Distúrbios Respiratórios
Por: Ednelso245 • 18/2/2018 • 6.170 Palavras (25 Páginas) • 336 Visualizações
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A pneumonia origina-se da flora normal presente nos pacientes cuja resistência foi alterada, quando os microrganismos alcançam o trato respiratório inferior; ou a partir de aspiração da flora presente na orofaringe. A pneumonia também pode resultar de microrganismos transportados pelo sangue, que penetram na circulação pulmonar e são aprisionados no leito capilar pulmonar, tornando-se uma potencial fonte de pneumonia.
Pode acometer a região dos alvéolos, e às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa, ocorrendo uma reação inflamatória que produz um exsudato que interfere na difusão de oxigênio e gás carbônico.
A pneumonia afeta tanto a ventilação quanto a difusão. Pode ocorrer uma reação inflamatória nos alvéolos, produzindo um exsudato que interfere na difusão do oxigênio e do dióxido de carbono. Os leucócitos, em sua maior parte neutrófilos, também migram para os alvéolos e preenchem os espaços normalmente ocupados pelo ar. Áreas do pulmão não são adequadamente ventiladas, por causa das secreções e do edema da mucosa, que causam oclusão parcial dos brônquios ou alvéolos, com consequente redução na tensão de oxigênio alveolar.
Manifestações Clínicas
O aparecimento dos sintomas de pneumonia é gradual e inespecífico. Qualquer inflamação respiratória começa do mesmo jeito, com as mesmas manifestações clínicas.
- Início súbito de calafrios;
- Febre rapidamente crescente (38,5 a 40,5°C);
- Dor torácica pleurítica que é agravada pela respiração profunda e pela tosse;
- Taquipneia, acompanhada de outros sinais de desconforto respiratório, como dispneia, uso da musculatura acessória;
- Taquicardia;
- Infecção do trato respiratório superior – congestão nasal, faringite;
- Cefaleia;
- Mialgia;
- Exantema (erupção cutânea generalizada);
- Inapetência (ausência de apetite);
- Ortopneia (dispneia na posição deitada);
- Sudorese;
- Irritabilidade;
- Letargia;
- Queixas gastrintestinais: vômitos, diarreia, distensão e dor abdominal. (Principalmente em crianças e idosos).
Depois de alguns dias, o indivíduo expectora um escarro mucoide ou mucopurulento.
Na pneumonia grave, as bochechas ficam ruborizadas, os lábios e os leitos ungueais demonstram cianose.
O escarro purulento ou as alterações discretas nos sintomas respiratórios podem constituir o único sinal de pneumonia em pacientes com DPOC.
Normalmente, as pneumonias virais são precedidas de coriza, tosse, obstrução nasal e febre baixa de duração variável.
Observam-se dispneia com retrações torácicas, taquipneia, taquicardia, gemência e cianose nos casos mais graves.
Diagnóstico Médico
- Anamnese;
- Exame físico;
- Radiografia de tórax;
- Exames Laboratoriais;
- Hemocultura.
Exame do escarro: Enxaguar a boca com água para reduzir a contaminação pela microbiota residente oral; Respirar profundamente várias vezes; tossir profundamente e expectorar o escarro desprendido em um recipiente estéril.
O escarro também pode ser obtido por aspiração nasotraqueal ou orotraqueal com um coletor de escarro ou por broncoscopia de fibra óptica que é utilizada com frequência em pacientes com infecção grave aguda, naqueles com infecção crônica ou refratária, em indivíduos imunocomprometidos, quando não é possível estabelecer um diagnóstico com uma amostra de escarro expectorada ou induzida, e em pacientes com ventilação mecânica.
Prevenção
Para reduzir ou prevenir as complicações graves da PAC, recomenda-se vacina antipneumocócica para:
- Indivíduos com 65 anos ou mais;
- Indivíduos imunocompetentes que correm risco aumentaço de doença e morte associadas à doença pneumocócica, devido a doença crônica (DCV, pulmonar, DM, doença hepática crônica);
- Indivíduos com asplenia funcional ou anatômica;
- Indivíduos que residem em ambientes ou contextos sociais onde o risco de doença apresenta-se elevado;
- Indivíduos imunocomprometidos com alto risco de infecção.
Estratégias específicas para a prevenção da PAH
- Educação e participação da equipe na prevenção de infecção;
- Vigilância da infecção e microbiológica;
- Prevenção da transmissão dos microrganismos;
- Modificação do risco do hospedeiro para infecção
Tratamento Clínico
O tratamento inclui a administração do antibiótico adequado. As drogas de escolha são as cefalosporinas, clindamina, penicilinas e eritromicina.
O manejo da PAC inclui a rápida realização de hemocultura para identificar o patógeno etiológico e a administração imediata de antibióticos a pacientes com forte suspeita de PAC.
Para pacientes com PAC, os critérios de internação incluem idade, ambiente domiciliar/apoio de cuidadores, gravidade da doença e presença de condições comórbidas.
Os critério para admissão na unidade de UTI, incluem necessidade de ventilação mecânica, presença de choque séptico e necessidade de vasopressores; insuficiência respiratória aguda; e pelo menos três critérios menores, incluindo aumento da FR, infiltrados multilobares, confusão mental, uremia,
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