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Resenha Crítica - Nós que aqui estamos por vós esperamos

Por:   •  12/10/2018  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  248 Visualizações

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A cada personagem exibido no filme, observava-se que com o passar dos anos a evolução os acompanhou, passando seus preceitos de geração para geração. A geração antecedente lutava por algum direito, hábito ou costume e a geração seguinte, que nasce com os mesmo já adquiridos pela sociedade, os emprega de maneira natural em sua vida e inicia-se a busca por novos direitos, hábitos e costumes. Bock; Furtado e Teixeira (2001) conceituam esse fenômeno da seguinte maneira: “ A assimilação pelo homem de sua cultura é um processo de reprodução no indivíduo das propriedades e aptidões historicas formadas pela espécie humana”. Ou seja, a cultura (hábitos e costumes) passa a ser inerentes ao indivíduo, uma vez que esses os são ensinados.

De grandes imperadores e líderes supremos a “meras formigas” de guerras. Ao longo da metragem vemos várias frases de homens relatando seus últimos momentos em vida, como as do Kamikazes. Jovens que mesmo sem experiência deixam suas famílias e são obrigados a irem para a fronte. Ao mesmo tempo em que conseguimos ver homens esperançosos comemorando o retorno do seu pelotão para casa, filhos que aguardam ansiosamente o pai já morto que nunca chega. Mulheres que choram ao reencontrar o marido.

Carl Sagan, um dos astrofísicos mais renomados da contemporaneidade, escreveu em um dos seus livros um texto conhecido como “Pálido Ponto Azul” que descreve aspectos que aconteceram diariamente, numa visão cosmológica. Ele nos remete que somos muito pequenos na visão de uma arena cósmica e devemos pensar nas infindáveis crueldades infringidas pelos habitantes desse imenso planeta azul, mesmo que contra suas vontades, mataram milhares. O quanto seus mal-entendidos resultou em guerras e ansiaram por se matar, o quanto líderes supremos se odeiam por cada ato cometido pelo outro. Nos rios de sangues derramados em guerras por generais e imperadores, para que, na glória e triunfo eles pudessem se tornar os mestres momentâneos de uma sociedade, e ter seus rostos estampados a cada esquina. Vale a pena lutar tanto nos dias de hoje por manter todo esse drama cultural, levar uma nação toda a tristeza, guerrear por terras desnecessárias. Se no fim, tudo que nos resta é a morte.

De fato há muitos conflitos que geraram o desenvolvimento sociocultural. Charles Wright, um sociólogo norte-americano, disse uma vez: “o indivíduo está constantemente relacionado com os aspectos gerais da sociedade”. Suas ações tomadas influenciam no desenvolvimento, por mais insignificante que sejam. O documentário tenta nos mostrar o que cada um contribuiu para termos a sociedade atual, as mulheres lutando pelos direitos, trabalhando nos armamentos militares, linhas telefônicas; os poetas, os escritores, os pensadores, filósofos, contribuintes, políticos, homens, mulheres e crianças.

Em todo o documentário, temos teatros sendo apresentados, pessoas tocando músicas e sorrindo, pessoas dançando e jogos de futebol. De certa forma eles esqueciam o que realmente estava acontecendo no mundo a fora, tentando disfarçar os fatos. Com o advento de entretenimento como televisão e internet, as pessoas têm ficado cada vez mais alienadas dentro de suas próprias residências, ignorando os acontecimentos mundias para anestesiar-se da destruição e crueldade que há fora de seu espaço de conforto. Ambiente altamente desejado para aqueles que praticam tais atos lamentáveis, sem ninguém para os julgar, criticar e até mesmo tira-los do poder.

- CONCLUSÃO

A partir dos argumentos do texto pode-se verificar que houve muitos avanços no século XX, o que resulta ao avanço do homem, o avanço da ciência e da tecnologia. Por outro lado, há uma proliferação do consumismo e da permissividade, informações não completas que vão ao pouco gerando indivíduos alienados de suas atividades e dos acontecimentos ao seu redor.

A subjetividade do homem e sua influencia na sociedade o define assim um ser multideterminado. Sendo assim, o homem acaba por se tornar um ser, segundo Bock; Furtado e Teixeira (2001), sócio-cultural. Construindo sua identidade a partir dos acontecimentos do seu cotidiano e da influencia de acontecimentos passados na sociedade a qual pertence.

A conceituação sócio-histórica não fica presa ao século XX. Ela nos é passada até os dias de hoje para a nossa indentidade e formação.

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- REFERÊNCIAS

Nós que aqui estamos por vós esperamos. Marcelo Masagão. Riofilmes,1999

BOCK, A. M.B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo: Saraiva, 2001.

Dados sobre o filme “Nós que aqui estamos por vós esperamos”.Disponível em . Acesso em: 31 de março de 2017.

SEGAN, Carl. Pálido ponto azul. Nova Iorque (EUA). Companhia das Letras. 1994.

WRIGHT, Charles Mills. A imaginação sociólogica. Nova Iorque (EUA). Editora Zahar. 1965.

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