As Medidas Preventivas e Infecção Relacionada a Assistência à saúde
Por: Rodrigo.Claudino • 23/6/2018 • 7.299 Palavras (30 Páginas) • 509 Visualizações
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A epidemiologia é dividida em alguns estudos, podendo ser classificados como os estudos que desenvolvem a técnica da observação dos fatos e o experimentais, que desenvolvem análises quanto aos problemas encontrados. Sendo que os estudos observacionais como citado, são classificados como descritivos e analíticos. Os descritivos tem como finalidade realizar uma análise do surgimento da doença, destacando onde foi adquirida, qual o motivo e número de indivíduos infectados. Também investiga de acordo com algumas características, como sexo, idade, nível de escolaridade, faixa de renda e outras questões que estão diretamente ligadas ao surgimento de casos novos ou o predomínio de casos que predominam no organismo do indivíduo, conforme pode-se ser analisado na figura 1, onde está demonstrando, que ao passar os anos de vida, as pessoas deixam seu hábito de fumar e procuram meios de melhorar sua saúde, pois os impactos dessa atitude acabam desenvolvendo problemas secundário à saúde2.
[pic 1]Figura 1
Fonte: http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v12n4/v12n4a03.pdf (COSTA, BARRETO, 2016)
Já os estudos analíticos são relacionados a análise do surgimento da doenças e sua correlação com outra tipo de enfermidade ou meio que possui relação com a ausência de saúde. Este estudo é subdivido em analises de estado ecológico, seccional, caso de controle, e prospectivo, sendo que somente no estado ecológico o estudo é realizado por meio de análises de grupos e os outros demais são determinados de modo individual2.
As Infecções Relacionadas com a Assistência à Saúde (IRAS) têm como definição toda e qualquer infecção que acomete o indivíduo no momento em que o mesmo está recebendo um atendimento hospitalar, melhor dizendo, são aquelas infecções adquiridas durante a prestação dos cuidados de saúde, esse atendimento pode ser tanto terapêutico como diagnostico3.
Percebe-se que aqui no Brasil há uma precariedade na parte de sistematização dos dados hospitalares, mas estima-se que em média, 5 a 15% dos pacientes hospitalizados já tiveram alguma infecção relacionada à assistência à saúde. Quando falamos de pacientes admitidos em unidades de Terapia Intensiva esse número piora, pois gira em torno de 25 a 35% de infectados. Vale ressaltar que a morte por infecção hospitalar em geral já é a quarta causa de mortalidade no país3.
A alta repercussão da frequência dessas infecções é percebida principalmente com o aumento da morbidade e mortalidade hospitalar e com o prolongamento da internação, gerando um aumento nos custos assistenciais. Nota-se que o número de publicações em periódicos internacionais sobre a ocorrência de infecções relacionadas à assistência é grande e abordam diferentes vertentes, desde aspectos epidemiológicos a novas tecnologias para prevenção e controle4.
A epidemiologia relacionada a saúde teria que abordar primeiramente sua base existencial na saúde por meio da história natural e prevenção de doenças. Em seguida seria usado a epidemiologia descritiva, analítica e o método natural para prevenção de doenças. Pode-se observar que se o estudo da epidemiologia fosse mais usado no Brasil à coleta de dados hospitalares seria maior e por consequência a prevenção a doenças e o tratamento das mesmas teria um resultado muito mais benéfico4.
Esse investimento no campo da epidemiologia traria grandes retornos financeiros também, pois uma vez que já se tem dados hospitalares e iniciativas para prevenções e tratamento de certas doenças o paciente ficaria menos tempo dentro do hospital reduzindo o custo que ele traria4.
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Epidemiologia e Fatores de Risco
Entende-se que risco em epidemiologia é a probabilidade (chance) de casos desfavoráveis e indesejáveis a saúde, através dos coeficientes de incidência e prevalência. É aquilo que pode apresentar perigo ao indivíduo. Entretanto, embora pareça evidente, risco não significa certeza. Porque o fator de risco às vezes depende de cada individuo, o que pode apresentar risco para algum paciente, pode não apresentar para outros. Dizer que um paciente hipertenso sofrerá um derrame, não seria uma boa colocação, pois o mesmo poderia sofrer que quais quer outra doença, porém, em um grupo de pessoas, mais caso de derrame poderá acontecer naquele que tem hipertensão. O fator de risco de um problema à saúde são todas as peculiaridades e circunstâncias que acompanham o aumento de possíveis ocorrências do fato indesejado. Sabe-se que devido os maus hábitos da sociedade contemporânea, estão existindo várias doenças se desenvolvendo, a epidemiologia por sua vez tem se ampliado ou deslocado para a fase clinica da doença, para seus fatores de uso ou uma necessidade de haver intervenção na fase pré-clínica, no plano natural da doença, ou no fator determinante na epidemiologia social5.
Fatores de risco são, portanto, componentes que poe levar a doença ou contribuir para o risco de adoecimento em manutenção dos agravos de saúde. Podem, também, ser definidos, segundo Rouquayrol (1195) como: “atributos de um grupo da população que apresenta maior incidência de uma doença ou agravo à saúde em comparação com outros grupos que não o tenha ou com menor exposição a tais características”6.
Os fatores de risco diz-se seu efeito pode ser prevenido (obesidade, hipertensão arterial, uso autônomo de medicamentos, nas doenças coronárias, exposição ao cigarro e a poeira de minérios para câncer de pulmão e etc.) E marcadores de risco diz-se ser quando são atributos inevitáveis, fora da chance de controle (grupo étnico, sexo, hereditariedade, idade e etc.)5.
As origens relacionadas aos fatores de risco estão relacionadas aos tipos: Endógenos, que são aquelas do próprio organismo, dentro do conceitoo são aquelas: fatores genéticos e constitucionais (diabetes melitus tipo I, hemofilia). E aos exógenos sendo o contrário do endógeno, ele por sua vez ocorre fora do organismo, dentro do conceito de epidemiologia pode-se dizer que, por exemplo, a presença do mosquito aedes em determinadas região5.
Sobre fator de proteção “é o atributo de um grupo com menor incidência de um determinado distúrbio em relação a outros grupos nos quais existe a ausência ou baixa dosagem de tal fator” e grupo de risco é um grupo populacional exposto a um dado “Fator” ou identificado com um determinado “Marcador
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