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Os Depressores da Atividade do Sistema Nervoso Central (SNC)

Por:   •  6/12/2018  •  2.655 Palavras (11 Páginas)  •  324 Visualizações

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A curva concentração de plasmática/tempo do diazepam é bifásica: uma fase de distribuição inicial rápida e intensa, com uma meia-vida que pode chegar a 3 horas e uma fase de eliminação terminal prolongada (meia-vida 20-50 horas). A meia-vida de eliminação terminal (t1/2b) do metabólito ativo nordiazepam é de aproximadamente 100 horas. O diazepam e seus metabólitos são eliminados principalmente pela urina, predominantemente sob a forma conjugada. O clearence de diazepam é de 20-30 ml/min. A meia-vida de eliminação pode ser prolongada no recém-nascido, nos idosos e nos pacientes com doença hepática. Na insuficiência renal, a meia-vida do diazepam não é alterada7.

Efeitos tóxicos

Misturados com álcool, seus efeitos se potencializam, podendo levar a pessoa a estado de coma. Em doses altas a pessoa fica com hipotonia muscular, dificuldade para ficar de pé e andar, queda da pressão e possibilidade de desmaios.O seu uso por mulheres grávidas tem um poder teratogênico, podendo produzir lesões ou defeitos físicos na criança.Quando usados por alguns meses, podem levar a pessoa a um estado de dependência. Ou seja, sem a droga a pessoa passa a sentir muita irritabilidade, insônia excessiva, sudoração, dor pelo corpo todo, podendo, nos casos extremos, apresentar convulsões. Há figuração de síndrome de abstinência e também desenvolvimento de tolerância, embora esta última não seja muito acentuada7.

Caso o diazepam seja usado concomitantemente com outros medicamentos de ação central, como os antipsicóticos, ansiolíticos/sedativos, antidepressivos, hipnóticos, anticonvulsivantes, analgésicos narcóticos, anestésicos, e anti-histamínicos sedativos, deve-se lembrar que seus efeitos podem potencializar ou serem potencializados por diazepam. Existe interação potencialmente relevante entre diazepam e os compostos que inibem certas enzimas hepáticas (particularmente, o citocromo P4503A). Estudos indicam que estes compostos influenciam a farmacocinética do diazepam e podem aumentar e prolongar a sedação. Esta reação ocorre com cimetidina, cetoconazol, fluvoxamina, fluoxetina e omeprazol. Existem relatos de que a eliminação metabólica de fenitoína é afetada pelo diazepam. A cisaprida pode levar ao aumento temporário de efeito sedativo dos benzodiazepínicos administrados via oral, devido à absorção mais rápida7.

Interações alimentares

A ingestão concomitante com álcool não é recomendada devido ao aumento do seu efeito sedativo. A cafeína antagoniza os efeitos no sistema nervoso central, reduzindo os efeitos sedativos e ansiolíticos do diazepam. A administração concomitante de diazepam com suco de grapefruit (pomelo ou toranja) pode resultar no aumento das concentrações plasmáticas do diazepam pela inibição do citocromo P4503A4, enzima responsável pelo metabolismo do diazepam7.

Midazolan

É uma solução injetável indicado para induzir o sono em pacientes adultos, pediátricos, incluindo recém-nascidos, sendo utilizado exclusivamente em ambiente hospitalar como sedativo antes e durante procedimentos diagnósticos ou terapêuticos com ou sem anestesia local; pré-medicação antes da indução da anestesia para procedimentos cirúrgicos em adultos e como sedativo em pessoas internadas em unidades de terapia intensiva7.

Interações medicamentosas

O midazolam injetável pode influenciar ou sofrer influência de outros medicamentos, quando são administrados concomitantemente. − Medicamentos para a pressão ou coração: diltiazem, nitrendipina e verapamil. − Medicamentos para doenças do sistema nervoso: carbamazepina e fenitoína. − Antibióticos: azitromicina, eritromicina, rifampicina, roxitromicina e isoniazida. − Medicamentos para doenças do estômago: cimetidina e ranitidina. − Antimicóticos (antifúngicos) administrados por via oral: cetoconazol, fluconazol, itraconazol e terbinafina. − Medicamentos que contêm em sua fórmula ciclosporina ou saquinavir ou anticoncepcionais orais. − Agentes anti-HIV: saquinavir e inibidores de protease HIV, delavirdina. − Esteroides e moduladores de receptores estrogênicos: gestodeno e raloxifeno. − Medicamentos para a redução de colesterol: atorvastatina. − Antidepressivos: fluvoxamina7.

Clonazepan

Clonazepam apresenta propriedades farmacológicas comuns aos benzodiazepínicos, que incluem efeitos anticonvulsivantes, sedativos, relaxantes musculares e ansiolíticos. Assim como acontece com outros benzodiazepínicos, acredita-se que esses efeitos podem ser mediados principalmente pela inibição pós-sináptica mediada pelo GABA, embora os dados em animais tenham mostrado adicionalmente um efeito de clonazepam sobre a serotonina. As concentrações plasmáticas máximas de clonazepam são alcançadas dentro de 1-4 horas7.

Clonazepam é eliminado por biotransformação, com a eliminação subsequente de metabólitos na urina e bile. A biotransformação ocorre, principalmente, pela redução do grupo 7-nitro para o derivado 4-amino. O principal metabólito é o 7-amino-clonazepam, que tem apresentado apenas discreta atividade anticonvulsivante. Os citocromos P-450 da família 3A desempenham importante papel no metabolismo de clonazepam, particularmente na nitroredução de clonazepam em metabólitos farmacologicamente inativos. Os metabólitos estão presentes na urina sob a forma livre e como componentes conjugados (glucuronídeo e sulfato) .A meia-vida de eliminação é de 30 a 40 horas,nas fezes e urina7.

Barbitúricos:

Fenobarbital

Fenobarbital é um fármaco bom para ser usado como primeira linha no tratamento da epilepsia, especialmente em países em desenvolvimento7.

Wang W. Z. et al. publicaram estudo comprovando a eficácia de fenobarbital envolvendo 2455 pacientes com epilepsia prévia diagnosticados. Os pacientes, 68%, começaram a receber fenobarbital como monoterapia por 12 meses. A medicação foi bem tolerada com baixos efeitos colaterais, onde somente 1% dos pacientes descontinuou a medicação.

Aproximadamente 80% da dose de fenobarbital administrada é absorvida pelo trato gastrintestinal. A concentração plasmática máxima ocorre dentro de aproximadamente 8 horas em adultos e 4 horas em crianças. Em crianças, a meia-vida plasmática é de 40 a 70 horas, enquanto que em adultos é de 50 a 140 horas, sendo ligeiramente maior em pacientes idosos e em pacientes com insuficiência renal ou hepática. Em

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