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Cuidados paliativos: o desafio das equipes de saúde

Por:   •  11/4/2018  •  1.469 Palavras (6 Páginas)  •  344 Visualizações

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A produção de Gimenes (2003) traz uma abordagem diferenciada das demais a partir da perspectiva espiritual relacionada com a psicológica. A autora afirma que essa metodologia pode auxiliar no processo de passagem do morrer, contemplando as etapas psicoespirituais que precedem a morte. Ela ainda fornece um guia aos profissionais dispostos a unir ciência e espiritualidade e como lidar com tal processo.

O estudo de Mato, Pires e Campos (2009) mostra que as relações entre profissionais atuantes no cuidado paliativo, sobre tudo médicos e enfermeiros, sofrem desgastes e passam por dificuldades de interação, e que a abordagem interdisciplinar centrada no paciente e suas necessidades tem uma repercussão positiva frente a tais conflitos, pois facilita a comunicação entre usuário, família e equipe. Os autores ainda buscam focalizar em seu estudo as vantagens e desvantagens em se trabalhar em uma equipe integrada e diferenciar a atuação destes grupos nos cuidados paliativos e na gerontologia.

Buscando uma outra perspectiva, Matos et al (2010) considera a subjetividade dos profissionais de equipes interdisciplinares de cuidados paliativos, explorando as peculiaridades de vivenciar a finitude humana. Os autores ainda descrevem a atuação de tais profissionais e levanta pontos da filosofia paliativa na tentativa de comparar aspectos teóricos e práticos.

Sem destoar aos demais artigos, Costa e Ceolim (2010) discorrem sobre a importância da ação multidisciplinar aos pacientes no estágio de fim de vida. Através de publicações nacionais e internacionais os autores buscaram identificar o cotidiano do profissional de enfermagem que convive com a iminência de morte dos seus pacientes, dando ênfase na comunicação dos mesmos com o paciente e a família.

A autonomia do paciente fora da possibilidade de cura através do entendimento do profissional sobre o conceito de autonomia é discutida por Oliveira e Silva (2010). Os autores defendem que esse tipo de abordagem é importante pois envolve aspectos bioéticos e das decisões do andamento do tratamento no final da vida. Mesma abordagem utilizada por Santana (2012), que não muito diferente dos demais, ressalta ainda a importância da equipe multidisciplinar nos cuidados paliativos.

Por fim, Costa (2003) traz o único estudo dos relacionados que aborda os cuidados paliativos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). A autora foca sua publicação nas possibilidade de implantação de uma equipe interdisciplinar especializada nos cuidados paliativos dentro de uma UTIN e sua atuação como estratégia de atenção.

Dos artigos encontrados, poucos se aprofundam na temática paliativista. Dos estudos que dão ênfase aos cuidados paliativos, grande parte volta-se para as formas de atuação dos profissionais de saúde junto aos pacientes e familiares, poucos buscam conhecer o profissional que vivencia cotidianamente a iminência da morte, o que é imprescindível para melhorar a qualidade do atendimento.

Diante do atual aumento da expectativa de vida do brasileiro, e conseqüente aumento do numero de patologias e de seu tempo de latência, faz-se necessário uma reformulação no processo de abordagem aos pacientes que necessitam dos cuidados paliativos. Tem-se percebido que o tratamento a estes indivíduos não se deve basear apenas em uma visão biologicista, visto que diversos fatores como a família, o ambiente e a terapêutica influenciam diretamente nas resposta ao tratamento. Soma-se a isso a urgência de estudos que investiguem e aprimorem desde a formação até a atuação dos profissionais da saúde na assistência ao doente crônico. O pouco número de estudos pode sugerir que tais profissionais tangem sua atuação ao campo do empirismo, tornando-se necessário publicações que esclareçam e norteiem as ações das equipes atuantes nos cuidados paliativos, bem como busquem a compreensão subjetiva de tais profissionais e suas experiências. Por fim, deve-se destacar também a importância de incentivos governamentais e até mesmo de instituições privadas para que seja dada melhores condições de trabalho e assistência ao doente.

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