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Distúrbios Respiratórios

Por:   •  18/2/2018  •  6.170 Palavras (25 Páginas)  •  327 Visualizações

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A pneumonia origina-se da flora normal presente nos pacientes cuja resistência foi alterada, quando os microrganismos alcançam o trato respiratório inferior; ou a partir de aspiração da flora presente na orofaringe. A pneumonia também pode resultar de microrganismos transportados pelo sangue, que penetram na circulação pulmonar e são aprisionados no leito capilar pulmonar, tornando-se uma potencial fonte de pneumonia.

Pode acometer a região dos alvéolos, e às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa, ocorrendo uma reação inflamatória que produz um exsudato que interfere na difusão de oxigênio e gás carbônico.

A pneumonia afeta tanto a ventilação quanto a difusão. Pode ocorrer uma reação inflamatória nos alvéolos, produzindo um exsudato que interfere na difusão do oxigênio e do dióxido de carbono. Os leucócitos, em sua maior parte neutrófilos, também migram para os alvéolos e preenchem os espaços normalmente ocupados pelo ar. Áreas do pulmão não são adequadamente ventiladas, por causa das secreções e do edema da mucosa, que causam oclusão parcial dos brônquios ou alvéolos, com consequente redução na tensão de oxigênio alveolar.

Manifestações Clínicas

O aparecimento dos sintomas de pneumonia é gradual e inespecífico. Qualquer inflamação respiratória começa do mesmo jeito, com as mesmas manifestações clínicas.

- Início súbito de calafrios;

- Febre rapidamente crescente (38,5 a 40,5°C);

- Dor torácica pleurítica que é agravada pela respiração profunda e pela tosse;

- Taquipneia, acompanhada de outros sinais de desconforto respiratório, como dispneia, uso da musculatura acessória;

- Taquicardia;

- Infecção do trato respiratório superior – congestão nasal, faringite;

- Cefaleia;

- Mialgia;

- Exantema (erupção cutânea generalizada);

- Inapetência (ausência de apetite);

- Ortopneia (dispneia na posição deitada);

- Sudorese;

- Irritabilidade;

- Letargia;

- Queixas gastrintestinais: vômitos, diarreia, distensão e dor abdominal. (Principalmente em crianças e idosos).

Depois de alguns dias, o indivíduo expectora um escarro mucoide ou mucopurulento.

Na pneumonia grave, as bochechas ficam ruborizadas, os lábios e os leitos ungueais demonstram cianose.

O escarro purulento ou as alterações discretas nos sintomas respiratórios podem constituir o único sinal de pneumonia em pacientes com DPOC.

Normalmente, as pneumonias virais são precedidas de coriza, tosse, obstrução nasal e febre baixa de duração variável.

Observam-se dispneia com retrações torácicas, taquipneia, taquicardia, gemência e cianose nos casos mais graves.

Diagnóstico Médico

- Anamnese;

- Exame físico;

- Radiografia de tórax;

- Exames Laboratoriais;

- Hemocultura.

Exame do escarro: Enxaguar a boca com água para reduzir a contaminação pela microbiota residente oral; Respirar profundamente várias vezes; tossir profundamente e expectorar o escarro desprendido em um recipiente estéril.

O escarro também pode ser obtido por aspiração nasotraqueal ou orotraqueal com um coletor de escarro ou por broncoscopia de fibra óptica que é utilizada com frequência em pacientes com infecção grave aguda, naqueles com infecção crônica ou refratária, em indivíduos imunocomprometidos, quando não é possível estabelecer um diagnóstico com uma amostra de escarro expectorada ou induzida, e em pacientes com ventilação mecânica.

Prevenção

Para reduzir ou prevenir as complicações graves da PAC, recomenda-se vacina antipneumocócica para:

- Indivíduos com 65 anos ou mais;

- Indivíduos imunocompetentes que correm risco aumentaço de doença e morte associadas à doença pneumocócica, devido a doença crônica (DCV, pulmonar, DM, doença hepática crônica);

- Indivíduos com asplenia funcional ou anatômica;

- Indivíduos que residem em ambientes ou contextos sociais onde o risco de doença apresenta-se elevado;

- Indivíduos imunocomprometidos com alto risco de infecção.

Estratégias específicas para a prevenção da PAH

- Educação e participação da equipe na prevenção de infecção;

- Vigilância da infecção e microbiológica;

- Prevenção da transmissão dos microrganismos;

- Modificação do risco do hospedeiro para infecção

Tratamento Clínico

O tratamento inclui a administração do antibiótico adequado. As drogas de escolha são as cefalosporinas, clindamina, penicilinas e eritromicina.

O manejo da PAC inclui a rápida realização de hemocultura para identificar o patógeno etiológico e a administração imediata de antibióticos a pacientes com forte suspeita de PAC.

Para pacientes com PAC, os critérios de internação incluem idade, ambiente domiciliar/apoio de cuidadores, gravidade da doença e presença de condições comórbidas.

Os critério para admissão na unidade de UTI, incluem necessidade de ventilação mecânica, presença de choque séptico e necessidade de vasopressores; insuficiência respiratória aguda; e pelo menos três critérios menores, incluindo aumento da FR, infiltrados multilobares, confusão mental, uremia,

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