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SISTEMA NERVOSO CENTRAL Revisão Bibliográfica

Por:   •  24/10/2018  •  3.581 Palavras (15 Páginas)  •  728 Visualizações

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Diante da importância desse sistema para o corpo, objetivou-se com este trabalho apresentar inicialmente a origem embrionária do SNC bem como mostrar a sua organização e funções, e por fim trataremos de algumas patologias relacionadas ao SNC.

O presente estudo foi de fundamental importância para o nosso conhecimento, onde mostra uma breve revisão do SNC bem como as patologias: Cinomose canina e Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET), destacando a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB).

Este trabalho é um estudo qualitativo descritivo, onde foram utilizados para sua elaboração artigos científicos, endereços eletrônicos e livros.

2. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O SNC desenvolve-se do ectoderma assim que este se diferencia em ectoderma superficial e neuroectoderma. O desenvolvimento da placa neural, um espessamento do ectoderma que representa o primórdio do sistema nervoso, é induzido pela notocorda, mediada pela sinalização da proteína sonic hedgehog (Shh). Subsequentemente, a placa neural se dobra e forma o tubo neural (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2012).

2.1 Histogênese das Células do Sistema Nervoso central

Antes da neurogênese, a placa neural e o tubo neural são compostos, cada um, por uma única camada de células, as células neuroepiteliais (neuroepitélio). No interior do tubo neural, as células neuroepiteliais sofrem proliferação por atividade mitótica levando à formação de neuroepitélio pseudoestratificado. Suas células filhas formam células progenitoras neurais e gliais (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2012).

As células-tronco neurais, no interior do neuroepitélio, dão origem a todos os neurônios do SNC. Elas também são a fonte de dois tipos de células da macróglia do SNC, os astrócitos e os oligodendrócitos. As células-tronco neurais sofrem numerosas divisões mitóticas antes de amadurecerem em células progenitoras bipotentes, as quais originam células progenitoras neuronais ou células progenitoras gliais (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2012).

As células progenitoras neuronais dão origem a uma série de neuroblastos, que mais tarde se diferenciam em vários tipos de neurônios. Enquanto que as células progenitoras gliais dão origem aos glioblastos, que mais tarde se diferenciam em oligodendrócitos e astrócitos (protoplasmático e fibroso) (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2012).

Outro tipo de célula glial do SNC não se origina do neuroepitélio: as células da micróglia, que funcionam como macrófagos com mobilidade após lesões ao SNC, são derivadas do mesoderma e entram no SNC em conjunto ao tecido vascular (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2012).

2.2 Desenvolvimento do Encéfalo

O encéfalo origina-se da porção anterior do tubo neural (VERONEZ; REGATTIERI, 2016). A fusão das pregas neurais na região anterior e o fechamento do neuroporo anterior resultam na formação das três vesículas cerebrais primárias das quais o encéfalo evolui (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2012):

- Prosencéfalo ou Encéfalo Anterior.

- Mesencéfalo ou Encéfalo Médio.

- Rombencéfalo ou Encéfalo Posterior.

Durante o desenvolvimento, ocorrem curvaturas dessa região e as vesículas se subdividem. Assim, o encéfalo é formado por cinco vesículas que se curvam entre si em direção à extremidade anterior do embrião (VERONEZ; REGATTIERI, 2016). Desta maneira temos:

- O prosencéfalo subdividindo-se inicialmente em duas vesículas, uma anterior denominada telencéfalo (o qual dá origem aos hemisférios cerebrais) e, logo atrás dessa, o diencéfalo (o qual dá origem ao epitálamo, tálamo, metatálamo e hipotálamo, assim como a neuro-hipófise e cálices ópticos).

- O mesencéfalo (pedúnculos cerebrais e colículos inferiores e superiores) não sofre alteração.

- O rombencéfalo subdividindo-se em metencéfalo (desenvolve-se em duas partes principais: a ponte e o cerebelo) e mielencéfalo (desenvolve-se no bulbo).

2.3 Desenvolvimento da Medula Espinhal

A medula espinhal se desenvolve do terço caudal do tubo neural. A adição contínua dos neuroblastos à camada intermediária espessa cada lado do tubo neural ventral e dorsalmente, formando as placas basais (os corpos celulares das placas basais formam os cornos cinzentos ventrais) e as placas alares (os corpos celulares das placas alares formam os cornos cinzentos dorsais), respectivamente (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2012).

De acordo com estes autores as placas alares direita e esquerda estão conectadas dorsalmente sobre o canal central pela delgada placa do teto, enquanto as duas placas basais estão ligadas pela placa do assoalho, ventral ao canal central. As placas do teto e do assoalho não contêm neuroblastos.

Por fim, a camada intermediária juntamente com os cornos cinzentos dorsais e ventrais adquire um formato de borboleta, formando a substância cinzenta. Enquanto os neuroblastos continuam a desenvolver axônios e dendritos, é formada uma camada marginal periférica, que se desenvolve na substância branca da medula espinhal (HYTTEL; SINOWATZ; VEJLSTED, 2012).

3. DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O SNC se divide em encéfalo e medula espinhal. O encéfalo corresponde ao cérebro (telencéfalo - hemisférios cerebrais; e diencéfalo - epitálamo, tálamo, metatálamo e hipotálamo), cerebelo e tronco cerebral, que se divide em: mesencéfalo, situado cranialmente; bulbo, situado caudalmente; e ponte, situado entre ambos (SILVA et al., 2016).

Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (crânio e coluna vertebral), que protegem o encéfalo e a medula espinhal, e por membranas denominadas meninges, situadas sob a proteção esquelética: dura-máter (a externa), aracnóide (a do meio) e pia-máter (a interna). Entre as meninges aracnóide e pia-máter há um espaço (subaracnóideo) preenchido por um líquido denominado líquido cefalorraquidiano (LCR) (SILVA et al., 2016).

No SNC há uma segregação entre os corpos celulares dos neurônios e os seus prolongamentos, fazendo com que o encéfalo e a medula espinal sejam divididos em duas porções distintas, denominadas substância branca e substância cinzenta (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).

4. DIVISÃO HISTOLOGICA DO SISTEMA NERVOSO

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