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O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

Por:   •  8/2/2018  •  3.713 Palavras (15 Páginas)  •  528 Visualizações

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o Parassimpático regula o repouso e outras funções vegetativas como digerir os alimentos ou esvaziar a bexiga. O Sistema Nervoso Entérico é uma rede complexa de nervos (plexos) na parede do tubo digestivo. Embora o Sistema Nervoso Entérico seja capaz de controlar o tubo digestivo independentemente do SNC, ele é considerado parte do SNA porque os seus plexos têm na sua constituição neurónios simpáticos e parassimpáticos.

2. Anatomia do Sistema Nervoso Simpático

O Sistema Simpático (assim como o Parassimpático) tem dois tipos neurónios entre o SNC e os órgãos efetores, um neurónio pré-ganglionar e outro pós-ganglionar. O neurónio pré-ganglionar tem o corpo celular no SNC e o seu axónio estende-se até um gânglio autonómico, onde se localiza o corpo celular do segundo neurónio (pós-ganglionar) e onde ocorre a sinapse entre os dois neurónios. O axónio do neurónio pós-ganglionar estende-se do gânglio autonómico para o órgão efetor fazendo sinapse com ele (figura 1).

Figura 1 – Neurónios pré-ganglionar e pós-ganglionar

No Sistema Nervoso Simpático, os corpos celulares dos neurónios pré-ganglionares estão nos cornos laterais da substância cinzenta da medula espinhal entre o primeiro segmento torácico (T1) e o segundo lombar (L2). Devido a este facto, o sistema simpático é, por vezes, designado como porção tóraco-lombar. Os axónios dos neurónios pré-ganglionares passam pelas raízes ventrais (anteriores) dos nervos raquidianos (de T1 a L2) e estendem-se por estes nervos, numa pequena distância, até aos gânglios simpáticos (figura 2).

Figura 2 - Localização dos neurónios pré-ganglionares e pós-ganglionares do Sistema Simpático (Seeley, 2012)

Há dois tipos de gânglios simpáticos: os da cadeia ganglionar simpática e os colaterais. Os gânglios da cadeia ganglionar simpática ligam-se uns aos outros formando uma cadeia. Dispõem-se do lado esquerdo e do lado direito da coluna vertebral, pelo que também são chamados gânglios para-vertebrais ou látero-vertebrais. Embora apenas os gânglios de T1 a L2 recebam axónios pré-ganglionares, a cadeia simpática estende-se para as regiões cervical e sagrada. Existem 3 pares de gânglios cervicais, 11 pares de gânglios torácicos, 4 pares de gânglios lombares e 4 pares de gânglios sagrados.

Os gânglios colaterais ou pré-vertebrais (posição anterior à coluna vertebral) localizam-se na cavidade abdómino-pélvica. São os gânglios pré-viscerais do Sistema Simpático.

Os axónios dos neurónios pré-ganglionares são curtos, têm pequeno diâmetro e têm bainha de mielina. Estes axónios saem do nervo raquidiano para um gânglio da cadeia simpática, através de um ramo comunicante branco (cor esbranquiçada devido aos axónios mielinizados). Os axónios dos neurónios pós-ganglionares são mais longos e não são mielinizados. Os axónios pós-ganglionares passam de um gânglio da cadeia simpática para um nervo raquidiano através de um ramo comunicante cinzento (cor atribuída pelos axónios não mielinizados).

Os axónios simpáticos podem sair da cadeia ganglionar simpática por quatro vias diferentes:

1. Nervos raquidianos (figura 3a). Os axónios pré-ganglionares de um nervo raquidiano entram nos gânglios da cadeia simpática através de um ramo comunicante branco. Alguns desses axónios fazem, logo a esse nível, sinapse com um neurónio pós-ganglionar; outros dirigem-se superior ou inferiormente, através de um ou mais gânglios, e fazem sinapse com neurónios pós-ganglionares num gânglio da cadeia simpática a um nível diferente. Os axónios pós-ganglionares saiem da cadeia simpática através de um ramo comunicante cinzento e entram num nervo raquidiano, através do qual se projetam para a pele e para os músculos esqueléticos.

2. Nervos simpáticos (figura 3b). Os axónios pré-ganglionares entram na cadeia simpática e fazem sinapse com um neurónio pós-ganglionar num gânglio da cadeia simpática ao mesmo nível ou a nível diferente. Os axónios pós-ganglionares que deixam o gânglio da cadeia simpática formam os nervos simpáticos, que inervam órgãos da cavidade torácica (ex. coração).

3. Nervos esplâncnicos (figura 3c). Alguns axónios pré-ganglionares entram em gânglios da cadeia simpática e, sem fazer sinapse, saem no mesmo nível ou a um nível diferente, pelos nervos esplâncnicos, estendendo-se até um gânglio colateral (ou pré-vertebral), onde fazem sinapse com neurónios pós-ganglionares. Os axónios pós-ganglionares saem dos gânglios colaterais através de pequenos nervos que se estendem para órgãos alvo na cavidade abdómino-pélvica.

4. Inervação da glândula supra-renal (figura 3d). A inervação através de um nervo esplâncnico para as glândulas supra-renais difere da dos outros nervos do SNA no facto de consistir apenas em neurónios pré-ganglionares. Os axónios pré-ganglionares não fazem sinapse na cadeia ganglionar simpática nem nos gânglios pré-viscerais. Em vez disso, passam através dos gânglios da cadeia simpática e dos gânglios pré-viscerais e estendem para a medula supra-renal (zona interna das glândulas supra-renais), onde fazem sinapse com células especializadas.

Figura 3 - Vias seguidas pelos axónios do Sistema Simpático (Seeley, 2012)

Os axónios simpáticos passam dos gânglios da cadeia simpática para os tecidos alvo através dos nervos raquidianos, simpáticos e esplâncnicos. Os nervos simpáticos e esplâncnicos podem juntar-se a plexos nervosos autonómicos (redes complexas de nervos interligados formados por neurónios do simpático e do parassimpático). Os axónios dos neurónios sensoriais também se juntam a estes plexos.

Os plexos nervosos autonómicos são classificados de acordo com os órgãos que inervam ou com a rede sanguínea que acompanham (ex: o plexo cardíaco serve o coração). O facto de os plexos seguirem o percurso dos vasos sanguíneos é essencial para que os axónios autonómicos se possam distribuir por todo o corpo.

As principais formas pelas quais os axónios simpáticos passam dos gânglios da cadeia simpática para os órgãos são as seguintes:

1. Nervos raquidianos. A partir dos gânglios da cadeia simpática os axónios pós-ganglionares

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