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O Consumo nocivo de álcool por acadêmicos de enfermagem

Por:   •  9/12/2018  •  3.400 Palavras (14 Páginas)  •  257 Visualizações

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Quando o uso não se faz de maneira regular o indivíduo entra em estado de abstinência. A determinação do padrão de consumo destas vai além de questões biológicas, como sexo e idade, e são fortemente influenciadas pela estrutura social, fatores locais e regionais, e questões de ordem cultural, como as relativas aos grupos sociais de pertencimento (FERREIRA et al. 2011).

Com base nisso e nas vivências no meio acadêmico surgiu a necessidade de realizar um estudo que abordasse a questão do consumo abusivo de álcool por universitários, para tanto este trabalho tem por objetivo avaliar o consumo nocivo abusivo de álcool por universitários de uma instituição privada no município de Bacabal – MA.

2 PROBLEMA

O consumo abusivo de álcool ocorre com frequência entre universitários?

3 JUSTIFICATIVA

O álcool é uma das substâncias mais consumidas mundialmente, o inicio do consumo ocorre na maior parte das vezes durante a adolescência e traz consigo várias consequências físicas e psicológicas. A medida em que a idade avança, os ambientes que a pessoa frequenta e a pressão dispensada pelos grupos sociais que ela participa tornam o consumo das bebidas alcoólicas mais frequente, e em maiores doses, tornando o estado de embriaguez rotineiro.

Com base nisso, e nas vivências no meio acadêmico surgiu a necessidade de realização de um estudo que buscasse investigar o consumo abusivo de bebidas alcoólicas por universitários, com isso espera-se melhor compreender este problema, além de contribuir com informações relevantes para a sociedade.

4 HIPÓTESE

Ao adentrar a universidade é iniciado um novo ciclo de amizades, e com isso surge a necessidade de aceitação por esse grupo, isso inclui muitas vezes a necessidade de incorporar hábitos que antes não existiam. Desse modo, um hábito comumente observado é o consumo de quantidades cada vez maiores de bebidas alcoólicas até por fim, episódios de consumo abusivo se tornarem comuns, este por sua vez, vem acompanhado de quedas no rendimento acadêmico, social, além da complicações fisiológicas já conhecidas.

5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo geral

Avaliar o consumo nocivo/abusivo de álcool por universitários de uma instituição privada no município de Bacabal – MA.

5.2 Objetivos específicos

- Caracterizar o perfil socioeconômico do sujeitos pesquisados;

- Averiguar o perfil de consumo alcoólico;

- Avaliar o conhecimento dos sujeitos sobre o consumo abusivo de álcool.

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Historicamente, a maioria dos grupos sociais tem convivido com diversas substâncias psicoativas (SPAs). Estas vão desde produtos de origem natural até aqueles produzidos em laboratório, que proporcionam efeitos, agradáveis ou não, percebidos pelo sistema nervoso central. Tais efeitos resultam em alterações na mente, no corpo e na conduta. As pessoas sempre tentaram modificar o humor, as percepções e sensações por meio de SPAs, com finalidades religiosas, culturais, curativas, relaxantes ou simplesmente recreacionais (CHASSIN; PITTS; PROST, 2012).

O crescimento no consumo de substâncias psicoativas pela população mundial é uma realidade preocupante, onde estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas consumam drogas ilícitas, entre 15 e 64. Nesta mesma faixa etária, aproximadamente 50% das pessoas são consumidoras de álcool (ONU, 2005).

Os potenciais efeitos negativos relacionados ao abuso de álcool e outras drogas na adolescência, tempo compreendido entre 10 a 20 anos de idade, são mais intensos nesta faixa etária do que em épocas posteriores em função das particularidades neuroquímicas e psicológicas desse período (SILVA; MATOS, 2004).

Os riscos associados ao consumo de álcool envolvem acidentes de trânsito, violência, agressividade, comportamento sexual de risco, queda no rendimento escolar e problemas de saúde. Nos locais onde o contingente de jovens é elevado, como nas universidades, este aspecto tem chamado a atenção de pesquisadores. Pesquisas realizadas no Estado de São Paulo, nos cursos de medicina, comprovou, entre alunos, o uso de álcool em proporções superiores ao uso de drogas ilícitas (KERR-CORRÊA et al. 2009; ANDRADE et al. 2005).

Em um outro estudo, foi observado que acadêmicos do curso enfermagem consumiam álcool de um nível moderado a alto. Estudo realizado com alunos e professores em 4 universidades do Grande Rio detectou percentual de 3,65% de usuários habituais de álcool. Já no Estado de Minas Gerais na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) encontrou-se, entre alunos, 58,4% de usuários regulares de álcool. A percepção do álcool como droga de risco, quando usado fora de determinados padrões é ainda incipiente, favorecendo a aceitação de seu consumo excessivo (BALAN; CAMPOS, 2008; FONTANIVE, 2009; SEGATTO, 2005).

O clima social do ambiente universitário é festivo, e isso pode ser facilmente comprovado ao se verificar nos murais o número de cartazes de propagandas de festas universitárias que dominam os murais. Entretanto, além da festa propriamente anunciada, fica claro também conteúdos referentes ao consumo de álcool nesses cartazes, oportunizando a aceitação e apologia, favorecendo também a publicidade indireta (MUSSE, 2008)

Verifica-se também a influência da mídia no comportamento humano. Isso é fato cientificamente comprovado, um dos estudos a esse respeito foi realizado sobre a questão da violência em programas de televisão e sua repercussão sobre o comportamento de crianças e jovens, que demonstraram haver relação direta entre a exposição a esses programas e comportamentos agressivos expressos por espectadores dos mesmos (VALA; LIMA; JERÓNIMO, 2007; GOMIDE; PINSK, 2014).

Diante dos resultados das pesquisas supracitadas, trabalhos mais recentes têm buscado verificar a relação da mídia e drogas, onde tem-se verificado o efeito das propagandas de álcool e tabaco sobre a elevação do consumo dessas substâncias entre a população, sobretudo entre jovens (GOMIDE; PINSK, 2014).

Diante disso, tem–se observado que uma característica da publicidade em forma de propaganda, é o uso da persuasão, que abordam aspectos psicológicos moldáveis do público alvo, proporcionando

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