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A Humanização do Homem

Por:   •  17/7/2018  •  1.262 Palavras (6 Páginas)  •  314 Visualizações

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Perder-se em uma guerra, ou encontrar a solução em intolerância, não fazem sentido quando olhamos de forma isolada e impessoal, entretanto, a experiência e a cultura de guerra e de preconceito introduzida na sociedade onde viviam tais indivíduos, não deve ser esquecida, já que o homem é um ser-histórico, segundo o texto “a multideterminação do humano”.

A insignificância da vida e a naturalidade da morte em guerras é assustador, demonstrando o pior lado da humanidade, contudo, deve-se reconhecer que, para um homem, que nasceu na guerra e na violência, tais acontecimentos são naturais, já que o homem é formado pelo meio ao qual habita.

‘’Os homens criam as ferramentas, as ferramentas recriam os homens” essa frase de Mc Luhan, apresentada no documentário, demonstra como o ser utilizou de seus instrumentos e de seu conhecimento citados no texto para fabricar máquinas e objetos que desgraçam a própria existência humana, como a bomba nuclear, sendo que tinham conhecimento de seus atos, podendo contar como um ponto de questionamento à ideia de que o homem segue sempre pela razão.

Quando o motivo do título do filme é revelado, percebemos ainda a hipocrisia de nossos pensamentos, e vemos muito erros cometidos no passado, repetindo-se em nossa atualidade e, recapitulando a ideia do texto de que o ser é formado por ensinamentos que são passados a ele, por princípios culturais, pode-se afirmar que ainda obtemos muitos traços daqueles indivíduos que formaram a sociedade do século XX.

Entretanto, uma sociedade não é formada apenas por um indivíduo e sua formação histórica, mas sim por toda um conjunto de pessoas, ou seja, nosso século será lembrado não apenas pela ação de nós como indivíduo, e sim de uma sociedade inteira a qual fazemos parte.

Se formos pensar de que formas queremos ser lembrados ao fim do século XXI, devemos levar em conta que seremos ligados com grandes acontecimentos, como o aumento e melhoramento da tecnologia, mas também seremos lembrados pelos terríveis atentados e a imperdoável intolerância existente contra os refugiados sírios, por exemplo. Em nossa vontade, não temos a intenção de sermos relacionados com tais atos, assim como muitas pessoas que viveram no século passado não tinham o desejo de serem relacionados a seres concordantes com a guerra e a violência, como o monge apresentado no documentário que contra a guerra do Vietnã, queimou a si próprio em praça pública em forma de protesto, ou até mesmo os tantos indivíduos que protegeram e esconderam judeus durante o holocausto.

Com tais exemplos, vemos que, apesar de não mudar a realidade de um século com um movimento individual, a atitude de cada um faz a diferença no momento do ato e serve como influência para movimentos maiores, que envolvem um maior número de pessoas e, com isso, podem sim transformar uma realidade.

Ao fim de ambos, documentário e texto, o homem é apresentado e determinado por seu lugar, religião, seu pensamento, demonstrando que a sociedade é formada por pessoas, indivíduos multideterminados, que muitas vezes não são lembrados na história dos livros, mas que juntos, formam um conjunto real, capaz de mudar, destruir ou melhorar o mundo ao qual chamamos de lar.

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