O EXAME FISICO DO SISTEMA RESPIRATORIO
Por: Salezio.Francisco • 29/1/2018 • 2.208 Palavras (9 Páginas) • 524 Visualizações
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Estática – Compreende a forma do tórax e a presença ou não de abaulamentos ou depressões.
Forma do tórax- Mesmo em pessoas normais, a forma do tórax apresenta variações em relação á idade, ao sexo e a biótipo. No adulto normal o diâmetro lateral é maior que o antero posterior, os seguintes tipos de tórax podem ser encontrados: Tórax chato o diâmetro ântero-posterior é reduzido, além do achatamento as escápulas sobressaem claramente no relevo torácico. É mais comum nos longilíneos e não tem significado patológico; Tórax em tonel ou barril chama à atenção a magnitude do diâmetro ântero-posterior que praticamente iguala-se ao transversal. A causa mais comum é o enfisema pulmonar; Tórax Infundi buliforme ou de sapateiro caracteriza-se pela presença de uma de uma depressão mais ou menos no terço inferior do esterno. Pode ser congênito ou adquirido. Os sapateiros adquiriam essa forma de tórax, devido à posição de trabalho; Tórax cariniforme nota-se ao nível do esterno uma saliência em forma de peito de pombo (pectus carinatum). Pode ser congênito ou adquirido, o raquitismo infantil é a principal causa desse tipo de tórax, o qual não compromete a ventilação; Tórax em sino ou piriforme a porção inferior torna-se alargada como a boca de um sino, lembrando um cone de base inferior. Aparece nas grandes hepatoesplenomegalias e na ascite volumosa; Tórax cifótico é o encurvamento posterior da coluna torácica, seja por defeito de postura, por lesão de vértebras torácicas (tuberculose, osteomielite, neoplasias, ou anomalias congênitas); Tórax escoliótico o tórax torna-se assimétrico em conseqüência do desvio lateral do segmento torácico da coluna vertebral. A causa mais comum é anomalia congênita; Tórax cifoescoliótico decorre da combinação de uma alteração cifótica, com desvio lateral da coluna vertebral escoliose. Pode ser congênito ou secundário; Tórax instável traumático quando são fraturadas várias costelas, observam-se movimentos torácicos paradoxais, ou seja na inspiração a área correspondente desloca-se para dentro, na expiração; Abaulamentos e depressões podem localizar-se em qualquer parte do tórax e indicam algumas lesões que aumentam ou reduz uma das estruturas da parede ou de órgãos intratorácicos.
Dinâmica- Analisam-se o tipo respiratório, o ritmo e a freqüência da respiração, a amplitude dos movimentos respiratórios, a expansibilidade dos pulmões e a presença ou não de tiragem.
Tipo respiratório observa-se a movimentação do tórax e suas alterações. Verificar a freqüência respiratória do paciente em repouso, de preferência em decúbito dorsal, da forma mais discreta possível; o método usado é contar os movimentos respiratórios enquanto se estima a contagem da freqüência do pulso. A freqüência precisa ser contada durante pelo menos 30 segundos. Ritmos anormais- Cheyne-Stokes tumor cerebral, meningite, intoxicação por morfina e barbitúricos. Caracteriza-se por movimentos respiratórios rápidos e amplos, para depois diminuir progressivamente, e em seguida fazer um período longo de apneia; Kusmaul – acidose diabética. Amplos movimentos inspiratórios e expiratórios, com um platô após cada movimento; Biot – meningite. Ciclos respiratórios variados, podendo ser regulares em alguns momentos, inteiramente anárquicos em outros, e ainda períodos de apneia de duração variável. Frequência respiratória: A frequência respiratória em geral é mensurada através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto. Podendo ser identificados: taquipneia: aceleração do ritmo respiratório; bradipneia: respiração lenta, abaixo do padrão de normalidade; apneia: parada respiratória e eupnéia frenquencia normal sem dificuldade respiratória. Expansividade torácica- Normalmente, a expansibilidade é simétrica e igual nos dois hemitórax. Qualquer doença que afete a caixa torácica, sua musculatura, o diafragma, a pleura ou o pulmão de um lado, pode ser precocemente percebido pela assimetria dos movimentos ventilátorios, ao se compararem ambos os hemitórax. A diminuição da expansividade pode ser: Diminuição bilateral – enfisema pulmonar, afecções dolorosas da pleura e peritônio. Diminuição unilateral – atelectasias, derrame pleural, pneumonia, fibrose pulmonar, fratura de costela; Aumento da expansividade – geralmente compensador (derrame pleural, pneumotórax ou atelectasias contralaterais). Amplitude da respiração - observando os movimentos respiratórios identifica-se o aumento ou a redução da amplitude, assim reconhece respiração profunda e respiração superficial. A respiração durante o sono tranquilo torna-se mais superficial, enquanto os esforços e as emoções fazem-na mais profunda. Tiragem- Retração inspiratória de esforços intercostais, fossa supraesternal, regiões supraclaviculares e subcostais. Abaulamento expiratório da fossa supraclavicular, bem como a distensão expiratória das veias jugulares. Uso de músculos acessórios – pode-se notar nas grandes dispneias (asma, bronquite e enfisema).
PALPAÇÃO- Palpar, sistematicamente, toda a superficície do tórax, nas faces anterior, posterior e lateral. A palpação é feita com os dedos aplicados sobre a pele, realizando- se movimentos circulares, de modo a exercer compressão das camadas superfíciais do tegumento sobre o gradil costal( sensibilidade da parede torácica, tonicidade muscular, elasticidade, expansibilidade).
Frêmito toracovocal são vibrações identificadas na parede torácica pela mão do examinador quando o paciente emite algum som. O examinador coloca a mão na região do tórax, ao mesmo tempo em que o cliente pronuncia, seguidamente, as palavras trinta e três. À que o ele fala, o examinador desliza a mão de modo a percorrer toda a extensão da parede torácica.
PERCUSSÃO- Para percutir o tórax, estende o dedo médio da mão esquerda, se for destro, ou o dedo médio da mão direita, se for canhota. Coloque a mão com firmeza sobre o tórax do cliente. Use a ponta do dedo médio da mão dominante para bater no dedo médio da outra mão, logo abaixo da articulação distal. Segue a sequência padrão de percussão nas paredes torácicas anterior e posterior, assim obterá os tipos de sons: Som Maciço: Curto, agudo, muito surdo, observado sobre a coxa. Compatível com a atelectasia e no derrame pleural extenso; Som Submaciço: Intensidade e altura médias, duração moderada, observado sobre o fígado. Compatível com área sólida, com em derrame pleural, massa ou pneumonia lobar; Som Ressonante: Longo, alto, grave, oco. Compatível com tecido pulmonar normal, bronquite; Som Hiper-ressonância: Muito alto, grave, encontrado
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