Parte de questões ou focos de interesses amplos, que vão se definindo à medida que o estudo se desenvolve. Envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo. (GODOY. RAE. v. 35. n. 2. Mar./Abr. 1995)

Portanto com o objetivo de enriquecer esta pesquisa foi indexado artigos, periódicos, livros e consultas a base de dados, adotando-se a estratégia metodológica da revisão bibliográfica qualitativa.

A Depressão

A palavra depressão origina-se do latim e é composta de duas outras palavras: baixar (premère) e pressionar, isto é, “deprimère” que, literalmente, significa “pressionar para baixo” (COUTINHO; SALDANHA apud VIEIRA, 2008). Conforme pontua Solomon, citado pela mesma autora, o termo depressão foi, inicialmente, usado em inglês para descrever o desânimo, em 1660, e entrou para o uso comum em meados do século XIX. (SANTOS, 2009).

Para Sadock & Sadock (2007, p. 572), Situações de depressão são relatadas desde a Antiguidade. As descrições do que atualmente denominado transtorno de humor aparecem em muitos documentos antigos. No Velho Testamento, a história do rei Saul descreve uma síndrome depressiva, assim com a história do suicídio de Ajax na Ilíada de Homero.

Fédida (1999, p.9) define depressão por uma posição econômica que concerne a uma organização narcísica do vazio segundo uma determinação própria para a inalterabilidade tópica da psique...Psique – metáfora depressiva do vazio, ou, ainda, “o vazio – protótipo depressivo do espaço psíquico.

Para Kay e Tasman (2002, p.299) na maioria das vezes, os transtornos depressivos caracterizam-se por vulnerabilidade a episódios da doença ao longo da vida, envolvendo humor deprimido ou perda de interesse e de prazer nas atividades, e um potencial contínuo para mudança do humor de eutimia para depressão, para recuperação e algumas vezes para hipomania. Quando o transtorno de Humor é severo, o risco de psicose causa sérios danos à função cognitiva.

Segundo Coser (2003, p.33) é então explicitamente afirmado ser o luto o estado afetivo correspondente à melancolia, constatação que permite a Freud supor que teria havido uma perda na vida na vida pulsional do sujeito.

Freud (1917) estabeleceu uma diferença entre luto e depressão melancólica. A perda real de um objeto refere-se ao luto. Na melancolia o objeto perdido é mais emocional que real. Além disso, segundo o autor, o paciente melancólico sente uma profunda perda de auto-estima, acompanhada de auto-acusação e culpa, enquanto que, a pessoa de luto mantém um senso de auto-estima razoavelmente estável.

(Apud ROCHA,2008) Jean Laplanche destaca ainda, como pontos nodais de referência na configuração do quadro das estruturas clínicas, o campo tópico, a referência genético-dinâmica e os fatores econômicos, mediante os quais se organiza a subjetividade. O ponto de vista dinâmico é um resumo dos demais, porquanto destaca o conflito defensivo no que ele tem de particular em cada tipo nosológico (Laplanche, 1973)

Segundo Freud (1926 [1925], p. 94), a depressão é uma inibição generalizada, ou seja, “limitações das funções do eu, fugas – por precaução ou por empobrecimento de energia”. Para não sofrer a perda, para não enfrentar a castração, o eu entristece. A tristeza é o afeto da depressão, assim como o aparecimento de uma baixa energia psíquica, uma perda da libido que implica perda nos investimentos libidinais. (apud RAMOS, 2010)

Segundo o DSM V (2011, p.222) cinco ou mais dos sintomas descritos no manual devem estar presentes por pelo menos duas semanas e que representam mudanças no funcionamento prévio do indivíduo; pelo menos um dos sintomas é: humor deprimido ou perda de interesse ou prazer.

Del Porto (1999) caracteriza a depressão sob três aspectos:

“[...] Enquanto sintoma, a depressão pode surgir nos mais variados quadros clínicos, entre os quais: transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, etc. Pode ainda ocorrer como resposta a situações estressantes, ou a circunstâncias sociais e econômicas adversas. Enquanto síndrome, a depressão inclui não apenas alterações do humor (tristeza, irritabilidade, falta da capacidade de sentir prazer, apatia), mas também uma gama de outros aspectos, incluindo alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas. Finalmente, enquanto doença, a depressão tem sido classificada de várias formas, na dependência do período histórico, da preferência dos autores e do ponto de vista adotado. Entre os quadros mencionados na literatura atual encontram-se: transtorno depressivo maior, melancolia, distimia [...]”

Para Hildegard (2002, p.562,563) É considerado um transtorno quando os sintomas se tornam tão severos que prejudicam o funcionamento normal e quando eles se estendem por várias semanas seguidas são relativamente comuns, sendo que 17% das pessoas tem um episódio de depressão profunda em algum momento da vida ( Kessler et AL.,1994)

Existem quatro conjuntos de sintomas: Sintomas emocionais: Tristeza e perda de prazer, Sintomas Cognitivos, Visão negativa de si mesmo, Desesperança, Enfraquecimento da concentração e memória, confusão, Sintomas motivacionais: Passividade, falta de iniciativa e de persistência, Sintomas Físicos: Mudança de apetite e de sono, fadiga, aumento de dores e mal estar nas atividades (Hilgard, 2002, p.562)

Tristeza e abatimento são sintomas emocionais mais evidentes de depressão, sentindo-se cansado, desesperançado e infeliz, tem crises frequentes de choro e pode pensar em suicídio, também comum a perda de satisfação e prazer com a vida, e podem desenvolver comorbidades. (Hilgard, 2002, p.563).

Família

A família é entendida como rede

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