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A Bioetica

Por:   •  7/4/2018  •  2.271 Palavras (10 Páginas)  •  414 Visualizações

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colaterais causados pelo medicamento, que a fazia corriqueiramente ir parar no hospital devido ao agravo desses efeitos; quando a paciente não estava respondendo ao medicamento de uma forma boa e esperada, e o seu problema de saúde já estava agravando a cada dia mais, a enfermeira chefe responsável, lhe perguntou: se em caso de uma parada cardíaca, você quer ser reanimada? A sua resposta foi não.

A enfermeira era a única que a tratava de uma forma que ninguém nunca a tratou, com atenção, ouvia suas histórias, em momentos de dor ela segurava a mão da paciente, a tratava de uma forma humana; em contrapartida, o médico Jason em detrimento da relação de aluno que já teve com a paciente criou uma certa barreira, que influenciou para um atendimento ainda mais defasado. Por fim, a paciente sofreu uma parada, porém o médico não respeitou a decisão que a paciente tinha tomado, de que não queria ser reanimada. Não ouve respeito da autonomia da paciente, ele estava interessado somente no corpo da paciente para obter as respostas que precisava sobre o novo quimioterápico, pois nenhuma oura paciente tinha ido tão longe com o tratamento como Vivian.

Podemos ver nesse exemplo do filme, os dois problemas enfatizados pelo tema em questão, a os princípios bioéticos envolvidos na relação profissional-cliente; e a respeito da humanização, citada anteriormente, onde a enfermeira era a única que realmente tinha um tratamento diferenciado pela paciente, escutava suas dores, conversava, essa conversa não precisa ser de horas, as vezes até cinco minutos, que você para e conversa com o paciente já faz uma grande diferença.

Em relação a humanização, tema que já vivencio, é de muita importância para que não nos tornemos profissionais alienados e aderidos somente as técnicas. Participo de dois projetos no HGVC, um é o plano de segurança do paciente onde o objetivo principal é disseminar a cultura de segurança para todos os profissionais do hospital através da implantação de diversos indicadores, como por exemplo: pulseira de segurança; aplicação da escala de Braden; dentre outras medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde; e o outro é o AMA (Agrupamento Multidisciplinar em acolhimento), onde são realizadas visitas aos leitos de pacientes mais graves em todos os setores do hospital, com exceção da emergência e do corredor. Essas visitas tem como objetivo a conversa, entre nós estudantes de enfermagem e também de psicologia com os acompanhantes e os pacientes (caso eles estejam em condição de conversar), a partir disso, dessas conversas podemos perceber a necessidade que estes tem, pois na sua grande maioria são de outras cidades e muitas vezes tem que largar seu único sustento/seu trabalho, para viver em função de cuidar do ente querido que está internado.

Os relatos desses acompanhantes e pacientes relacionados ao tratamento que recebem no hospital, retrata muito isso, a falta de conversa dos profissionais com eles, principalmente do atendimento médico e também dos profissionais de enfermagem; claro que existe exceções, mas a maioria dos profissionais tem uma dificuldade enorme em quebrar essa barreira, pois na sua maioria veem o paciente somente como um corpo que precisa ser tratado a enfermidade. Isso ocorre devido à sobrecarga do trabalho, que é enorme, e a barreira que é criado nos profissionais, pois eles não querem criar um vínculo com o paciente, nem com sua história, para evitar sofrimentos e angústias, pois se o profissional não sabe lidar com isso, se torna ainda mais difícil disseminar a cultura de humanização.

Com isso, em relação os princípios bioéticos, para que a relação entre profissional-paciente/cliente seja ideal e tranquila, é necessário que a conduta e ações dos profissionais se paute na observação e seguimento dos princípios éticos e bioéicos da autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Onde o profissional de enfermagem deve sempre observar a vontade do paciente em querer ou não o tratamento indicado; deve sempre utilizar seus conhecimentos para evitar provocar algum dano ao paciente, aumentando os benefícios e minimizando os riscos possíveis, buscando sempre o bem-estar respeitando a dignidade da pessoa humana, devendo recusar total e qualquer tipo de violência. Os princípios bioéicos tem como finalidade a busca pelo respeito ao próximo, e a dignidade humana, onde o profissional deve entender que o cliente/paciente deve ser tratado como um sujeito autônomo, não podendo exercer uma postura paternalista e autoritária do profissional para com a relação com o paciente/cliente.

O modelo ideal da relação profissional-paciente/cliente é a que estabelece uma preservação de autoridade do profissional para com o paciente, em detrimento das qualidades técnicas e do conhecimento, uma autoridade de íntima relação de confiança e de informações necessárias ao atendimento a ser prestado. É necessário para isto que o profissional de enfermagem lhe forneça alternativas do porquê daquele tipo de medidas terapêuticas ou clínicas adotadas, por exemplo. É importante estabelecer uma boa relação com o paciente/cliente pois faz com que se crie uma boa relação de confiança, pautadas no respeito mútuo.

Os princípios de autonomia, beneficência, não maleficência e justiça são os principais para o atendimento sem danos ao paciente; A autonomia é a capacidade do indivíduo em decidir o que ele quer fazer, ele julga o que é melhor à ele, para que isso aconteça é necessário que o profissional lhe ofereça subsídios para que o paciente ou sua família possa tomar essa decisão; somente em casos de pacientes/clientes que não estejam mentalmente capazes para tomar essa decisão que a família vai interferir, ou então quando o paciente é uma criança, que não tem capacidade de saber o que é melhor para sua saúde. O respeito a autonomia se dá pela capacidade do indivíduo decidir o que é melhor para sua vida, e isso deve ser respeitado pelos profissionais; somente em casos extremos pode ter interferências de ações judiciais.

O princípio de beneficência significa fazer o bem, ou seja, todo profissional da área da saúde tem a obrigação moral de agir para o benefício do paciente/cliente; onde o profissional deve usar de todo seu conhecimento e habilidades em detrimento da diminuição de riscos inerentes ao tratamento que o paciente será submetido, devendo saber de quais possíveis riscos a danos o paciente poderá sofrer, para que estes possam ser minimizados, buscando sempre a prevalência dos benefícios, maximizando-os. Cabe ressaltar aqui alguns exemplos citados em sala, quando se trata de crianças ou pessoas que não podem responder por si, devido sua capacidade de tomada de decisões estar comprometida, e o indivíduo não

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