DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM ESTUDO DE CASO
Por: YdecRupolo • 15/3/2018 • 5.980 Palavras (24 Páginas) • 345 Visualizações
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Fez uso de 01 concentrado de hemácia nos dias 27 e 28. EV: 01 vez por dia. 300 ml concentrado de hemácias, com controle de sinais vitais antes, durante e depois, e 06/06 h. O concentrado de hemácias é um hemocomponente obtido através do fracionamento de uma bolsa de sangue total, com remoção de plasma, o volume final contém predominantemente hemácias e ainda leucócitos, plaquetas e plasma em pequena quantidade.
Sinais vitais: PA: 120x70mmHg; temperatura normal ao toque; FR: 17irpm. Não foi possível pesar e nem medir a altura do paciente.
Durante o exame físico o paciente estava agitado, nervoso e irritado o que dificultou o exame físico. Na inspeção o paciente apresentava-se acinótico; anictérico; hipocorado 1+/4+; apresentava descamação e tecido cicatricial por todo o corpo, principalmente em membros; umidade, turgor e elasticidade diminuídas; o cabelo não possuía distribuição uniforme e havia presença de caspa seborreica; possuía perca da dentição e halitose, presença de inflamação e lesões na boca, queixava-se de dor e de falta de apetite; respiração com ritmo normal. Na ausculta verificou murmúrios vesiculares normais; na ausculta cardíaca as bulhas estavam normofonéticas, ritmadas 2T, e com ausência de sopros; ruídos hidroaéreos normoativos. Só foi realizado percussão no abdômen que apresentou som levemente timpânico. Na palpação notou-se que o abdômen estava levemente distendido e indolor ao toque; aumento do gânglio supra clavicular esquerdo; pulso cheio e rítmico; expansibilidade torácica simétrica.
III. Patologias
Epidermólise Bolhosa
A epidermólise bolhosa engloba doenças fenotípicas e genotípicas não contagiosas, porém abrange em comum a fragilidade do epitélio e tecidos superficiais da pele com presença de bolhas que afetam as mãos, joelhos e cotovelos e em casos mais graves podem atingir àreas da boca e dos olhos e órgãos internos como esôfago, estômago e intestino.
A EB pode se apresentar em três tipos: simples que é a forma menos grave; juncional e distrófica. Essa classificação é feita em acordo com a modalidade de herança genética, distribuição das lesões e morbidez.
O diagnóstico pode ser definido pelas manifestações clínicas, histórico familiar e preterivelmente pelo estudo histopatológico, em decorrência da possível identificação errônea com outras doenças bolhosas.
Em relação às manifestações clínicas da EB com os sinais e sintomas do paciente, podemos relacionar à juncional ou à distrófica (não tendo como afirmar somente através da literatura, uma vez que o prontuário não continha qual a gradação).
J.P apresenta dor ao deglutir e comprometimento na ingestão de nutrientes, possivelmente por injúrias em qualquer porção do trato gastrintestinal. O acometimento músculo- esquelético com aparecimento da contratura de mãos e pés e pelo fato de que o paciente tem sua locomoção exclusivamente por cadeira de rodas. A cardiomegalia evidenciada pelo RX do tórax do paciente é uma complicação incomum a EB distrófica. A mucosa oral com lesões e distúbios metabólicos como a desnutrição e anemia compreendem ambas as categorizações.
A epirdemólise bolhosa não tem cura, o que pode ser feito para o paciente que tem essa doença é a melhoria de qualidade de vida. Deve- se haver acompanhamento multidisciplinar e da família, um olhar atento à prevenção e tratamento das feridas e infecções, trocas de curativos, uso de antibióticos, suporte nutricional adequado, monitoração para detecção de osteoporose e osteopenia e início de sinais e sintomas de atividade da doença da córnea.
Os pacientes acometidos sofrem de distúrbios psicológicos por terem uma percepção alterada de sua imagem e muitas vezes sofrerem discriminação. Evidenciamos isso pelo dizer de J.P. que o preconceito enfrentado na escola fez com que desistisse de continuar os estudos ainda no quinto ano, em uma entrevista feita pela jornalista Hulda Rode de Alta Complexidade. (RODE, 2016)
Anemia Grave Sintomática
A anemia é um achado laboratorial, uma manifestação principal ou secundária de diversas doenças. Ela é caracterizada pela diminuição do volume de hemoglobina no sangue, ou seja, reduz o transporte de oxigênio para as células.
Os sintomas que podem ser relacionados ao quadro clínico de J.P. é a taquicardia e palpitações, ademais podem ocorrer fadiga, astenia, palidez da pele e mucosas, unhas quebradiças, cefaléia, insônia, tontura, lipotimia, angina, zumbidos e depressão, de exemplo.
O diagnóstico é feito por meio de anamnese, exame físico e exames laboratorias com realização de hematócrito, hemoglobina, contagem de eritrócitos, índices hematimétricos, contagem de reticulócitos e microscopia da distensão sanguínea. É classificado em: deficiência de ferro, talassemia minor , anemia sideroblástica, anemia de doença crônica, doença renal, lesão medular, deficiência de vitamina B12 , deficiência de folato, mielodisplasia, hemorragia aguda, anemia hemolítica; e se dá quanto a proliferação de reticulócitos e morfologia das hemácias.
O tratamento depende da causa, podendo ser por dieta adequada ou suplementação em termos de vitaminas, caso seja por deficiência nutricional, por exemplo. No caso do paciente J.P. como a anemia é grave foram feitas transfusões sanguíneas.
III. Medicações
Cefalexina (BETACEF, CEFACIMED, CEFALEXINA, CEFANAL, CEFAXON, CELEN AF, FALEXINA, KEFLEX, PRIMACEF, UNI CEFALEXIN)
Apresentações: Cápsulas de 250mg ou 500mg. Comprimidos de 50mg, 500mg ou 01g. Comprimidos de liberação prolongada de 375mg ou 730mg. Frascos com 600ml ou 100ml (250mg/5ml) de suspensão. Drágeas de 500mg. Frascos com 15ml (4,5mg) de suspensão (gotas). Frascos com 15g ou 25g de pó para reconstituição de 60ml ou 100ml (250mg/5ml) de suspensão extemporânea.
Propriedades: Cefalosporina antibiótico de primeira geração. Inibe a síntese protéica, causando instabilidade osmótica. Geralmente tem ação bactericida.
Farmacocinética: Uso VO. Nível sanguíneo: 01h; eliminação: 30min – 01h.
Indicações e posologia: Infecções do trato respiratório e GI, da pele e de tecidos moles, do tecido ósseo e das articulações, otite media causada por E. coli, Haemophilus influenzae, Klebsiella, Streptococcus peneumoniae e Streptococcus do grupo A beta-hemolítico.
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