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Tividades Pratica Supervisionadas, no Curso de Fisioterapia

Por:   •  26/3/2018  •  1.541 Palavras (7 Páginas)  •  426 Visualizações

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O paciente com ataxia cerebelar J.R.S tem 46 anos e já esta na clinica a mais de dois anos, o tratamento dele e essencial para sua saúde pois sua patologia é progressiva, pois faltando a uma sessão já se percebe um atraso na marcha. A doença começou a dar os primeiros sinais em 2008, mas só em 2011 foi diagnosticado com ataxia cerebelar.

O cerebelo e responsável pela coordenação de grupos musculares, controle da postura e da marcha e regulação do tono muscular. Em vez de causar paralisia, a lesão do cerebelo interfere no desempenho de tarefas motoras. A principal manifestação de doença cerebelar é ataxia, na qual movimentos simples têm inicio tardio e suas velocidades de aceleração e desaceleração estão diminuídas, resultando em tremor de intenção e dismetria (overshooting). (HAMMER, G.D; MCPHEE, S.J; 2016 p.155)

Em 2014 deu inicio ao seu tratamento na clinica escola, não deambulava sozinho e apresentava outras patologias tais como, discopatia cervical, artrose de joelho, tendinite de quadril e lombalgia, possui distúrbios endócrinos e por isso mantém uma alimentação balanceada, apresenta um quadro de depressão e ansiedade, porém possui grande conhecimento de sua patologia sendo um paciente colaborativo nas sessões e em casa.

A partir de avaliação foi elaborado um plano de tratamento com objetivo de treino de marcha, fortalecimento de alguns grupos musculares, aumento de amplitude de movimento (ADM) de ombro e de equilíbrio.

Segundo Lundy-Ekman( 2008, 3ª ed., p.116) “as pessoas com ataxia cerebelar têm dificuldades de manter o equilíbrio, independentemente de os estarem em aberto ou fechado.”

O cerebelo é necessário para o controle do movimento e tem um papel particularmente crucial para equilíbrio e mobilidade, o cerebelo é importante quando ocorre um movimento que envolve o recrutamento de varias articulações, realizando o ajuste compensatório da marcha através do feedback.(DIAS, L.M; et al. 2009, p.117)

O paciente AM de 10 anos apresenta em seu quadro clínico as patologias de PC, autismo e surdez. Por conta de sua patologia, o paciente faz fisioterapia desde os sete meses, já freqüentou a Fundação Catarinense de Educação Especial, mas por muitas faltas acabou perdendo sua vaga, depois disso conseguiu atendimento na clinica escola do IES. Pouco colaborativo, por não aceitar o toque do terapeuta, típico da criança portadora de autismo. Dessa forma os estagiários usam para um melhor manuseio, lençóis envoltos na região axilar, possibilitando a deambulação e demais exercícios.

Para crianças com PC, um dos maiores desafios é a aquisição do controle postural, visto que o repertorio motor da criança com PC é resultado da combinação de vários fatores: da maturação do sistema nervoso central (SNC), da interferência do meio, do aprendizado, da estimulação e das alterações decorrentes da lesão cerebral. (COSTA, A. T. D; et al, 2011, p.128).

Segundo Gillberg, C; 1990 et al., (2006, apud Sanini, C; et al ; 2007 p.60) “O autismo caracteriza-se por uma síndrome comportamental que compromete o desenvolvimento infantil e apresenta múltiplas etiologias.”

Diagnosticado com encefalopatia crônica, juntamente apresentando hipertonia espástica, deu início ao tratamento na clinica escola em abril de 2016, com o objetivo de manter a integridade muscular atual, ganhar força muscular em membros superiores, inferiores e ADM, para que não haja progressão em sua patologia.

A encefalopatia crônica infantil (ECI), comumente denominada paralisia cerebral (PC), é definida como uma síndrome neurológica não evolutiva, mas freqüentemente com distúrbio motor mutável 2,3, devido a um evento lesivo no sistema nervoso central SNC em desenvolvimento, sendo a causa fixa, não progressiva, presente até os dois primeiros anos de vida e manifesta-se principalmente por uma desordem do movimento e da postura. (Cesa, C. C; et at.,2004 p158).

Devido alguns dias de enfermidade faltou á algumas sessões, dificultando a progressão do tratamento. O paciente em questão não possui controle de esfíncteres, é dependente para alimentação, alérgico a látex, portanto requer cuidado aos brinquedos oferecidos a ele, que possuam esse tipo de material. Seu tratamento foi desenvolvido para manter a ADM e força muscular existentes com alongamentos, exercícios na bola suíça, priorizando o hemicorpo direito, seu lado mais afetado.

"O desenvolvimento motor global alterado afeta diretamente o desenvolvimento do controle motor oral, influenciando no desempenho das funções alimentares de sucção, mastigação e deglutição, desenvolvendo também alterações articulatórias e respiratórias." (Cesa. C. C; et al., 2004 p.159)

O paciente AM possui dificuldades respiratórias devido a sua fraqueza muscular, apresentando respiração apical e torácica, sendo assim utilizando a musculatura acessória.

3. CONCLUSÃO

Através deste trabalho foi possível perceber a importância da fisioterapia em pacientes com PC e problemas neurológicos, pois sem o tratamento pode-se observar uma regressão. Os estudos feitos sobre as patologias puderam perceber que o tratamento adequado aos pacientes lhes dão uma melhor qualidade de vida e em alguns casos não a progresso da patologia

Pode observar a importância do fisioterapeuta, para a mobilidade, estabilidade corporal, nesses pacientes neurológicos.

A visita técnica foi de grande importância para um bom entendimento de um tratamento fisioterápico, pois nos permitiu vivenciar de perto a rotina da profissão, que ainda não tem muito reconhecimento, porém é extrema importância.

REFERÊNCIAS

SHEPHERD, R. B.; Fisioterapia em Pediatria, 3ª Ed. São Paulo, Santos, 2002.

HAMMER, G.D; MCPHEE, S.J; Fisiopatologia da Doença: Uma introdução à medicina clinica, 7 ª Ed. Porto Alegre,AMGH, 2016.

LUNDY-EKMAN, L; Neurociência: Fundamentos pra a reabilitação,

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