CRISE CONVULSIVA FEBRIL NA INFÂNCIA: A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA E ORIENTAÇÃO
Por: Hugo.bassi • 11/3/2018 • 5.212 Palavras (21 Páginas) • 546 Visualizações
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A CF causada única e exclusivamente por causa da FEBRE, ou seja, sem relação com qualquer doença cerebral como meningites ou como doenças epiléticas, na verdade é rápido aumento da temperatura dos 36,5ºC para 38,5ºC em minutos. A temperatura média da criança que tem convulsão febril se encontra em torno dos 38,5°C aos 39°C temperatura mais alta (como 40°C) mantidas por varias horas não causam convulsão febril.
As doenças febris que mais comumente se relacionam com convulsões são aquelas das vias aéreas superiores: faringites, amidalites, otites e também doenças virais, como exantema súbito ou (roséola). Pneumonias e infecções urinarias também tem relação com a Convulsão Febril. (site clinicalen, 2010 noticias Untitled Document).
Segundo Nelson e Ellenberg, 1976. (Dados national colaborative Perinatal Project), CF em dois tipos: a simples, definidas como crise tonico-clonicas generalizadas, com duração 15 minutos se recorrer em menos de 24 horas e/ou com manifestações neurológicas pós-ictais) (Durante e Cancelier, 2007).
Caracterizar a convulsão febril infantil relacionando com idade e fatores de risco através de revisão da literatura, bem como diagnósticos diferenciais. Demonstrar através de revisão da literatura as causas de convulsão febril, bem como o seu mecanismo de ação e conseqüências. Demonstrar diagnostico diferencial de convulsão febril, neurológico e fatores hereditários em crianças e tipos de manifestações convulsivas. Descrever medidas terapêuticas em emergência convulsiva infantil, protocolos utilizados e a importância da Assistência de Enfermagem nesse processo.
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2.0. CONVULSÃO FEBRIL NA INFÂNCIA
Convulsão febril geralmente é benigna, de curta duração, tipo clínico, ou tônico-clônico, generalizada, ocorrendo geralmente dentro das primeiras 24 horas de febre e com temperaturas superiores a 38,5°C e não necessariamente no período de elevação da temperatura. A duração na maioria dos casos não ultrapassa de 10 mínutos, embora para os pais esse período pareça ser sempre superior. Na prática, podemos considerar de longa duração casos de crianças que chegam ao pronto socorro em crise que continuam em crise no momento em que o médico é contatado. É importante ressaltar que o período de sonolência que geralmente se segue ás crises não deve ser incluído com crise. (COMP.NEUROL,2002)
A crise convulsiva febril (CCF) não é considerada ordinamente como epilepsia. É também conhecida como “Crise termôgena” ou “Crise hipertérmica”. Ocorre em crianças de 6 meses a 6 anos de idade, no decorrer de hipertemia (38°C ou acima); sem que haja lesão do neurax. O exame neurológico e complementar intercrise é normal “quase sempre” é benigna desaparecendo após ao cinco para o seis anos. (GUERREIRO,2002)
Já outros autores classificam a convulsão febril de 3 meses aos 5 anos e sua natureza é benigna, ou seja, não costuma evoluir para epilepsia ou lesão cerebral. (ALMEIDA E SABATES, 2008)
Classificação de convulsões febris é dividida em duas categorias: parciais e generalizadas. A convulsão parcial limita em descargas elétricas anormal e região circunstrita do córtex cerebral, afetando como uma freqüência os lobos frontal, temporal e parental. Caracterizam-se em sua maioria contrações em um membro do corpo. As convulsões parciais podem ser simples, não há alterações da consciência, complexas e um comprometimento da consciência ou secundariamente generalizadas. As convulsões generalizadas ou tonico-clonicas costumam se originar na formação reticular atingindo ambos os hemisférios cerebrais e havendo com freqüência perda da consciência caracterizando-se movimento de pernas e braços, movimento dos olhos e freqüentemente liberação dos esfíncter. (ALMEIDA e SABATIS, 2008).
Os distúrbios convulsivos são caracterizados por breves disfunções do sistema elétrico-encefálico resultantes de descarga neural cortical. Sua manifestação pode incluir alteração da consciência, movimentos involuntários, alterações de percepção, comportamento e postura. A convulsão é uma característica indispensável da epilepsia, contudo nem toda a convulsão é epiléptica. A epilepsia é um distúrbio convulsivo crônico, em que as convulsões são recorrentes e não provocadas.
As causas da convulsão as mais diversas, como tumores, infecções, neoplasias, traumatismo, hipóxia, toxinas exógenas e endógenas, distúrbios bioquímicos, hemorragias intracranianas, meningites, erros inatos de metabolismo, acidentes vasculares cerebrais, além da convulsão de origem idiopática.
Aproximadamente 80% das crises agudas em crianças cessam antes do atendimento hospitalar, não necessitando qualquer tratamento com anticonvulsivantes no serviço de emergências. (Casella,e Farhat).
As convulsões febris (segundo Wong e Whaley) são distúrbios transitórios de crianças que ocorrem em associação com uma febre. São um dos distúrbios neurológicos mais comuns da segunda infância, afetando cerca de 4% das crianças. A maioria das convulsões febris ocorre após 6 meses de idade e geralmente antes dos 3 anos, com maior freqüência em crianças com menos de 18 meses. São incomuns após 5 anos de idade.Os meninos são cercas de duas vezes mais afetados do que as meninas ,e há um aumento da suscetibilidade em famílias ;indicando uma possível predisposição genética. A maioria das convulsões febris é generalizada e dura menos de 5 minutos (Farwell e outros,1994). Cerca de 30 a 40% das crianças apresentarão uma recorrência.
Classificação da CF pode ser simples ou complicada (complexa, atípica) A crise simples caracteriza-se por convulsão generalizada, clônica ou tônico-clônica bilateral, breve com duração de 15 minutos, não há sinais neurológicos focais no período pós-ictal. Não requer hospitalização.(comp,2002)
A crise complicada é definida com convulsão parcial (complexa ou simples) com duração maior dos 15 minutos e recorrência em 24 horas com sinais neurológicos focais pós–ictais, como paralisia de Toldd. Está associada ao maior risco de desenvolver epilepsia tardia na infância ou adolescência. Outros estudos colocam o maior aumento da possibilidade de convulsões parciais complexas como possível seqüela de CF.(comp, 2002)
2.1. FISIOPATOLOGIA
As convulsões febris são distúrbios transitórios de crianças que ocorrem em associação com febre. É um dos distúrbios neurológicos
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