BIOÉTICA

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indicações e normas já elaboradas. Podemos dizer que a tarefa dos comitês de ética é servir de instância de diálogo. Um diálogo útil surge quando a cultura é levada em conta.

4. Quais são os 4 princípios fundamentais da bioética? Explique cada um deles.

Os princípios fundamentais da bioética são: A autonomia: é provada nas opções escolhidas, por isso, a potencialidade de tê-la, embora importante, é limitada em inúmeros casos. Normalmente, o que se julga ao considerar autonomia é o grau de intencionalidade dos atos, a compreensão que o agente tem deles e a ausência de coerções ou limitações. O valor das pessoas é incondicional, o que obriga a considerá-las fins, não meios, com a liberdade de viver e a de decidir livres de interferências.

A não-maleficência: não causar danos intencionais. Alguns autores consideram esse o mais básico e fundamental princípio da bioética. O evitar causar dano ou mal só adquire consistência diante de casos concretos, nos quais devem explicitar as regras práticas que corporificam o princípio de não-maleficência.

A beneficência: impõe a obrigação moral de agir em benefício dos outros. Porém, deve-se distinguir entre uma beneficência específica, dirigida a grupos específicos, de uma beneficência geral, que teoricamente abarcaria todos os seres humanos e o mundo animado em geral. Observa-se, em todo caso, que uma tese normativa sobre a obrigação da beneficência não deve ser entendida prejulgando a natureza humana como inclinada ao “bem”.

A justiça: uma reflexão ligada à justiça é a da equidade, ou seja, os iguais tratados de forma igual e os desiguais de modo desigual. Dizemos que um acordo é justo quando é equitativo e merecido. Outras formas de justiça, como a penal, voltada para o castigo de faltas graves, não são tão relevantes para o campo bioético. O princípio da justiça, em sua concreção bioética, é de transcendência singular para o contingente ibero-americano.

5. Na atualidade, quais são as áreas de trabalho da bioética. Exponha as questões gerais levantadas nessas áreas de atuação da bioética.

As disciplinas biomédicas evoluem para uma imbricação maior com as humanidades e as ciências psicológicas e sociais. Algo disso se infiltra na formação avançada nas ciências e profissões; precisamente, a aparição do discurso bioético causou um reordenamento de conhecimentos tradicionais em novas sínteses. Estas se caracterizam pelos dilemas humanos, não em rígidas fronteiras de especialidades. São problemas humanos, provavelmente eternos, que adquirem uma nova face em virtude do progresso.