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TCC_PRIMEIRA_PARTE...2016

Por:   •  25/1/2018  •  4.569 Palavras (19 Páginas)  •  248 Visualizações

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RESUMO

A leucemia Linfoide Aguda compreende cerca de um terço de todas as neoplasias malignas em crianças, neoplásica mais comum em crianças, até metade do século passado as leucemias eram consideradas universalmente uma doença fatal. Atualmente, os produtos naturais representam uma estimável fonte de substancias químicas importantes para o tratamento dos canceres, entre eles as leucemias,

DESENVOLVIMENTO

Câncer designa um conjunto de doenças que tem em comum a alta taxa de proliferação celular, sendo considerado um problema de saúde pública em países desenvolvidos e subdesenvolvidos (GUERRA, GALLO, MENDONÇA, 2005). Em virtude da constante multiplicação celular, há necessidade de novos vasos sanguíneos para que haja nutrição das novas células esse processo é denominado angiogênese. Essas células podem adquirir a capacidade de se desprenderem do tumor e migrarem invadindo tecidos vizinhos podendo chegar ao interior dos vasos sanguíneos ou linfáticos (ALMEIDA et al., 2005).

A classificação do câncer é feita pela célula normal que a originou, não de acordo com os tecidos pelo quais se espalhou, assim, podemos chamar de classificação primaria no qual quase todos os tipos de câncer podem ser colocados nos seguintes grupos: carcinomas, sarcomas, linfomas, leucemias, mielomas, tumores das células germinativas, melanomas, gliomas e neuroblastomas (FOYE, SENGUPTA, 1996).

As leucemias são neoplasias do sistema hemopoético caracterizados pelo aumento da proliferação, bloqueio da diferenciação da célula-tronco hematopoética ou de células progenitoras linfoide ou mieloides na medula óssea. As células malignas substituem as células sanguíneas normais, e a etiologia é desconhecida, embora alguns fatores de risco estejam bem estabelecidos. Para o Brasil é estimado mais de 10.070 novos casos para o ano de 2016 (INCA, 2016). Entre crianças de 2 e 5 anos a incidência de Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é maior cerca de 25% de todos canceres em crianças, principalmente naquelas de cor branca, diminuindo entre jovens adultos e adolescentes com probabilidade de crescer após o 60 anos de idade, embora a LLA possa ocorrer em qualquer idade (GOMES, ALMEIDA, NASCIMENTO, 2014).

Possivelmente a transformação leucêmica seja multifatorial resultando de processo de interações complexas entre as susceptibilidades do hospedeiro, erros cromossômicos secundários à exposição a agentes físicos ou químicos ou prováveis incorporações de informações genéticas virais ou bacterianas transmitidas às células, embora a etiologia da LLA seja desconhecida (LEITE et al., 2007).

Alguns mecanismos fisiológicos são capazes de produzir alterações genéticas nas células tais como: ativação da oncogenes, inativação de genes supressores de tumor e inativação de genes responsáveis pela apoptose (FREIRE, ALVES, 2014). Observando de uma maneira geral, os oncogenes são responsáveis pela proliferação celular ordenada enquanto os genes supressores mantêm essa proliferação sob controle diminuindo o crescimento celular. Os genes reparadores de danos do DNA por diversas vezes ficam refazendo as moléculas que sofrem anormalidades. Quando o mau funcionamento dos mecanismos de regulação do ciclo celular permite a passagem de células anormais pelo ciclo, acaba por ventura acumulando mutações celulares que contribuem para o surgimento das características do tumor maligno (LOURO et al., 2002).

Os agentes químicos responsáveis pelos danos cromossômicos estão à exposição a diversos poluentes atmosféricos tais como os que são produzidos pelos veículos automotores e também os agrotóxicos que podem estar nos alimentos (NUNES, TAJARA, 1998; MELO-DA-SILVA, FRUCHTENGARTEN, 2005). As radiações não-ionizante gerada por campo magnéticos de baixa freqüência é um agente físico responsável por contribuir para o desenvolvimento do câncer em geral, incluindo as leucemias (PELISSARI; BARBIERI, WUNSCH-FIHO, 2009).

A LLA é uma neoplasia maligna de células linfocitárias derivadas das células indiferenciadas linfoides que estão presentes em grande quantidade numérica na medula óssea, gânglios linfáticos e timo, células leucêmicas da LLA multiplicam desordenadamente sem controle na renovação, mas não se diferenciam até formas mais maduras e normais, originando células leucêmicas denominadas linfoblásticas. A consequência desta proliferação indiscriminada da célula linfoblástica é a supressão da hematopoese normal, devido ao elevado número de células linfoides na circulação sanguínea ou medula óssea substituindo células normais e não menos importante tecidos e órgãos (CAZÉ, BUENO; SANTOS, 2010).

Os sintomas das leucemias são inespecíficos inicialmente, embora, entre crianças de 0 a 18 anos com LLA que foram admitidas no departamento de pediatria no Hospital do Câncer de São Paulo no ano de 1980 à 1998, contabilizando 419 casos de LLA, foi relatado e observado os seguintes sintomas: fraqueza, febre, palidez, esquimoses, infecções e o frequente crescimento dos tecidos linfoides provocando adenomegalia e esplenomegalia (RODRIGUES, CAMARGO, 2003).

As leucemias são classificadas como agudas ou crônicas, ao considerarmos o nível de maturação das células neoplásicas, já diferenciação entre mieloide e linfoide será feita pelas analises: morfológica, citoquimica, imunofenotipagem e a citogenetica (SILVA, POVALUK, 2000).

O hemograma é um exame que analisa as variações quantitativas e morfológicas dos elementos do sangue tais como glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas, esse exame pode revelar anemias normocíticas e normocrômicas, infecções e leucemias. A contagem de leucócitos pode estar ocasionalmente muito alta, indicando uma leucopenia onde geralmente os blastos são muitos raros, mas frequentemente em casos de leucocitose os valores dos leucócitos se apresentam normais ou diminuídas com presença numerosa de blastos (RIZZATI, ZAGO, 2002).

Na análise morfológica o grupo French-American-British, classificou a LLA em três subtipos morfológicos LLA1, LLA2 e LLA3, a FAB descreve as características de ambas para ajudar na identificação com base no diâmetro celular, forma e tamanho do núcleo e na quantidade e no aspecto relativo do citoplasma, mas cuidados devem ser tomados na interpretação dessa análise, pois, os linfoblástos da LLA2 podem ser facilmente confundido com o mieloblasto M0 e M1 indiferenciados na leucemia mieloide aguda (FALCÃO et al, 2002; HARBOT, 1998; KOTILO, 1995).

O mielograma revela possíveis hipercelularidades acentuadas na medula óssea,

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