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AS AÇÕES PARA PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO

Por:   •  23/12/2018  •  2.919 Palavras (12 Páginas)  •  352 Visualizações

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O leite materno pode ser considerado, atualmente, o alimento ideal para o lactente, em especial nos seis primeiros meses de vida, com benefícios superiores aos demais leites, sua justificativa baseia-se no fato dele ser rico em gorduras, minerais, vitaminas, enzimas e imunoglobulinas. Além disso, possui vantagens nutritivas, inclusive por promover o crescimento e desenvolvimento, bem como por influenciar no futuro desempenho escolar da criança (PEREIRA et al, 2014).

O aleitamento materno previne infecções gastrintestinais, respiratórias e urinárias; além de ter um efeito protetor sobre as alergias, faz com que os lactentes tenham uma melhor adaptação a outros alimentos. Em longo prazo, podemos referir também à importância do aleitamento materno na prevenção do diabetes e de linfomas. No que diz respeito às vantagens para a mãe, o aleitamento materno facilita a involução uterina mais precoce devido à liberação da ocitocina e, associa-se a uma menor probabilidade de desenvolver o câncer da mama e de ovários, bem como a recuperação de peso pré-gestacional. Sobretudo, permite à mãe sentir o prazer único de amamentar. Além de todas essas vantagens, o leite materno constitui o método mais barato e seguro de alimentar e, na maioria das situações, protege as mães de uma nova gravidez (ROCHA et al, 2013).

Segundo Sanches (2014), mesmo diante de uma tendência ao aumento das práticas de amamentação nas últimas três décadas, ainda não é possível constatar grande número de mães que amamentem seus filhos de forma exclusiva até o sexto mês de vida. No Brasil, de maneira geral, a prática da amamentação vem crescendo a cada ano, porém ainda muito distante daquilo que mundialmente é recomendado.

De acordo com a II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas capitais brasileiras e Distrito Federal, realizada em 2008, a prevalência do AME nos primeiros seis meses de vida é de 41%. Ainda sobre a pesquisa realizada nas capitais, merece destaque a capital de Cuiabá, onde apenas 27,1% das mães que mantiveram o AME por seis meses de vida. Quando comparada com as demais capitais do país, Cuiabá ocupa primeiro lugar no ranking de desmame precoce. Já Teresina, a capital do Piauí apresentou um índice de 43,7% na pesquisa, ficando em segundo lugar em relação às capitais nordestinas, perdendo apenas para São Luís, a capital maranhense. (ROING et al, 2013).

Tais dados apontam para a relevância e a justificativa do presente estudo, pela observação de que a decisão da mulher em se tornar nutriz pode ser resultado de uma ação educativa, por ser a educação um potente instrumento para a emancipação e decisão pessoais. As práticas educativas em saúde visam desenvolver tanto a capacidade individual quanto coletiva, com o intuito de melhorar a qualidade de vida e saúde, garantindo acesso a bens e serviços de saúde de qualidade. Educação em saúde pode ser encarada como sendo um processo constante de intervenção para que o indivíduo e a coletividade disponham de meios para a manutenção ou recuperação do seu estado de saúde, no qual estão relacionados os fatores orgânicos, psicológicos, socioeconômicos e espirituais (SALUSTIANO et al, 2012).

A educação em saúde deve estar presente em todos os níveis de atenção, porém acredita-se que é na atenção primária que ela encontra mais significado, pois por meio dela podem-se embasar ações preventivas e promotoras, além de formar indivíduos conscientes de sua cidadania, que desenvolvam o poder de decisão sobre sua própria saúde e responsabilidade sobre a saúde da comunidade em que vivem. Mas, para que aconteça de maneira eficaz é necessário que ocorra compartilhamento de conhecimentos, saberes e vivências (SALUSTIANO et al, 2012).

Mesmo diante de todas as vantagens apresentadas acima e das orientações dadas pelos profissionais de saúde sobre a temática observa-se na Unidade Básica de Saúde (UBS) da comunidade Saco dos Polidórios no Município de Brasileira – Piauí, um crescente aumento no número de mães que tem abandonado o aleitamento materno no primeiro ano de vida das crianças, levando à complicações como distúrbios no crescimento e desenvolvimento infantil. Assim, diante da situação faz-se necessária a elaboração desta proposta que pretende minimizar a situação do desmame precoce da nutrição adequada para os lactentes da referida unidade.

3 JUSTIFICATIVA

Na população da UBS “Sacos dos Polidórios” do município Brasileira existe baixa adesão ao AME em lactantes compreendidos entre 0 e 6 meses de vida, fato que compromete a saúde dessa população. Como médica atuante da equipe é frequente a observação de diarreias decorrentes de alimentação inadequada, baixo peso e, intolerância a leite de vaca. Em face dessa realidade ocorreu o interesse pelo tema.

A proposta é elaborar uma estratégia educativa com ações que envolvam a equipe de saúde da UBS “Sacos dos Polidórios” do município Brasileira, as gestantes, puérperas e familiares dos lactentes. Na unidade ainda não dispomos de projetos voltados para a temática. Para o desenvolvimento das ações contaremos com o apoio dos gestores para aquisição dos recursos materiais e disponibilização dos recursos humanos da própria unidade, sendo uma iniciativa de grande valia e baixo custo.

4 OBJETIVOS

- Geral

Promover o aleitamento materno exclusivo em menores de 0 a 6 meses de vida na população do Posto de saúde “Sacos dos Polidórios” no município Brasileira.

4.2 Específicos

- Desenvolver atividades de educação em saúde sobre o tema para capacitação dos profissionais da Unidade Básica de Saúde;

- Realizar minicurso de extração manual e armazenamento do leite materno para as mães participantes do projeto;

- Estimular a amamentação para as crianças em aleitamento misto ou que não estão sendo amamentadas por meio de acompanhamento sistematizado pela equipe de saúde da unidade.

- METAS

- Qualificar 100% dos profissionais de saúde da unidade;

- Incluir no projeto 90% dos lactentes e lactantes atendidos na unidade;

- Manter 80% das gestantes da unidade acompanhadas em caráter permanente;

- Incluir 90% das mulheres no minicurso de extração manual e armazenamento do leite materno;

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