TCC DO PARTO CESAREA
Por: Hugo.bassi • 20/3/2018 • 8.867 Palavras (36 Páginas) • 433 Visualizações
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3.3 TRABALHO EM ENFERMAGEM
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
O parto cesáreaé um procedimento cirúrgico originalmente desenvolvido para salvar a vida da mãe e/ou da criança, quando ocorrem complicações durante a gravidez ou o parto. É, portanto, um recurso utilizável quando surge algum tipo de risco para a mãe, o bebê ou ambos, durante a evolução da gravidez e/ou do parto. Como todo procedimento cirúrgico, a cesárea não é isenta de riscos, estando associada, no Brasil e em outros países, a maior morbimortalidade materna e infantil, quando comparada ao parto vaginal (FAUNDES; CECATTI, 1991; MCCLAIN, 1990; MILLER, 1988).
A escolha de qualquer intervenção médica, em termos éticos, deve basear-se no balanço entre riscos e benefícios. No Brasil e em outros países, no entanto, a cesárea tem sido abusivamente utilizada, sem benefícios para as mulheres e recém natos (SHEARER, 1993).
Nos últimos 30 anos tem sido observado um aumento progressivo das taxas de cesárea em quase todos os países, embora não de forma homogênea. A magnitude dessa tendência foi maior nos Estados Unidos, no Canadá, em Porto Rico e no Brasil (SAKALA, 1993). Esses países ultrapassaram, na década de 80, o índice de 15%, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a taxa máxima aceitável de cesárea para qualquer região (OMS, 1996).A maioria dos países europeus, nessa mesma época, apresentou taxas entre 10% e 14%, com exceção da Holanda – onde o sistema de atenção ao parto privilegia o atendimento domiciliar e conta com a participação efetiva de parteiras –, que apresentou taxas próximas a 7% (SAKALA, 1993). É importante também destacar que as taxas de cesárea podem variar dentro de um mesmo país. Dados nacionais recentes (BEMFAM, 1997) confirmam a tendência de crescimento desse tipo de parto, que alcançou 36% no Brasil, com taxas maiores em São Paulo (52%) e na Região Centro-Oeste (49%), sendo as menores taxas nas Regiões Nordeste (20%) e Norte (25%). Observa-se, ainda, que o parto cesáreo é mais frequente na região urbana (41,8%) do que na região rural (20,1%) e mostra-se também fortemente associado ao grau de instrução da mulher, aumentando progressivamente com o número de anos de estudo (BEMFAM, 1997).
Diante dos grandes índices departurição que sempre representou um evento muito importante na vida das mulheres, um momento único e especial, marcado pela transformação da mulher em seu novo papel, o de ser mãe. Graças aos avanços científicos e tecnológicos da assistência ao parto, muitos benefícios foram e vêm sendo observados nos partos caracterizados como de alto risco, que resultaram na diminuição dos índices de morbimortalidade materna e neonatal. Porém, essa assistência baseada na tecnologia, muitas vezes desenvolvida de forma mecanizada, fragmentada e desumanizada, com o uso excessivo de práticas intervencionistas, quando aplicadas no parto de baixo risco, trouxe às mulheres sentimentos de medo, insegurança e ansiedade, que repercutiram em dificuldades na evolução de seu trabalho de parto. Segundo os estudos sobre o parto normal e o cesáreo têm abordado os diversos problemas associados a essa organização da assistência, demonstrando certa preocupação que envolve desde a qualidade da atenção obstétrica, os elevados índices de cesárea encontrados na atualidade, até o significado da parturição para as mulheres(FAUNDES; CECATTI, 1991).
Maternidade, gravidez e parto despontam como assuntos caros no ressurgimento do movimento feminista nos anos 60, que identificou a tradução social da função reprodutora como um ponto nevrálgico sobre o qual se assenta a opressão feminina. Dessa perspectiva, elaborou-se uma crítica à compreensão naturalizada da reprodução e da sexualidade tratada como dimensões biológicas da esfera privada da vida dos indivíduos, como se nessa arena não se inscrevessem relações de poder, hierarquia e violência. Para o feminismo, as questões relativas à reprodução são colocadas no plano das relações de poder e da luta política pela autodeterminação sobre o corpo e a sexualidade (ÁVILA, 1993; GIFFIN, 1991).
A reflexão feminista problematizou a patologização da reprodução e a maneira como as práticas médicas definem seu objeto de trabalho, e questionou as bases históricas e políticas da concepção do feminino como “fisiologicamente patológico”. A patologização do parto, articulada à construção médico-científica do feminino como “normalmente defeituoso” e dependente da tutela médico-cirúrgica, orienta-se no século 20 por um modelo de assistência ao parto como evento de risco (SCAVONE et al., 1992).
2 OBJETIVO
2.1 Objetivo Geral
O objetivo desse trabalho é relatar sobre as complicações e consequências do parto Cesário para a mulher visto que algumas causas ainda são desconhecidas. Ignorando seus riscos e consequências, é muitas vezes considerado por muitas mães a melhor forma de dar a luz, se esquecendo que o mesmo procedimento também pode trazer riscos para o bebê. Será um dos temas abordados patologias como: eclampsia, má formação do feto etc.
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ObjetivosEspecíficos
Abordar o tema “Parto Cesáreo” baseado em estudos, tendo como principal objetivo a abordagem de situações nareferente ao parto cesáreo que ocorrem desde os primeiros meses de gestação até o nascimento da criança.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1Promoção da Saúde
A promoção da saúde são políticas, planos e programas de saúde pública com ações voltadas em evitar que as pessoas se exponham a fatores condicionantes e determinantes de doenças, a exemplo dos programas de educação em saúde que se propõem a ensinar a população a cuidar da saúde.
Figura 1: Mãe gestante
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Fonte:http://maesamigas.com.br/cesarea-tambem-pode-ser-um-parto-humanizado/
Em relação ao parto Cesário, a promoção da saúde tem o direito de esclarecer todas as vantagens do parto normal antes de aceitara realização de um parto Cesário sem plena indicação médica. A mãe tem todo o direito de escolher a via do parto (figura 1), mas cabe ao obstetra indicar qual é o melhor na atual
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