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O ENRIQUECIMENTO DOS FARINÁCEOS COM ÁCIDO FÓLICO E FERRO E OS DESDOBRAMENTOS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Por:   •  25/10/2018  •  3.065 Palavras (13 Páginas)  •  325 Visualizações

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Os grupos com maior vulnerabilidade são as crianças, vitimadas pela anemia ferropriva e as mulheres em idade fértil, pois, podem conceber crianças com inúmeras patologias relacionadas, dentre elas; demência, paralisia hidrocefalia, anencefalia, espinha bífida.

Entretanto, vale ressaltar a união de forças do governo, da comunidade científica e das equipes multidisciplinares, assim como, importância das indústrias do ramo alimentício que juntos desenvolveram ações em prol do melhoramento das composições nutricionais, a fim de suprir a carências nutrientes que outrora levavam a incapacidade e a morte.

Metodologia

A estratégia metodológica empregada foi o estudo de revisão bibliográfica relacionada ao tema. Os artigos selecionados foram publicados entre os anos de 2001 a 2009, através das bases de dados: BIREME/LILACS, SCIELO e PERIODICOS CAPES. Foram selecionados 4 artigos através dos descritores: Enriquecimento da farinha de trigo; Anemia ferropriva; Ácido fólico e ferro e a partir da leitura dos títulos e resumos dos mesmos. Com isso, estes procuram mostrar formas para solucionar ou minimizar os problemas na saúde brasileira com a falta de consumo de ferro e ácido fólico. Os artigos foram revisados e foram identificadas duas pesquisas onde constam os resultados obtidos em escolas de Salvador, BA e em Pelotas, RS. Foram consultadas também outras fontes de pesquisa (sites).

Resultados e Discussão

Pesquisas realizadas em escolas públicas de Salvador, Bahia, destacaram alguns fatores associados à anemia em crianças e adolescentes.

Considerada um dos problemas nutricionais de maior incidência a anemia por deficiência de ferro, sendo que sua incidência ocorre aproximadamente em 30% da população mundial, geralmente em regiões mais pobres. A deficiência de ferro causa 90% das outras anemias nutricionais. Alguns dos seus efeitos impossibilitam o crescimento pondero-estatural, o desenvolvimento psicomotor e a aprendizagem, que podem prevalecer mesmo após acabado o tratamento da anemia.

A ocorrência dessa deficiência se dá por baixo consumo de alimentos com fonte de ferro bio-disponível. A influência familiar na alimentação o padrão de vida são importantes. Sendo também um desses fatores nas condições de saneamento e moradia. O que nos leva a situação social e econômica dos indivíduos. (BORGES, 2009).

Estudos realizados em escolas públicas de Salvador, Bahia, Brasil. Pela Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia. Com 1.013 alunos de ambos os sexos e com 7 a 14 anos de idade. Foram contabilizadas 214 escolas estaduais (com 103,924 estudantes) e 354 escolas municipais (114,464 estudantes) em 12 distritos sanitários que compõem Salvador.

Foram coletados sangue dos alunos para dosagem de hemoglobina e também dados sobre consumo alimentar, peso, características de domicílio e de saneamento. Nas análises foram obtidas a prevalência de anemia de 24,5% dos alunos das escolas. Sendo 1% portador de anemia na forma grave. Famílias com renda mensal inferior á um salário mínimo se associando às crianças e adolescentes com anemia.

Nesse trabalho levaram em consideração algumas variáveis como: número de habitantes por dormitórios, escolaridade materna, foram tiradas na etapa seguinte por não se manterem significantes. As variáveis relacionadas à determinação da anemia foram sexo, idade e o estado antropométrico. E ao final as variáveis foram renda familiar, consumo de ferro bio-disponível e sexo. Os indivíduos que consumiam ferro igual ou acima de 100% do recomendado tinham menos chance de ter anemia. (BORGES, 2009).

A anemia foi considerada um problema de saúde moderado entre os estudantes de Salvador. O nível sócio econômico sendo um fator do seu desenvolvimento. A renda influenciando na qualidade e quantidade do consumo dos alimentos. (BORGES, 2009).

É relevante também destacar o trabalho de Assunção, et al, 2007, que destaca os efeito da fortificação de farinhas com ferro sobre anemia em pré-escolares de Pelotas, RS.

O principal objetivo do estudo foi avaliar o impacto da fortificação sobre nível de hemoglobina em crianças menores de seis anos. O estudo foi realizado em pré-escolares de Pelotas, RS, sendo uma série temporal com três avaliações a cada 12 meses. Em maio de 2004, antes da fortificação das farinhas foi medido níveis de hemoglobina em amostra probabilística de 453 crianças. Após 12 e 24 meses, foram estudadas amostras de 923 e 863 crianças, respectivamente. Nenhum efeito da fortificação foi observado nos níveis de hemoglobina das crianças estudadas, o que pode ser parcialmente explicado pelo consumo insciente de farinhas e/ou pela baixa biodisponibilidade do ferro adicionado. A amostra foi calculada para detectar uma diferença de 0,5 g/dl na média de hemoglobina entre as avaliações pré e pós-intervenção. Para chegar a esses números, profissionais como nutricionistas fizeram visitas a domicílio para saber a realidade de cada família, foram coletadas as seguintes informações: sexo idade em meses, cor da pele, peso ao nascerem, peso e altura atuais, condições socioeconômicas das famílias, escolaridade dos pais, saneamento, história prévia de anemia na família, morbidade nos últimos 15 dias que antecedeu a pesquisa, características da alimentação, frequência de consumo semanal de alimentos a base de farinha como: pães, biscoitos, massas, bolos e polentas, onde atribuiu se valor zero quando o consumo era raramente ou nunca, 2,5 quando 2 a 3 dias por semana, 5 quando 4 a 6 dias por semana e sete quando diário , vale ressaltar que essa pesquisa não avaliou a quantidade de ferro adicionado às farinhas, diante desses números foram observados o baixo consumo de alimentos rico em ferro. (Assunção et al, 2007).

Experiências de enriquecimento de farinha têm sido relatadas por países da Europa, Republicas da África e da Ásia Central alguns países dessa região já adicionam ferro em alguns alimentos há certo tempo, além de outros programas de combate à anemia desde 2001. No presente trabalho são destacadas experiências positivas em alguns países das Américas. Nos Estados Unidos alimentos fortificados são considerados responsáveis pela diminuição da prevalência de anemia em crianças entre os anos de 1975 e 1984, na Venezuela após um ano da fortificação de farinha de milho, foi reduzida pela metade a prevalência de anemia em escolares, no Chile a baixa prevalência de anemia é atribuída à fortificação da farinha de trigo com ferro desde a década de 50. No Brasil não existe

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