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Auditoria Enfermagem

Por:   •  8/4/2018  •  3.790 Palavras (16 Páginas)  •  235 Visualizações

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HIV NAS CRIANÇAS

HIV em crianças tem um efeito devastador assim como em qualquer classe de pacientes infectados por esse vírus, mas nas crianças é muito mais acelerada que nos adultos, devido a imaturidade imunológica. O período sem sintomas vai geralmente até aos 2 anos, mas alguns recém-nascidos começam logo a adoecer nas primeiras semanas de vida. A maior parte das crianças adquirem esse vírus de forma vertical ou seja, da mãe para o filho, que poderá ocorrer durante a gestação, via transplacentária, por ocasião do parto ou pela amamentação, por isso recomenda-se que mães infectadas não amamentem seus filhos ou doem leite. Algumas crianças ficam doentes nas primeiras semanas de vida. A maior parte começa a adoecer antes de atingir os dois anos de idade. Poucas crianças permanecem saudáveis durante vários anos. Nos países em vias de desenvolvimento, a maioria das crianças infectadas pelo HIV morre muito jovem, aos cinco anos de idade.

SINAIS E SINTOMAS

Estas manifestações clínicas são pouco especificas, e na maioria das vezes tem outras causas, sendo que grande parte das doenças apresentadas por crianças infectadas pelo HIV são também observadas em crianças saudáveis ou portadoras de outras condições clínicas. Os sinais e sintomas mais comuns são: infecções em vias aéreas superiores de repetição (otites, sinusites), linfadenomegalias generalizadas (vários gânglios volumosos), hepatomegalia (fígado volumoso), esplenomegalia (baço volumoso), hipertrofia de parótidas, atraso no desenvolvimento pondo-estatural, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, diarreia persistente ou recorrente, febre persistente ou recorrente, candidíase oral, infecções bacterianas graves de repetição (pneumonias, meningite, septicemia), herpes zoster, pneumonia por Pneumocystis jiroveci, tuberculose pulmonar, toxoplasmose e infecção pelo citomegalovírus.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico clínico do HIV nas crianças nascida de mãe soropositiva é difícil porque muitas vezes, os sinais não são específicos da infecção pelo HIV e coincidem com outras doenças comuns na infância. Para saber se a criança é soro positivo, é necessário que se faça exames laboratoriais. O diagnóstico laboratorial de infecção pelo HIV deve ser realizado através da quantificação do RNA viral (carga viral). Será considerada infectada a criança que apresentar resultado positivo em duas amostras testadas pelos seguintes métodos: cultivo de vírus; detecção de RNA ou DNA viral; e antigenemia p24 com acidificação. Esses testes deverão ser realizados após duas semanas de vida. A antigenemia p24 com acidificação somente poderá ser utilizada como critério de diagnóstico, quando associada a um dos demais métodos citados. Em crianças com idade ≥ 18 meses, o diagnóstico será confirmado por meio de 2 testes sorológicos de triagem com princípios metodológicos e/ou antígenos diferentes, e um teste confirmatório positivo. Lembrando que só depois dos 18 meses de vida da criança que se tem uma confirmação fidedigna do resultado dos exames, porque é nesse momento em que ocorre o desaparecimento dos anticorpos da mãe, sendo assim o exame pode dar positivo antes dos 18 meses porque o exame não detectou o próprio vírus, mas sim os anticorpos contra o HIV presentes no sangue.

INFECÇÃO SERÁ EXCLUÍDA QUANDO:

• Duas amostras negativas, por meio dos seguintes métodos: cultivo do vírus; e detecção de RNA ou DNA viral, entre 1 e 6 meses, sendo uma delas após o 4º mês de vida.

• Idade ≥ 6 meses = duas amostras negativas em testes de detecção para anticorpos anti- HIV, utilizando fluxograma do Ministério da Saúde, com intervalo de 1 mês.

• Idade ≥ 18meses = uma amostra negativa em testes de detecção para anticorpos anti- HIV, utilizando fluxograma do Ministério da Saúde.

CUIDADOS PARA EVITAR A TRANSMISSÃO

Para tentar impedir a transmissão do HIV da mãe para filho, os cuidados começam durante o período intrauterino, quando a gestante soropositiva deve seguir um esquema antirretroviral adequado para o seu caso. Após o parto, o recém-nascido receberá a quimioprofilaxia com zidovudina – com início, de preferência, entre as duas e oito primeiras horas de vida – até completar seis semanas. No caso da mãe não ter recebido acompanhamento especializado e tratamento antirretroviral durante a gestação, o início da zidovudina para o recém-nascido deve ser o mais precoce possível. De acordo com as Recomendações para Terapia Antirretrovirais em Crianças Infectadas pelo HIV publicado pelo Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde, em 2006, não há comprovação do benefício desta quimioprofilaxia, se iniciada após o bebê completar 48 horas de nascido. A indicação, nesse caso, fica a critério do médico. O atendimento das crianças nascidas de mães infectadas pelo HIV é realizado em unidades especializadas até, pelo menos, a definição de seu diagnóstico. O ideal seria que mesmo as crianças não infectadas fizessem visitas periódicas às unidades especializadas até o final da adolescência, em virtude de terem sido expostas não só ao HIV, mas, também, a drogas antirretrovirais. Essa preocupação reside no fato de não se conhecerem as possíveis repercussões da exposição a tais medicamentos a média e longo prazo. Infelizmente, esta não é a realidade das unidades de saúde do Brasil.

ATUAÇÕES DE ENFERMAGEM E TRATAMENTO

O enfermeiro trabalha no acompanhamento dessas crianças, e suas famílias juntamente com uma equipe multiciplinar, dando todo apoio e suporte necessário para que essas famílias e criança levem uma vida mais saudável possível. Cabe a equipe de enfermagem nas consultas certificar se a criança esta sendo imunizada, pois imunização com todas as vacinas é muito importante para as crianças com HIV, uma vez que estas são altamente vulneráveis a doenças infecciosas infantis. O enfermeiro deve orientar os pais sobre os cuidados preventivos que ele deve ter com essa criança, incluindo uma dieta nutritiva, imunização, boas condições de higiene e ambientes seguros são extremamente importantes para as crianças com o HIV. Devem aconselhar os pais a manterem se atentos a sintomas de doença, especialmente tosse, febre, respiração acelerada ou difícil, perda de apetite ou pouco peso, diarreia e vómitos e a procurarem tratamento para os mesmos o mais depressa possível. Mantenha a criança afastada de outras que

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