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A IMPLEMENTAÇÃO DE TESTES DE DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARA MALÁRIA NA SUAZILÂNDIA.

Por:   •  23/6/2018  •  1.585 Palavras (7 Páginas)  •  379 Visualizações

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As autoras frisam que além desses investimentos sentiram a necessidade de melhorar a formação dos profissionais de saúde, para controlar qualidade de diagnóstico e se ter um tratamento adequado e o mais rápido possível e entre outras necessidades. Dessa forma foram treinados 441 profissionais de saúde do setor público e privado e os mesmo receberam treinamentos anualmente, isso por causa da rotatividade de pessoal da unidade de saúde.

A partir dessas estratégias e necessidades já observadas, Kunene decidiu que deveriam ser implementados o TDRs, pois para ele os serviços de microscopia não seriam suficientes para alcançar os objetivos em relação à malária, uma vez que esse exame nem sempre estava disponível e, além disso, demorava muito para obtenção dos resultados e em consequência não se teria um diagnostico rápido para um tratamento mais preciso para eliminar os casos de malária em Suazilândia.

Os testes de diagnóstico rápido de acordos com as diretrizes de eliminação da malária da OMS, foram implementados nas unidades de saúdes públicas e privados em toda a Suazilândia, os testes eram oferecidos gratuitamente principalmente quando a microscopia não estava disponível, ainda assim a microscopia continuou sendo o “padrão ouro” para o diagnóstico.

O artigo informa que os profissionais de saúde e o público em geral, receberam treinamentos, realizaram atividades de promoção de saúde destacando a importância dos TDRs e seu papel na melhoria dos cuidados aos pacientes.

É ainda relatado no artigo que além da implementação do TDRs, foi desenvolvido um programa de garantia da qualidade de diagnóstico para os testes de TDRs assim como o de microscopia. E que a Suazilândia foi o primeiro país na região que desenvolveu um programa abrangente de dois níveis – a nível nacional e na região de maior risco, pois o programa visava garantir qualidade na interpretação oportuna, precisa e correta dos resultados de diagnóstico construindo assim um nível de confiança do médico e paciente nos resultados.

As autoras relatam que foi criado um sistema de notificação imediata de doenças, com o objetivo de monitorar potenciais surtos de doenças e melhorar a troca de informações dentro do sistema de saúde. Esse sistema foi muito positivo tanto para a vigilância ativa quanto no fortalecimento da comunicação e confiança entre o público e os profissionais.

O artigo fala ainda sobre o gestor do PNCM, o Simon Kunene, relatam que seu foco objetivo enquanto líder era de equipar e orientar a equipe para alcançar o objetivo traçado e de ser o único país subsaariano a eliminar essa doença. Outro ponto importante a ser destacado é que Kunene valorizou a troca de ideias e experiências com outros países e que para ele compartilhar essas experiências e aprender com outros países, foi fundamental para o líder que se tornou.

É relatado que Kunene enfrentou ainda muitos desafios na implantação do TDRs, pois muitos países que assumiram a proposta de eliminar a malária passaram a se beneficiarem com os aumentos orçamentários. Kunene ficou com medo de que os países perdessem o foco em eliminar e malária, pois como consequência a malária voltaria mais forte do que antes, trazendo inúmeros prejuízos, foi ai que ele sugeriu que o PNCM, recebesse o apoio orçamentário futuro do governo e doadores e efetivamente coordenar a distribuição de recursos para trabalhar o mais eficazmente possível.

Foram muitos desafios que Kunene enfrentou, ainda assim foi possível que os casos de malária em Suazilândia tivessem diminuído.

O artigo mostra que em 2010 após a implementação dos TDRs, os dados do HMIS indicaram que o número de casos relatados de malária diminuiu 76% de 2009 a 2010 (de 6.247 para 1.512 casos). Entre fevereiro e junho de 2010, 148 casos confirmados por microscopia ou TDR foram relatados ao PNCM.

Kunene se preocupou devido a discrepância entre o numero de casos da malária relatados pelo HMIS e casos confirmados pelo PCNM.

As autoras descrevem que o PCNM lançou a linha direta de 977 para melhorar a comunicação de casos confirmados por TDR ou microscopia e para melhorar a gestão de casos, incentivando mais o uso de diagnóstico para a confirmação antes do tratamento.

O PCNM, além disso, realizou oficinas e treinamentos para tecnólogos de laboratório, microscopistas, médicos, enfermeiros, flebotomistas, e oficiais de vigilância contra malária durante todo o ano, seguindo um manual de treinamento bem estruturado e regularmente atualizado.

Foram realizadas visitas mensais com os profissionais de saúde para discutir pessoalmente sobre os desafios e preocupações. Tiveram preocupação também com os profissionais do setor privado quanto à indisponibilidade frequente dos mesmos para os treinamentos liderados pelo PNCM.

Foi destacado que a linha direta 977 possibilitou ao PNCM analisar os dados e compará-los mensalmente pelo HMIS para identificar as lacunas no diagnostico parasitológico e identificar as unidades de saúde para os treinamentos e individuais direcionados.

Com todo esse plano traçado e os desafios enfrentados foi possível a diminuição dos casos de malária, ainda assim Kunene enfatizou a necessidade de campanhas de promoção da saúde, para assim lembrar a importância de continuar a prevenção assim como também a busca do tratamento na unidade de saúde mais próxima.

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