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Tratado de Não Proliferação Nuclear

Por:   •  4/5/2018  •  3.200 Palavras (13 Páginas)  •  363 Visualizações

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Considerando que o TNP, há muito que percorrer para extinguir as armas nucleares do mundo, ele tem ampla participação na configuração do sistema internacional, permitindo analises em diversos conceitos.

Analisando com bases nos conceitos liberal, a ideia do TNP é considerada extremamente ideal para se obter a paz e regular as ações entre os Estados, caso objetivo do desarmamento e da não proliferação fosse totalmente alcançado, uma vez que, as cooperações não estaria condiciona ao temor bélico de possíveis inimigos, mas sim ao interesse mútuo.

Porém, o TNP é falho e desigual, cabendo observar numa ótica realista. As grandes potencias tem maiores vantagens para manutenção de seu poder frente aos Estados periféricos, essa realidade traz a violação de seguimentos ordenados pelo TNP, podendo ser justificado pelo dilema de segurança, onde um estado pode vim a se sentir ameaçado pelo vizinho, que detém ogivas nucleares, e se arma também com receio de ser atacado a qualquer momento.

Dessa forma, pode-se considerar a necessidade de reformular o TNP, as lacunas existentes nesse tratado vêm abalando fortemente a segurança internacional, visto que as desvantagens levam a saída de Estados do tratado e ao desrespeito das sanções defendidas nele, gerando um ambiente internacional de ampla desconfiança e instabilidade.

Equilíbrio de Poder e o Dilema de Segurança

A ausência de um poder central no sistema internacional dificulta e impossibilita o TNP de ser cumprido como o tratado deveria, tratando-se de uma agenda relevante para segurança internacional, onde o poder é distribuído por vários Estados e conflitos anteriores entre Estados influenciam no equilíbrio de poder, caso um Estado de conflito fronteiriço, por exemplo, se arme mais que o outro, o Estado menos armado é pressionado a se armar mais, entrando em um dilema de segurança.

O TNP tem confiado na racionalidade dos Estados para manter a balança e não alterar o equilíbrio, quando algum Estado não cumpre e busca ser uma potência, cria se então uma aliança com o objetivo de interromper, utilizando essa ferramenta de contenção em um sistema anárquico. As dinâmicas no sistema internacional devido a esta agenda representam ameaças e insegurança, principalmente para seus vizinhos, o TNP não solucionou o problema, mas gerou um congelamento de poder pelos detentores das armas, onde continuam a investir no desenvolvimento e se mantêm em uma corrida armamentista, com um mundo ameaçado, com essa ineficácia os países não nucleares não têm benefícios em se manter no tratado e por que esses Estados não deveriam desfazer esse acordo.

Variados são os motivos para o desequilíbrio de poder relacionado a essa competição ou investimento nuclear, ideologias e religiões causam temor devido às finalidades não claras e como usaria tais armas, essas ideologias de supremacia religiosa vêm gerando novos atores que buscam poder.

Estados Unidos

Essas potências continuam a se desenvolver e mesmo que abandonarem todo arsenal e precisarem novamente podem construir uma bomba rapidamente, essa capacidade americana está relacionada a outras necessidades das políticas de demais Estados e aproveita a justificativa para não se desarmar, quando a segurança de outros Estados depende dele, esse efeito guarda-chuva, onde cobrem outros Estados de possíveis ameaças, aproveitando desse benefício para aprimorar a bomba nuclear.

Coreia do Norte

O programa nuclear norte-coreano originou-se da Guerra das Correias, o fim dessa guerra não proporcionou uma condição amistosa entre as correias. A Coreia do Sul mantinha aliança com os EUA e manifestaram-se positivamente sobre o uso de armas nuclear contra a Coreia do Norte, no período da Guerra Fria. Essa ameaça intensificou a produção de armamentos nuclear norte-coreano, que ainda recebeu apoio da China e União Soviético.

O programa nuclear norte-coreano era visto como uma forma de mostra seu potencial bélico frente ao dos EUA e aliados, além de deixa-lo como uma grande fonte de ameaça, no entanto, a Coreia do Norte aderiu o Tratado de Não Proliferação, propondo ao cenário internacional uma amenização de possíveis hostilidades e maiores negociações.

Em 2002, George W. Bush tomou posse a presidência dos EUA, apontando a Coreia do Norte por planeja esquemas nucleares ilegais e classificou o país na lista do “eixo do mal”, essa posição levou a saída norte-coreana do TNP. Sendo assim, a Coreia do Norte retoma fortemente suas atividades nucleares quebrando protocolos definidos pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, trazendo a perda de credibilidade entre seus parceiros internacional como China e Rússia.

Existia diversas especulações sobre a existência de ogivas nuclear no território norte-coreano, uma vez que o país nunca tinha posto à prova seu arsenal nuclear. Foi quando em 2006, a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, esse teste além de confirmar a posse de armas nucleares o ambiente internacional ficou extremamente tenso, levando uma enorme desconfiança sobre ações norte-coreana. Desde de então seus principais inimigos (Coreia do Sul e EUA) haviam motivos para intensificar seus arsenais nucleares. Em 2009, o segundo teste nuclear é realizado sendo fortemente condenado pelo Conselho de Segurança. A Coreia do Norte segue sem negociações para frear seu programa nuclear, e ainda é visto como inimigo pelas potências mundiais.

Considerando toda essa trajetória do programa nuclear norte-coreano, compreende-se que a Coreia do Norte desde do início vem mostrando ao mundo sua capacidade de desenvolvimento. Em suma, a Coreia do Norte utiliza o programa nuclear para se beneficiar e/ou se proteger, um diagnóstico concreto se torna mais complicado por se tratar de país extremamente fechado e não se saber de fato quais são suas reais intenções, mas, cabe analise dedutiva tanto na ótica liberal como na realista.

No ponto de vista liberal e possível dizer que a Coreia do Norte tem grandes interesses em cooperar com as potências mundiais, observa-se esse intuito, nas diversas tentativa de acordos que ocorreu durante todo esse processo, no entanto o não cumprimento da parte negociante fere sistema vigente naquele país, o socialismo, levando governo norte-coreano a romper as negociações. Na ótica realista, a Coreia do Norte busca o destaque internacional utilizando seu poder bélico, onde os Estados tenderiam negociar com o país norte-coreano temendo fortes ataques em caso de desentendimentos, ou seja, os Estados se

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