A POLÍTICA EXTERIOR
Por: Lidieisa • 8/10/2018 • 2.164 Palavras (9 Páginas) • 282 Visualizações
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Um ponto importante para o país, foi o Plano Real, que funcionou de certa forma como uma ancora para a política interna, a partir daí ocorreu uma reconstrução na instituição que envolvia todo sistema financeiro, o regime comercial, enquanto procurava-se aumentar a produção e assim conseguir atingir o máximo em crescimento econômico, por meio do aumento dos investimentos privatizados externos e internos e dos produtos exportados. Assim, era possível notar, que seu governo caminhava a partir de três eixos fundamentais. O nacional, o regional e o internacional, o nacional tendo consigo as políticas comerciais e as políticas industriais, o regional que focava no Mercosul, e por fim, o internacional, no qual o brasil apostava suas intenções de crescimento e elevar-se para a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em seu governo, houveram diversas áreas privatizadas, as quais não agradaram muito ao povo, porém, foram com elas que o brasil conseguiu muitos dos investimentos externos, as quais não se pode esquecer, se iniciaram no governo Collor, e Fernando Henrique de continuidade, que apesar de ser a responsável pelos investimentos, ficou mais vulnerável a sofrer instabilidades externas.
Para o então presidente na época, certas transformações por volta dos anos oitenta foram de estrema importância para que se obtivesse resultados positivos em relação a política exterior, como a redemocratização, os mercados então abertos, e a moeda que foi estabilizada. Para ele essas transformações, juntamente as privatizações, foram unificadas como um só processo, obtendo assim bons resultados. Em seu ano de posse era notável a melhora em questões de relacionamento internacional.
Segundo suas palavras “[...]abrimos caminho para um melhor relacionamento com a comunidade internacional em todos os temas que, no passado, haviam sido sensíveis, como os direitos humanos, o desenvolvimento social, o meio ambiente ou a não-proliferação nuclear” (2001 p. 6).
Fernando Henrique buscou de todas as formas possíveis, evitar quaisquer conflitos que não pudessem ter solução, com quaisquer que fossem os países. Porém, havia um estranhamento em sua relação com a argentina, que o presidente tentava de todas as formas se entender, para não erar uma tensão desnecessária, pois era um momento no qual as divergências se tornaram mais intensas, em decorrência da desvalorização do Real.
Ao que se pode notar em sua história, os fatores que auxiliaram na reconstrução da ideia que os outros países tinham do brasil, foi não só a diplomacia do então presidente, mas também ao que podemos dizer, subjetivo sucesso do plano real. Durante todo seu governo, Fernando Henrique sempre teve como meta segundo Genoíno "refundar a credibilidade externa sobre a estabilidade interna”.
E segundo as palavras de Danese (1999, p.7) afirma que “desde o início, o governo FHC buscou combinar, por um lado, [...] maior poder nacional do país, graças à estabilização e aos atrativos representados pelas suas dimensões econômicas, incluindo sua participação no Mercosul, e pela abertura da sua economia; e, de outro, a vocação e a disposição pessoais do Presidente para protagonizar uma diplomacia presidencial no estilo hoje consagrado pelas melhores lideranças mundiais.”
Em seu governo, houve um notável aumento em relação a importância que se dava as relações exteriores em sua agenda interna, alguns temas como as críticas das políticas do governo, chamavam mais a atenção e despertava o interesse da sociedade para querer participar e entender como tudo isso funcionava. “Nunca antes associações empresariais, sindicatos, organizações não-governamentais, o Congresso Nacional, a opinião pública, em suma, haviam se engajado tanto no debate sobre as relações do Brasil com o mundo” (Silva, 2002, p. 302).
Fernando Henrique buscava sempre passar uma imagem positiva do brasil lá fora, focando assim, seu lado político, e que possuía um vasto conhecimento sobre diversas áreas, e tentando sempre manter o pacifismo entre o brasil e os outros países, principalmente entre os estados unidos e a argentina.
Crises
As crises que ocorreram no seu mandato, colocaram a mostra um governo meio despreparado para lidar com certas questões políticas e socioeconômicas, o esforço para tentar manter as coisas equilibradas ficou obvia, porém não pareceu ser suficiente. A crise do desemprego foi um dos pontos mais negativos de seu governo, tanto o congresso nacional quanto a oposição, apesar de tentarem, não conseguirão se opor a política governamental estipulada por Fernando Henrique, tentaram acusa-lo de ter defendido os interesses do capital de fora, ou seja, estrangeiro, das grandes indústrias e bancos, eliminar os direitos dos trabalhadores brasileiros, e caminhar com um ideal econômico que só fazia prejudicar as classes mais pobres. Seu governo então, rebateu as críticas dizendo que implementou sim programas que transferiam rendas aos mais pobres como o bolsa família, vale gás, e bolsa alimentação.
As oposições desaprovavam as aliança que criavam os vínculos entre as forças políticas conservadoras que elegeram e mantinham o governo de FHC. Porém, a maciça base parlamentar de assistência ao governo Fernando Henrique, colaborou de forma decisiva para atingir a estabilidade política. Esta estabilidade foi um dos aspectos de maior relevância da gestão de seu governo, dado que, além de garantir a governabilidade também foi benéfico para a solidificação da jovem e frágil democracia brasileira.
De acordo com estudiosos e pesquisadores do assunto “a forma de governo em vigor, ou seja, o sistema presidencialista, o multipartidarismo e o voto proporcional dificultavam enormemente a obtenção de maioria parlamentar estável no Congresso Nacional.”
Esse cenário foi apontado como a principal razão das crises de governabilidade que dificultavam que houvesse a continuidade administrativa e a implantação de reformas e programas políticos consistentes, dificultando assim, o avanço da redemocratização e consolidação da democracia no país.
Fernando Henrique enfrentou diversas crises mundiais durante seu governo, como a crise do México (1994-1995), a crise asiática (1997 – 1998), e a crise da Rússia (1998). A crise econômica do México, que ficou conhecida como Efeito Tequila, foi ocasionada pela falta de reservas internacionais, resultando na desvalorização do peso, no início da presidência de Ernesto Zedillo.
Essa crise, era resultado de uma crise de balança de pagamentos junto a especulação financeira e fuga de capitais,
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