DISTRIBUIÇÃO DOS ORGANISMOS NA BIOSFERA
Por: Lidieisa • 15/5/2018 • 8.006 Palavras (33 Páginas) • 359 Visualizações
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2. Epinociclo
Corresponde a cerca de 28% da área do globo terrestre, o epinociclo (conjunto de ecossistema terrestre) possui grande diversidade de espécies. A grande variação climática e o número de barreiras geográficas favorecem a especiação e, em consequência, a grande diversidade de espécie. A biosfera pode ser dividida em biomas, grandes comunidades adaptadas a condições ecológicas específicas e caracterizadas, principalmente, pelo tipo de vegetação dominante. A latitude influencia o clima: dos polos ao equador, ou seja, das regiões mais frias para as mais quentes, encontramos biomas diferentes, com fauna e flora adaptadas às condições climáticas de cada região. O maior número de espécies é encontrado nas regiões tropicais e diminui gradativamente em direção às regiões temperadas e aos polos. Os tipos de plantas e animais característicos de cada bioma são influenciados pelo tipo de solo e por fatores climáticos, principalmente a pluviosidade (quantidade de chuva) e a temperatura média anual. Os principais biomas terrestres são a tundra, a taiga, as florestas temperadas, as florestas tropicais, os campos e os desertos.
Tundra – Região ao redor do polo norte, que permanece gelada a maior parte do tempo. Durante o verão derrete e surge uma vegetação rasteira (musgos, liquens, capim). Entre os animais, há insetos, pássaros, caribus, lemingues, lebre ártica, raposa polar e lobo ártico.
Taiga – Também chamada de floresta de coníferas, localiza-se ao sul da tundra, em áreas do Canadá, da Sibéria e dos Estados Unidos. Por estar mais perto do equador, recebe maior quantidade de energia solar que a tundra. Há gimnospermas, como o pinheiro e o cedro, e, entre os animais, insetos, aves, lebres, alces, renas, linces, lobos e ursos-pardos.
Floresta temperada - Localizam-se nas regiões de clima temperado, com as quatro estações do ano bem definidas, como algumas áreas dos Estados Unidos, da Europa, da Ásia e da América do Sul. A maioria das florestas temperadas caracteriza-se pela perda das folhas das árvores no fim do outono, o que reduz a perda de água no inverno. As folhas voltam a crescer na primavera. Por isso essas florestas são chamadas de decíduas ou caducifólias (decidus ou caducus = que cai). Entre as árvores dominantes, estão o carvalho, o bordo, a nogueira e a faia. Há também musgos, samambaias e arbustos. Existem vários invertebrados, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, como esquilos, ratos silvestres, marmotas, veados, ursos, gambás, pumas, lobos, linces, gatos selvagens e raposas.
Florestas tropicais – Localizam-se na América Central, no note da América do Sul, nas partes leste e oeste da África central, no sul da Ásia, nas ilhas do Pacífico e no noroeste da Austrália. Nessas regiões, o clima é quente e úmido, com temperatura constante (com média de 27 °C) e chuvas frequentes e abundantes. Ocupando apenas 7% da superfície do planeta, as florestas tropicais contêm mais espécies de plantas e animais que todos os outros biomas juntos. Por causa da umidade, vivem nessas florestas grande número de invertebrados que em outras regiões sobrevivem apenas na água. A maior exuberância do estrato arbóreo explica a quantidade de animais capazes de subir em árvores ou de voar em busca de frutos, sementes ou folhas. Por isso há grandes variedades de macacos, pássaros, lagartos, preguiças, cobras e, principalmente, insetos. O solo de muitas florestas tropicais é formado por uma massa de areias e argila, pobre em nutrientes minerais. Sobre ele há apenas uma fina camada de húmus, originado pela decomposição de restos de plantas e animais. Com isso, a decomposição da matéria orgânica e a reciclagem são também muito rápidas e formam-se os nutrientes minerais, imediatamente absorvidos pelas plantas. A floresta tropical se alimenta delas mesma, isto é, de suas partes mortais.
Campos – Localizam-se em regiões tropicais e temperadas que recebem uma quantidade de chuvas intermediária entre o deserto e a floresta. Isso dificulta o desenvolvimento de árvores de grande porte e facilita o surgimento de plantas pequenas, como as gramíneas. Nos campos das regiões tropicais – como a savana, na África e na Austrália, e o cerrado, na região Centro-Oeste brasileiro -, além das gramíneas, há arbustos e árvores esparsas. Nos campos das regiões temperadas surgem vastas extensões de capim, que recebem diferentes nomes: estepas, na Ásia e Europa; pradarias, na América do Norte; pampas, no sul da América do Sul. A vegetação rasteira permite a sobrevivência de muitos animais herbívoros e, consequentemente, dos carnívoros que deles se alimentam, o que pode ser visto nas savanas da África, onde há antílopes, girafas, zebras, gnus, rinocerontes, leões, guepardos, chacais e hienas, entre outros animais.
Desertos – Em geral, estão situados em torno de 30° ao norte e ao sul do equador, onde o ar que chega à superfície terrestre é muito seco, em regiões da África (o deserto do Saara é o maior do mundo), da Ásia, dos Estados Unidos, do México e da Austrália. As chuvas são raras, o clima é seco e o solo é árido. Na maioria das vezes, o dia é muito quente, com temperatura acima de 40 °C, que pode chegar a 54 °C. A noite é muito fria, pois, por causa da falta de vapor de água, o calor escapa rapidamente do solo.
Como há pouca água, a vegetação é pobre e esparsa. As poucas plantas que existem estão adaptadas ao clima seco (plantas xerófilas). A fauna também é pobre. Além de roedores (como rato-canguru), há répteis (lagartos e cobras), insetos (besouros, grilos), aracnídeos (escorpiões) e aves (corujas), entre outros animais.
3. Biomas brasileiros
Com 8,5 milhões de quilômetro quadrado de território e grande variedade de clima, temperatura, solo e umidade, o Brasil abriga extraordinária diversidade de ecossistemas e de espécies animais e vegetais.
Floresta Amazônica – Essa floresta cobre a maior parte da região ao norte da América do Sul e é a maior floresta tropical pluvial do mundo, com clima quente e bastante úmido e chuvas abundantes. As matas de terra firme localizam-se em regiões mais altas, onde não ocorrem inundações. As matas de igapó situam-se em terrenos baixos, próximo a rios, e, por isso, permanecem quase sempre inundadas. As matas de várzea são apenas temporariamente inundadas. Há árvores altas, como cedro, virola, buriti, açaí, bacuri, cumaru, jatobá, seringueira e castanheira do Pará, além de trepadeiras, como o guaraná, e grande número de epífitas. Na superfície das áreas tomadas pelas águas encontra-se a vitória-régia, vegetal com folhas
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