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TCC PRÉ ECLAMPSIA

Por:   •  24/9/2018  •  3.594 Palavras (15 Páginas)  •  287 Visualizações

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2.PRÉ-ECLÂMPSIA E DISTÚRBIOS RELACIONADOS.

Durante o período gestacional, as mulheres apresentam algumas doenças peculiares a sua condição gravídica, podendo ser considerada a hipertensão arterial gestacional como uma das mais sérias e comuns deste período.(REZENDE apud ALMEIDA; Neves,2006a).

A hipertensão arterial gestacional, ocorre com uma freqüência de 5 a 10% das gestações e é um das grandes responsáveis pelo aumento da morbimortalidade materna e fetal. Essa enfermidade ocorre quando a pressão arterial encontra-se superior á 140/90mmHg, por pelo menos duas vezes no mesmo dia. (MELLO et al, 2009)

Esse tipo de distúrbio ocorre após a vigésima semana de gestação, podendo desaparecer até seis semanas após o parto. (REZENDE apud ALMEIDA; Neves,2006b)

Os distúrbios hipertensivos associados à gravidez estão divididos em 5 categorias principais: hipertensão crônica, hipertensão crônica com pré-eclâmpsia superposta, hipertensão induzida pela gravidez, pré-eclâmpsia e eclâmpsia. (CLOHERTY, et al, 200).

- Hipertensão crônica: é toda hipertensão que já existia antes mesmo do início da gravidez ou aquela que pode ser diagnosticada antes da 20ª semana de gestação ou em qualquer momento do período gestacional e que geralmente persiste até 6 semanas após o parto. (PASCOAL, 1998).

- Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia superposta: é o agravamento da hipertensão crônica, com o aparecimento recente de proteinúria, alem de possíveis associações de hiperuricemia e trombocitopenia, que ocorre após a 20ª semana de gestação. (CLOHERTY, et al, 200).

- Hipertensão induzida pela gravidez: ocorre após a 20ª semana de gestação, com a elevação da pressão arterial e sem proteinúria, em mulheres antes consideradas normotensas e que agora apresentam uma PA superior a 140X90mmHg.(MÃE PAULISTANA, 2004)

- Pré-eclâmpsia: também ocorre após a 20ª semana de gestação, com elevação da pressão arterial , onde a PA sistólica (máxima) está superior ou igual a 140mmhg e a PA diastólica (mínima) esta superior ou igual a 90mmHg, ocorre também o edema generalizado e a proteinúria.(FEITOSA; Sampaio, 2010, p.02).

A pré-eclâmpsia é uma moléstia característica do período gestacional, que ocorre principalmente em mulheres nulíparas (aquelas que nunca estiveram grávidas), após a 20 semana de gestação. Essa afecção é a grande responsável pela a falência de vários órgãos da gestante, fato que ocorre devido ao aumento da PA e a proteinúria. O aumento da PA provoca danos principalmente no sistema vascular, hepático, renal e cerebral , o que causa elevada taxa de mortalidade e morbidade materna e fetal em todo mundo. No Brasil a pré-eclâmpsia é considerada como uma das principais causas de morte materna e estima-se que a taxa de mortalidade é de aproximadamente 37% em todo o país.(CAVALLI, et al, 2009; ORCY, et al, 2007).

Kim et al (2001), descreve a incidência da PE como sendo de 1 a 5% em toda a população mundial, sendo que a sua causa ainda permanece desconhecida e que até o momento, a isquemia placentária, alterações no funcionamento das células endoteliais que provavelmente também alterariam o metabolismo dos lipídeos, a má adaptação imunológica e a incompatibilidade genética são as hipóteses mais aceitas.

A pré-eclampsia pode ser classificada como sendo: leve e grave (Silva,2007).

A pré-eclampsia leve é diagnosticada quando há o aumento quadros hipertensivos e proteinúria (grande quantidade de proteína encontrada na urina). Já a pré-eclampsia grave pode ser diagnosticada quando a pressão arterial é superior á 160X110mmHg, com o aparecimento de anasarca (edema generalizado), cefaléia frontal, alterações visuais (escotomas:pontinhos brilhantes que se parecem com estrelas), dor epigástrica, náuseas vômitos, nervosismo e irritabilidade assim como proteinúria (superior á 5 a 10g/l em 24 horas e oligúria menor que 500ml/dia ou 15ml/hora),creatinina superior á 1,3mg% e edema agudo de pulmão ou cianose. podendo a pré-eclampsia grave tornar-se eclampsia devido a o agravamento do quadro sintomático e o aparecimento de crises convulsivas, que podem levar ao coma e até mesmo ao óbito, que ocorre em sua grande maioria devido ao edema pulmonar, a hemorragias cerebrais, AVC, insuficiência renal e também cardíaca, (SILVA,2007; FEITOSA e Sampaio,2010)

Portanto a justificativa deste trabalho se dá devido ao considerável aumento no índice de mortalidade materna e perinatal dos últimos tempos, principalmente quando mães acometidas de pré- eclampsia dão a luz antes da trigésima sétima semana de gestação, sendo que tal fato poderia ser evitado com a realização de um bom trabalho de conscientização no período pré-natal e com o conhecimento dos profissionais de enfermagem a respeito da doença, principalmente ao enfermeiro que possuem como papel primordial o zelo pela vida de seus pacientes.

3.FISIOPATOLOGIA DA PRÉ-ECLAMPSIA.

Ainda não se sabe qual a etiologia exata da PE, sendo conhecida entra a classe médica como “doença das teorias”, mas acredita-se que uma das causas principais seja a isquemia placentária, ou seja, acredita-se que ocorra uma falta de suprimento sanguíneo e subseqüentemente a isso ocorra uma liberação de citocinas inflamatórias. Acrediat-se que as citocinas entram em contato com a circulação materna nocivas que entram na circulação materna provocando assim uma disfunção de células endoteliais vasculares e o aumento da resistência vascular. Essa disfunção faz com que ocorra o comprometimento de todos os órgão e sistemas maternos, sendo os sistemas vascular, hepático, renal e cerebral atingidos com maior intensidade.

3.1.ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES.

Durante uma gestação normal supõe-se que o debito cardíaco da gestante aumente em aproximadamente 50% do valor habitual, mas como ocorre também o aumento do volume plasmático, a PA (pressão arterial) não se eleva e na maioria das gestantes chega até a diminuir na primeira metade da gestação.

Já em se tratando da DHEG, o volume plasmático é menor que em comparação a gestações normais, devido principalmente a lesão endotelial causada pela doença, que faz com que ocorra o aumento da permeabilidade capilar, causando o extravasamento do plasma para o meio extravascular,ocasionando assim o edema e a hemoconcentração como já foi explicado na figura acima.(ZUGAIB, 200, p. 604)

Na pré-eclampsia o debito cardíaco encontra -se normal, aumentado

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