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Guerra na Síria e Refugiados no brasil

Por:   •  28/2/2018  •  4.286 Palavras (18 Páginas)  •  287 Visualizações

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[pic 1]¹ A Organização das Nações unidas conhecida pela sigla ONU é uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundial.

Dado o crítico contexto e esse dado numérico, perguntas precisam ser respondidas: Como o Brasil, com a alta taxa de imigrantes sírios, os tem recepcionado? Qual tem sido a condição social dos refugiados e quais são os programas para essa população específica? Eles encontram emprego e meios adequados de viver fora da taxa de subsistência? Responderemos estas questões com os olhos voltados para este quadro decorrente no Brasil.

- JUSTIFICATIVA

A taxa de refugiados sírios no Brasil tem aumentado cada vez mais por conta da Resolução Normativa n° 12/2005 publicada no diário oficial que diz “Dispõe sobre a autorização para viagem de refugiado ao exterior, a emissão de passaporte brasileiro para estrangeiro refugiado, quando necessário, bem como o processo de perda da condição de refugiado em razão de sua saída de forma desautorizada.” adotada pelo CONARE para desburocratizar a emissão de vistos para cidadãos sírios e outros estrangeiros afetados pela guerra dispostos a solicitar refúgio no país.

Tratam-se de pessoas que se encontram em situação de desespero, dispostas à pagar o preço que for por uma vida melhor em algum lugar que os acolha, ainda que isto às custe deixar para trás suas lembranças, familiares que ainda podem estar vivos, bens materiais frutos de uma vida inteira de trabalho e esperanças de que um dia a Síria voltará ser uma excelente morada, como antes da guerra. Para que os sírios possam entrar no Brasil, deve ser feito um pedido de refúgio junto ao CONARE.

Vencidos os grandes desafios para a chegada até aqui precisam encontrar emprego num país que já sofre com a falta de oportunidade de trabalho para os próprios brasileiros. Ao somar com as dificuldades da enorme diferença entre os dois Idiomas, os sírios sofrem muito para conseguir algum espaço no mercado de trabalho e interação social. Grande parte dos refugiados sírios no Brasil encontra-se no estado de São Paulo, onde existem comunidades religiosas que muitas vezes os ajudam com doações vindas de mesquitas e igrejas ortodoxas, católicas e cristãs, até mesmo acolhendo-os.

No Brasil, falar de uma possível divisão de espaço no mercado de trabalho entre um brasileiro nativo e um refugiado, seria uma centelha para o pensamento Xenofóbico, pois, em um país cada vez mais escasso de oportunidades, receber possíveis candidatos externos às raras vagas já disputadas internamente pode gerar alguma retaliação. Por outro lado não temos no nosso país um grupo ou partido contra imigrantes, por exemplo, o que é muito bom.

Porém, a descriminação e a falta de oportunidade são terrivelmente relatadas com cada vez mais frequência pelos refugiados. Em muitos casos, esses refugiados, chegam ao Brasil com ensino superior e formação acadêmica completa, são pessoas que detém grande conhecimento em diversas áreas, mas os brasileiros mostram preferência a um nativo do que um estrangeiro na hora de ocupar as oportunidades de emprego.

Na socialização com os novos povos recém-chegados, na divisão do mercado de trabalho e até mesmo no uso dos benefícios comuns provenientes do Governo à população, os sírios estão em posição de marginalização perante a prática destes atos xenofóbicos pela nação que tem o dever de ser hospitaleira e prestar até mesmo de compaixão com a situação do outro ser humano.

A necessidade de uma discussão inteligente do tema abordado se mostra de suma importância para obtermos novas visões à respeito do conflito que a Síria tem sofrido e que já perdura por 5 anos. Este é atualmente um problema mundial, pois das mais variadas formas, têm atingido diversas nações. A guerra tomou enormes dimensões, e o assunto não se limitou somente à políticos e à sociedade síria. Atualmente é uma questão de responsabilidade dos governos das grandes potências mundiais, que hoje em dia, buscam uma forma de conciliar e ajudar em uma possível solução para o fim do conflito.

- HISTÓRIA E ATUALIDADE DO CONFLITO E CRISE NA SÍRIA.

No ano de 2016 a guerra civil da Síria completa cinco anos de duração, com isso se cria o interesse e se faz necessário uma análise da raiz do problema, para que seja possível identificar a causa e principais interferências sociais e culturais do conflito, suas finalidades e razões, conquistas e perdas e principalmente dissipação cultural que assola o povo Sírio.

Hafez al-Assad pai do atual governante da Síria e também ex-presidente manteve-se no poder da nação durante três décadas, governando de forma ditatória e repressiva, passando o posto para o seu filho Bashar al-Assad, que se mantém no poder desde 2000 seguindo a mesma linha do governo de seu pai.

Em 15 de março de 2011 período em que as populações de países árabes, como Tunísia, Líbia e Egito se revoltaram contra os governos de seus países, o que começou de forma pacífica nos primeiros quatro meses, esse período foi conhecido como primavera árabe. Em dado momento um dos jovens que pintou um slogan revolucionário na parede de uma escola em um manifesto em favor da democracia, foi preso e torturado iniciando revoltas internas e a partir de agosto, manifestantes fortemente reprimidas passaram a recorrer à luta armada na cidade de Deraa. As manifestações tomavam força e punho de luta foi quando o governo tentou reprimir usando as forças armadas militares lançando fogo contra os manifestantes, matando milhares de pessoas. Após esse ato de repressão os protestos ganharam força e houveram manifestações em escala nacional pedindo a saída do presidente Assad.

A oposição começou a se armar, gerando uma guerra civil entre apoiadores de Assad contra grupos de esquerda. Em julho de 2013, a ONU levantou dados de que 90 mil pessoas haviam morrido no conflito. Apenas um ano depois, esse número já havia aumentado para 191 mil e, atualmente, já chegou a 250 mil. O problema atual se inicia quando grupos pró e contra o governo começam a usar a situação para defender outras lutas, por exemplo quando a maioria sunita enfrenta a xiita que apoia o presidente, e inclui a intervenção de países vizinhos e dos poderes globais, além de cometerem crimes de guerra e não se importarem com as penalizações perante órgãos mundiais. Os crimes de guerra não são a única violação dos conflitos, também é realizado o uso de armas químicas e violações severas dos direitos humanos.

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