Estudo de casos : Pielonefrite, Pneomonia
Por: Sara • 23/1/2018 • 6.932 Palavras (28 Páginas) • 287 Visualizações
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- Achados normais e achados do paciente
- Taxa de filtração glomerular: A TFG diminuída pode ser detectada ao se obter uma urinálise de 24 horas para o clearance da creatinina.
- Retenção de sódio e água: As respostas apropriadas pelo rim às alterações na ingesta diária de água e eletrólitos.
- Acidose: A acidose metabólica acontece porque o rim não consegue excretar as cargas de cálcio aumentado.
- Desequilíbrio de cálcio e fósforo: Os níveis séricos de cálcio e fosfato apresentam uma relação inversa no corpo: quando um se eleva o outro diminui.
- Características dos fármacos utilizados no caso e cuidados de enfermagem
Clindamicina
- Classe farmacológica
Clindamicina é um fármaco (antibiótico) da classe das lincosaminas.2
- Mecanismo de ação
Inibem a síntese protéica nos ribossomos, ligando-se a subunidade 50S, sendo, portanto, bacteriostático. Desta forma, alteram a superfície bacteriana, facilitando a opsonização, fagocitose e destruição intracelular dos microorganismos.
A clindamicina pode ser administrada por via oral, EV ou tópica. A absorção intestinal é de 90%, mas é menor em idosos e alimentação não interfere na absorção. A via intramuscular é dolorosa, devendo ser evitada. Por via endovenosa atinge o pico ao final da infusão, alcançando altas concentrações na maioria dos tecidos; entretanto, não atravessa a barreira hematoencefálica. A concentração óssea é 1/3 da plasmática. Atravessa a placenta atingindo o feto, mas não há relatos de teratogenicidade.
A maior parte da droga é metabolizada no fígado e é eliminada com seus metabólitos por via biliar, onde atinge alta concentração. A meia-vida aumenta na presença de doença hepática e a dose deve ser ajustada dependendo da gravidade. Pequena parte é eliminada pelos rins, geralmente não requerendo ajuste de dose. Entretanto, se houver lesão hepática e renal concomitantes, a dose deve ser reduzida. Não é eliminada na diálise peritoneal ou hemodiálise.
- Indicações
A Clindamicina é um antibiótico indicado no tratamento de diversas infecções causadas por bactérias, entre as quais: (1) do trato respiratório superior (traqueia, seios da face, amígdalas, faringe, laringe, ouvido) e inferior (brônquios, pulmões); (2) da pele e partes moles, infecção da pele e tecidos próximos como os músculos, tendões, etc.); (3) da pelve (região inferior do abdome) e trato genital feminino (útero, trompas, ovário e vagina); (4) de dente; (5) nos ossos e articulações (conhecidas popularmente como juntas).
- Efeitos colaterais
Os efeitos adversos quanto ao uso de Clindamicina:
- Sangue e sistema linfático: neutropenia transitória (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) e eosinofilia (aumento do número de um tipo de leucócito do sangue chamado eosinófilo), agranulocitose (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: granulócitos) e trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue; as plaquetas participam do processo de coagulação do sangue).
- Sistema imunológico: reações anafilactoides (reação alérgica que pode levar à incapacidade de respirar). Sistema nervoso: disgeusia (alteração do paladar).
- Hepatobiliar: alterações em testes de função hepática (alterações dos testes laboratoriais que avaliam a função do fígado) e icterícia (pele amarelada).
- Gastrintestinais: dor abdominal, náusea (enjoo), vômito, diarreia (aumento no número e na quantidade de fezes eliminadas diariamente), esofagite (inflamação do esôfago) e úlcera esofágica (ferida no esôfago). Pele e tecido
- Subcutâneo: rash maculopapular (erupções de pele) e urticária (reação alérgica) foram observadas durante a terapia. Erupções da pele morbiliformes (erupções da pele não elevadas e avermelhadas) generalizadas leves a moderadas foram às reações adversas mais frequentemente relatadas. Raros casos de eritema multiforme (manchas vermelhas, bolhas e ulcerações em todo o corpo) foram associados à clindamicina. Prurido (coceira), vaginite (inflamação vaginal) e raros casos de dermatite esfoliativa (descamação da pele) e vesículo-bolhosa (erupções da pele avermelhadas com pequenas bolhas) também foram relatados. Raros casos de necrose epidérmica tóxica (descamação grave da camada superior da pele) e casos de síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e grandes áreas do corpo) foram relatados no período pós-comercialização. Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
Ciprofluoxacino
- Classe farmacológica
Ciprofluoxacino: é um fármaco (antibiótico) do grupo das quilonas.
- Mecanismo de ação
Inibe a atividade da DNA girase ou topoisomerase II enzima essencial à sobrevivência bacteriana. A DNA girase torna a molécula de DNA compacta e biologicamente ativa. Ao inibir essa enzima, a molécula de DNA passa a ocupar grande espaço no interior da bactéria e suas extremidades livres determinam síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas, determinando a morte das bactérias. Também inibem, in vitro, a topoisomerase IV, porém não é conhecido se este fato contribui para a ação antibacteriana.
Concentrações séricas máximas são alcançadas dentro de 60 a 90 min após a administração oral. Pode ser administrado a cada 12 a 8 horas, conforme indicação clínica. Após a administração oral de Ciprofloxacino, 94% da dose foram recuperados em cinco dias, 55% na urina e 39% nas fezes. Após a administração endovenosa, 75% da dose administrada são eliminados pela urina e 14% pelas fezes, sendo mais de 90% eliminados nas primeiras 24 horas.Os locais infectados (fluidos corporais e tecidos) contêm concentrações de cloridrato de Ciprofloxacino mais elevadas do que no sangue.
- Indicações
Infecções complicadas
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