Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares por fatores socioeconômicos
Por: Jose.Nascimento • 12/4/2018 • 6.917 Palavras (28 Páginas) • 372 Visualizações
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Esse trabalho é de suma importância, pois visa à eficácia de uma intervenção educativa e com isso uma melhoria nos hábitos alimentares e, consequentemente, no estado nutricional das crianças, levando assim a uma vida mais saudável e diminuindo o risco de doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, distúrbios alimentares, hipertensão e doenças cardiovasculares.
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Comparar o estado nutricional de pré-escolares antes e após uma intervenção educativa em uma escola particular de Fortaleza - CE.
3.2 Objetivos específicos
- Verificar através da avaliação antropométrica os parâmetros: peso para idade – P/I, estatura ou comprimento para idade – E/C/I, peso e IMC para idade – IMC/I ideal.
- Classificar o pré-escolar em relação a seu estado nutricional segundo a OMS;
- Analisar a intervenção educativa antes e após a avaliação nutricional.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Obesidade infantil
A obesidade é considerada uma doença crônica em expansão tendo como definição um acúmulo excessivo de gordura corporal. Diante disto, a saúde pode ser adversamente afetada, devido à sua relação com várias complicações metabólicas e concomitância de fatores de risco genéticos e ambientais (LOPES, PRADO, COLOMBO, 2010; FERREIRA, 2014).
A obesidade pode iniciar em qualquer idade, desencadeada por vários fatores, entre eles se encontra a introdução inadequada de alimentos, o desmame precoce, distúrbio de comportamento alimentar e da relação familiar, principalmente nos períodos de aceleração do crescimento. Outros fatores que podem agravar essa doença são o consumo excessivo de alimentos e bebidas calóricas, oferta de alimentos semiprontos e sem falar do tempo que é gasto em frente ao computador e a televisão. (LOPES, PRADO, COLOMBO 2010; ALVES et al., 2011).
Na infância, a obesidade é causada, principalmente, pelo ganho ponderal do acúmulo de massa adiposa, dependente de fatores ambientais. O desenvolvimento e manutenção desse excesso de adiposidade numa criança obesa advêm da interação complexa de caraterísticas genéticas, fatores comportamentais e caraterísticas psicológicas, tendo em conta que existem períodos críticos de suscetibilidade e ainda predisposição de risco individual ao longo da idade pediátrica. (FERREIRA, 2014).
O excesso de peso na infância se torna um importante fator de risco para o desenvolvimento da obesidade na vida adulta, ou seja, há um risco aumentado de a criança obesa permanecer nessa condição quando adulta, se comparado aos indivíduos eutróficos, além de complicações na saúde como problemas respiratórios, diabetes, hipertensão arterial e dislipidemias (OMS, 2012; REIS, VASCONCELOS, BARROS, 2011).
A obesidade na população jovem está relacionada a alguns fatores, dentre eles uma possível predisposição genética, os maus hábitos alimentares junto com estilo de vida sedentário. Tais fatores poderão acarretar consequências psicológicas em longo prazo e comprometer a auto estima do jovem obeso (POETA et al., 2013).
- Desnutrição infantil
A desnutrição é um problema mundial de saúde pública de causa multifatorial, caracterizada por um estado patológico decorrente da baixa ingestão ou absorção de nutrientes podendo ser agrava por infecções repetidas (NUDELMANN, HALPERN, 2011; CHAGAS et al., 2013).
No Brasil, o déficit nutricional está sendo reduzido ao mesmo tempo em que se assistem prevalências crescentes de excesso de peso, contribuindo com o aumento das doenças crônicas não transmissíveis (CHAGAS et., 2013).
Crianças desnutridas sofrem com inúmeras complicações associadas, estando mais propícias às infecções, principalmente sepse, pneumonia, e gastroenterite, deficiências de vitaminas, minerais e oligoelementos. Neste contexto a desnutrição ainda continua sendo uma das causas mais comuns de morbimortalidade entre crianças de todo o mundo (RENNER et al., 2013).
As formas graves de desnutrição são classificadas como marasmo (desnutrição seca) e kwashiorkor (desnutrição molhada) cada um destas apresenta-se como aguda ou crônica, dependendo da duração de privação nutricional (RENNER et al., 2013).
A implantação de algumas políticas sociais, dentre as quais podemos citar os programas de transferência de renda, tem desempenhado papel importante na diminuição da desnutrição e da mortalidade infantil, uma vez que essas são associadas à pobreza, baixa escolaridade materna, condições de moradia e saneamento precárias, maior número de moradores na casa, assim como com idade materna inferior a 20 anos (CHAGAS et., 2013).
A desnutrição esta associada a 50% de todas as mortes infantis. Apesar do progresso no tratamento de crianças desnutridas, essa patologia continua sendo um sério problema de saúde pública, com dimensões alarmantes, em varias partes do mundo. Em contrapartida, a obesidade infantil vem sendo pesquisada, há anos, por estudiosos do mundo inteiro e é considerada a doença nutricional que mais cresce no mundo e a de mais difícil tratamento. Se por um lado a insuficiência alimentar ainda é uma constante, por outro, verifica-se a ingestão alimentar excessiva, cujas consequências são vislumbradas na transição nutricional (MOURA, PEREIRA, 2012).
- Epidemiologia da desnutrição e da obesidade infantil
A desnutrição nos primeiros anos de vida é um dos maiores problemas de saúde enfrentados por países emergentes. Há estudos que mostram que deficiências de crescimento na infância estão associados a maior mortalidade, excesso de doenças infecciosas, prejuízo para o desenvolvimento psicomotor, menor aproveitamento escolar e menor capacidade produtiva na idade adulta (VENANCIO et., 2013).
Mesmo com a diminuição da desnutrição, ainda persistem no Brasil as formas mais severas, principalmente o déficit de estatura por idade. Este é mais grave nas regiões Norte e Nordeste, mas também estão presentes nas demais regiões, o que caracteriza a desnutrição, sem dúvida, como um fruto da desigualdade social e pobreza do país (COUTINHO, GENTIL, TORAL, 2008).
A desnutrição normalmente ocorre no contexto de desvantagens psicossociais e econômicas que ainda existem no Brasil. Para
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