RESUMO CRÍTICO: Realismo

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A política internacional tem que ser guiada por leis objetivas, pois os Estados são racionais e agem em busca de poder para garantir sua sobrevivência. O autor coloca isso, visto que para ele o poder abrange todos os relacionamentos sociais por causa da natureza egoísta do homem. Sendo assim, Morgenthau constata que uma boa política externa é uma política racional, porque o governante tem que agir segundo a sua realidade devido à anarquia do sistema internacional, ocasionando sempre a disputa pelo poder por não haver uma autoridade superior e principalmente pela natureza egoísta do homem.

Os Estados não devem agir por meio da ética e sim por meio da prudência, sendo assim os princípios morais devem ser subordinados aos interesses da política tanto nacional quanto internacional. O governante tem que agir através da prudência, uma vez que ele necessita calcular as consequências da decisão política para que não haja tantos prejuízos ao seu Estado, como conflitos e guerras. Dessa forma, o chefe de Estado tem sempre que agir em prol de uma boa política externa para que assim seu Estado consiga mais poder.

Depois de toda análise da conjuntura da política internacional o autor deixa claro no livro que o Estado tem sempre que agir da melhor forma por meio da política para ele atingir o poder, visto que Morgenthau constata que ao longo de toda história do sistema internacional existiram guerras por causa da natureza egoísta do homem, fazendo assim com que o Estado sempre tenha que buscar a sua sobrevivência.

Hans Morgenthau ao longo de sua obra conseguiu embasar suas ideias sobre a política externa do sistema internacional, visto que apresentou seus através de fatos históricos de diferentes épocas. Sendo assim, Morgenthau comprova que a política internacional é sempre baseada pela busca do poder, pois ele sustenta por meio de seus argumentos que o indivíduo é egoísta.

Apesar dos autores apresentarem a teoria realista de formas diferentes no fim ambos convergem para os mesmos conceitos. Edward Carr por um lado traz uma análise mais histórica, dando exemplos de autores, com Marx e Hegel e entre tantos outros. Já Hans Morgenthau traz uma análise mais teórica, trazendo perspectivas mais empíricas e pragmáticas. Deste modo, tanto Carr quanto Morgenthau trazem os conceitos de que o Estado é guiado pelo interesse nacional e sempre em busca de poder, que o sistema é anárquico, que a natureza humana é egoísta, uma análise objetiva e positivista, ou seja, independe de como os autores abordaram seus textos eles conseguiram comprovar que a teoria realista apresenta uma base teórica convergente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARR, Edward Hallet. Vinte anos de Crise: 1919-1939. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

MORGENTHAU, Hans Joachim. Políticas entre as nações. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2003.

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