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A ESCASSEZ DA ÁGUA DOCE E O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

Por:   •  23/4/2018  •  7.071 Palavras (29 Páginas)  •  399 Visualizações

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Esse período que agora parece uma espécie de época áurea na história dos surdos testemunhou a rápida criação de escolas para surdos, de um modo geral dirigidos por professores surdos, em todo o mundo civilizado, a saída dos surdos da negligência e da obscuridade, sua emancipação e cidadania, a rápida conquista de posições de eminência e responsabilidade – escritores surdos, engenheiros surdos, filósofos surdos, intelectuais surdos, antes inconcebíveis, tornaram-se subitamente possíveis (SACKS, 1989, p. 37).

Assim apesar de grandes dificuldades e sofrimentos podemos observar que desde o começo a história do surdo vem marchando em direção de uma inclusão aceitável na sociedade para as pessoas com deficiência auditiva terem uma vida melhor com respeito e o fundamental, igualdade, tanto no trabalho, escola, ou diversos ambientes de vivência. Que o próprio exista e aja de forma independente construído sua existência e planejando o seu futuro.

Entre a Antiguidade e Idade Média, os surdos eram considerados incapazes, e os que já nasciam sem audição, seres defeituosos ou sem capacidade de aprendizagem, sendo automaticamente excluídos da sociedade.

Aristóteles afirmava que o pensamento desenvolvia-se somente através da linguagem pela fala; “surdo não pensa, não pode ser considerado humano”. (GOLDFELD, 1997, p.24).

No período humano renascentista, onde o ser humano era visto como o centro do universo, os surdos ganham preocupação através de médicos e religiosos, onde perceberam que os mesmos podiam falar, e aos poucos a ler e escrever, contradizendo as afirmações de Aristóteles.

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Começa então, um processo de inclusão do surdo na sociedade. Na década de 90 surge a Declaração de Salamanca onde se pode encontrar a seguinte afirmação: “o surdo deve ser inserido de fato, para que possa ter sua cidadania respeitada” (SALAMANCA. 1990, p.2).

Para que essa inserção seja feita de maneira plausível, a comunicação entre os deficientes auditivos começa a tomar proporção, que no decorrer dos tempos surgem diversas práticas, como o oralismo, que perdurou por 100 anos, onde era enfatizada a leitura labial, treinamento da fala, entre outros métodos.

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Para eficácia da comunicação e expressão do surdo, no Brasil, a língua de sinais foi reconhecida e oficializada por meio da Lei 10.436 de 24 de abril de 2002, entendida como Libras – Língua Brasileira de Sinais.

A fim de melhorar a inclusão do surdo para tira-lo da segregação, vem a educação inclusiva, onde a proposta é frequentar as mesmas escolas que alunos sem quaisquer deficiência, para prepará-los não somente à comunicação, mas para inseri-los na sociedade como seres igualmente sociais.

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A Declaração de SALAMANCA ressalta que:

As escolas regulares com orientação para a educação inclusiva são o meio mais eficaz no combate às atitudes discriminatórias, propiciando condições para o desenvolvimento de comunidades integradas base da construção da sociedade inclusiva e obtenção de uma real educação para todos. (SALAMANCA, 1994, pg. 9)

Porém o processo não é tão simples, tampouco concretizado ainda, segundo MAZZOTA:

Com relação ao professor de educação especial, deve ser formado mediante um preparo básico de professor primário, complementado por uma especialização a nível de segundo grau para uma das áreas específicas da educação especial, deve também ser habilitado em curso superior de pedagogia ou especializado através de cursos de pós-graduação. (MAZZOTA, 1993, p.2).

E caso o professor não atender a esses pré-requisitos, a escola então terá que disponibilizar ao aluno um tradutor/intérprete de libras. Conforme Artigo da LBD (Nova Lei das Diretrizes e Bases da Educação Brasileira), nº 9394/96, artigo 58º que “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.” Dando direito ao aluno a todo suporte necessário para seu aprendizado. Porém, a realidade não condiz aos fatos. Infelizmente a rede de ensino ainda está defasada para atender os surdos em suas dependências.

Contudo, o papel da família em ajudar na inserção e na educação do deficiente auditivo é primordial, pois ela é que tem o contato dia a dia podendo discernir as necessidades, dificuldades e avanços do paciente/aluno surdo. O “ponta pé” inicial para quaisquer questões ligadas ao crescimento e inserção do surdo depende muito da pró-atividade e comprometimento da família.

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- INCLUSÃO SOCIAL NO MERCADO DE TRABALHO

A inclusão social do deficiente auditivo é tratada na maioria das bibliografias consultadas, juntamente com as demais deficiências, como física e visual.

Segundo o Relatório Mundial Sobre a Deficiência, todas as deficiências estão agregadas à inclusão social no assunto mercado de trabalho. Pois no mundo todos os portadores de deficiência trabalham em diversos tipos de atividades e são muitas vezes até empresários e autônomos. E se inclusos em ambiente correto, eles podem garantir produtividade.

[...] Quase todos os trabalhos podem ser realizados por alguém com deficiência, e no ambiente certo, a maioria das pessoas com deficiência pode ser produtiva. (RMSD, 2012, p. 243)

Em muitos países as leis protegem os deficientes contra a discriminação no mercado de trabalho, com a intenção de melhorar a economia e os benefícios sociais e também de aumentar as oportunidades de inclusão profissional para os portadores de deficiência. Oferecem ainda serviços de reabilitação e emprego, de forma a capacitar e desenvolver estas pessoas para que possam competir de forma justa no mercado.

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