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Relatório de Parasitologia .

Por:   •  25/11/2018  •  1.766 Palavras (8 Páginas)  •  323 Visualizações

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longo do ciclo de vida este parasita adquire duas formas morfologicamente distintas, o quisto (forma infectante, no ambiente) e o trofozoíto (no intestino do hospedeiro). O quisto apresenta uma forma elíptica ou oval. Este encontra-se protegido por uma parede espessa e rígida, possuindo ainda mais duas membranas internas. No seu interior existem corpos medianos, o seu estado de maturidade pode ter dois núcleos (imaturo) ou quatro núcleos (maturo), sendo uma célula tetraploide (SERRANO, 2011).

A forma vegetativa, o trofozoíto, é piriforme, com simetria bilateral.Os quatro pares de flagelos (anterior, caudal, posterior e ventral) emergem dos corpos basais, que estão localizados perto do núcleo. A sua função está relacionada com a

mobilidade do trofozoíto, mas também pode impedir que os trofozoítos sejam arrastados pelos movimentos peristálticos intestinais (SERRANO, 2011).

Um importante constituinte do citoesqueleto é o disco ventral, sendo este considerado uma estrutura exclusiva do gênero Giardia, ocupando a superfície ventral anterior. É indispensável para a sobrevivência do parasita, pelo fato de ser a única estrutura que permite a sua aderência ao intestino do hospedeiro (SERRANO, 2011)

Figura 2 - Ilustração do trofozoíto de Giardia lamblia (Adaptacão de Faubert, 2000).

Fonte: Clin. Microbiol. Rev. vol. 13, 2000.

6.3 Trypanossoma cruzi – Tripomastigota, amastigota, epimastigota

Em seu ciclo, o Trypanossoma cruzi apresenta três formas evolutivas, as quais são identificadas morfologicamente pela posição do cinetoplasto (organela com estrutura mitocondrial que contem parte do DNA do protozoário) com relação ao núcleo da célula e à emergência do flagelo (BRENER,1997).

No tripomastigota (estágio infectante do parasito) o cinetoplasto situa-se na parte posterior do flagelado, em posição terminal ou subterminal, e o flagelo emerge da chamada bolsa flagelar, de localização próxima ao cinetoplasto e percorre toda extensão lateral do protozoário (BRENER,1997).

Figura 3 - Tripomastigota

1)cinetoplasto 2) membrana ondulante 3) flagelo N: núcleo

Fonte: CASTRO, Afonso. Doença de chagas ou tripanossomíase, 2016.

Nos epimastigotas (formas de multiplicação do parasita no vetor ou em cultura) o cinetoplasto e a bolsa flagelar estão em posição próximas ao núcleo (BRENER,1997).

Figura 4 - Epimastigotas

1)cinetoplasto 2) membrana ondulante 3) flagelo N: núcleo

Fonte: CASTRO, Afonso. Doença de chagas ou tripanossomíase, 2016.

Por fim, os amastigotas (estágios evolutivos que se multiplicam dentro das células hospedeiras) são organismos arredondados que apresentam flagelos discretos, não exteriorizados, um núcleo maior que os outros estágios e com cinetoplasto próximo (BRENER,1997).

Figura 5 - Amastigotas

1)cinetoplasto 2) flagelo não exteriorizado N: núcleo grande

Fonte: CASTRO, Afonso. Doença de chagas ou tripanossomíase, 2016

6.4 Plasmodium spp – Forma trofozoíta e esquizonte

Inicialmente, no ciclo sanguíneo, o parasito sofre uma série de transformações morfológicas – sem divisão celular – até chegar a fase de esquizonte (multinucleada), quando se divide e origina novos merozoítos que serão lançados na corrente sanguínea, após a ruptura do eritrócito. Cada merozoíto, liberado na fase anterior, infecta uma hemácia. No interior da hemácia o merozoíto e evolui para trofozoíto. Assim, no microscópico pode-se observar variada morfologia do parasito: trofozoítos jovens (anéis) e trofozoítos maduros (SECRETARIA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE, 2005).

Figura 6 - Forma trofozoíta

Fonte: FPS Livro aberto, 2010.

Figura 7 - formas esquizontes

Fonte: Monografria “Paludismo, enfermedad del terceiro mundo”

6.5 Toxoplasma gondii - brazidoítos e cistos teciduais

Na forma de cistos há multiplicação lenta do parasita, o tamanho do cisto é variável, podem apresentar forma alongada ou arredondada, mas geralmente cisto antigo contém mais bradizoítas e são maiores (DUBEY; BEATTIE, 1988)

Figura 8 - Anatomia dos cistos teciduais

Não esporulado (imaturo) B) Esporulado (maduro) 1) Esporozoíto 2) Esporocisto

Fonte: Microbiol. Mol. Biol. Rev. vol. 64,2000.

Os bradizoítos são alongados, encurvados em arco crescente com uma extremidade mais atenuada que a outra. Apresentam roptrias, organelas secretoras especializadas em liberar enzimas que permitem o processo de penetração do protozoário nas células do hospedeiro (DUBEY; BEATTIE, 1988).

Figura 9 - Bradizoíto do Toxoplasma gondii

Rhoptries: roptrias / Nucleus: núcleo

Fonte: Microbiol. Mol. Biol. Rev. vol. 64,2000.

6.6 Leishmania braziliensis – promastigota, amastigota

A forma promastigota é extracelular e flagelada. Essas formas são alongadas (fusiforme), com flagelo livre emergindo da porção anterior do parasito. O flagelo origina-se a partir do cinetoplasto, região especializada da única mitocôndria encontrada nesses parasitos. O cinetoplasto contém grande quantidade de DNA extra nuclear. O núcleo é arredondado ou oval, situado na região mediana ou ligeiramente na porção anterior do corpo. O cinetoplasto, em forma de bastão, localiza-se na porção mediana, entre a extremidade anterior e o núcleo. O flagelo apresenta sempre medidas iguais ou superiores ao maior diâmetro do corpo (NEVES, 2003).

As formas amastigotas são ovaladas. A membrana apresenta uma invaginação na região anterior do corpo, formando a bolsa flagelar, onde se localiza o flagelo. O núcleo, grande e arredondado, ocupa cerca de um terço do corpo do parasito e o cinetoplasto, em

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