Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

O DIALOGO BILATERAL ENTRE BRASIL E CHINA NOS ANOS 1990 DIPLOMACIA, COOPERAÇÃO E AVANÇOS

Por:   •  23/5/2018  •  5.240 Palavras (21 Páginas)  •  410 Visualizações

Página 1 de 21

...

o primeiro dialogo diplomático entre ambas

às nações, partindo este da necessidade brasileira de se buscar colonos Chineses para trabalhar

nas lavouras do Brasil, diálogo este que foi infrutífero pelo motivo que o governo Chinês não

via com bons olhos a questão de imigração para o Brasil, dado a ideia de trabalho escravo no

país. Anos mais tarde, em 1974 iniciam-se relações diplomáticas entre os países, firmada na

cooperação mutua e na concepção do entendimento em comum, atitude essa que foi tomada

devido à pressão do empresariado brasileiro em busca de novos mercados para investimento e

a abertura do país para o recebimento de capital externo. É possível ver como a parceria entre

as duas potências do Terceiro-mundo modificou a balança internacional, ao dar maior

credibilidade e visão não apenas para ambos países, mas também para todos os que se

enquadravam nessa denominação da Teoria dos mundos e incrementou as posições

econômicas, políticas e estratégicas de ambos perante os países desenvolvidos, colocando-os

frente a frente com estes no cenário internacional, e fez com que eles trabalhassem para

fortalecer essa relação, fazendo com que as duas nações pensem igualmente em um futuro de

trabalhos e diálogos comum.

5

A APROXIMAÇÃO ENTRE BRASIL E CHINA

Este capítulo discorrerá sobre como se deu a relação de aproximação entre Brasil e

China, que se intensificou e fortaleceu com o passar dos anos devido às parcerias econômicas

e cooperação em comércio e serviços, investimentos do capital privado de ambos os povos,

avanço e trabalho bilateral nas áreas da tecnologia, engenharia, medicina, educação entre

outras e o diálogo diplomático entre as nações.

É possível dizer que esta aproximação entre ambos os países se iniciou ainda no tempo

colonial quando Portugal tratou de colonizar Macau e transformou a pequena ilha ao sul da

China em um posto avançado para as suas rotas comerciais que partiam rumo ao oriente

levando às especiarias e gêneros do Brasil.

Nos últimos anos do século XX e início do século XXI vimos uma maior aproximação

entre os países asiáticos e o Brasil, e isso atraiu o interesse de pesquisadores, políticos e

conglomerados empresariais brasileiros pelos temas asiáticos e do mesmo modo aconteceu em

reverso dado que a sociedade, economia e política brasileira atraiu o interesse oriental.

De acordo com BECCARD (2008)

O aumento do interesse dos pesquisadores brasileiros pelos temas asiáticos

aconteceu de forma paralela ao crescimento espetacular da economia dos

países da Ásia-Pacífico nas décadas de 1970 e 1980 e do interesse recíproco

em expandir o intercâmbio comercial entre o Brasil e os países asiáticos

Segundo OLIVEIRA (1996), citado por BECCARD (2008) após o declínio da União

Soviética e o total esgotamento da II Revolução Industrial, inicia-se a formação de uma nova

estrutura de poder mundial, reconhecida pelo aumento da liberdade, onde até mesmo estados

médios e pequenos tem uma oportunidade maior de participação no cenário mundial, e no

continente asiático essa mudança pode ser notada com a ascensão chinesa como força ativa,

buscando o seu espaço. Por outro lado, na América do Sul, sempre esteve visível a figura do

Brasil como precursor da evolução social e econômica assim também da sua força como

potência regional por ser este estado controlador de uma grande parte do território sulamericano.

6

Entretanto, para pesquisadores como os chineses ZHENXI (1997) ou GUANGKAI

(2001), existe o consenso de que após a Guerra Fria se estabeleceu uma força facilitadora da

multipolaridade no sistema internacional, uma maior liberdade, mesmo ainda havendo certa

pressão americana por uma organização unipolar no mundo. Para estes, a globalização no

campo da economia é o resultado esperado devido o desenvolvimento das forças produtivas e

da fragmentação da cadeia de trabalho a nível internacional e a força obrigatória para o

diálogo diplomático entre os estados.

Também neste pensamento CABRAL (2000) explica que a multipolaridade do sistema

e a necessidade de crescimento foi um dos pilares para o diálogo cooperativo entre Brasil e

China.

O novo dialogo Norte-Sul traduz-se no endividamento e permanente

limitação à soberania e independência dos países não detentores dessa força

produtiva. Neste contexto, as relações Sul-Sul, a exemplo da cooperação que

vem sendo construída entre o Brasil e a China, demonstram que ainda existe

a possibilidade de união e solidariedade entre os países do mundo em

desenvolvimento frente às relações de subordinação, contribuindo para a

construção de uma nova ordem internacional multipolar

...

Baixar como  txt (39 Kb)   pdf (85.6 Kb)   docx (37 Kb)  
Continuar por mais 20 páginas »
Disponível apenas no Essays.club