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Remédios Saudáveis à Saúde

Por:   •  20/6/2018  •  5.264 Palavras (22 Páginas)  •  254 Visualizações

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ma de saúde. Porto Alegre tem 127 estabelecimentos seen by the population as the professional who can

municipais de saúde, sendo 117 unidades básicas de help them use the medicines and thus, he/she may

saúde, 8 centros de saúde e 2 hospitais. Também fa- have an essential role in promoting their rational use.

zem parte da estrutura 85 equipes do Programa de Keywords: SUS (National Health System); Community

Saúde da Família (Gerências distritais, 2006). healthcare workers; Information on medicines; Ratio-

A Unidade Básica de Saúde Santa Cecília/HCPA foi nal use of medicines.

inaugurada em outubro de 2004, resultado da parce- ria entre a Prefeitura Municipal, Hospital de Clínicas de Porto Alegre e a Universidade Federal do Rio Gran- de do Sul, com o objetivo exclusivo de prestar atendi- mento em atenção primária. Sua área de abrangência atinge aproximadamente 35.000 moradores. Dispõe dos serviços de acolhimento, atendimento odontoló- gico, pediatria, ginecologia, clínica geral e consultas para avaliação e orientação nutricional, realização de coletas para exames de análises clínicas, serviços de vacinação e procedimentos de enfermagem em geral. Esta UBS abriga os Programas de Saúde: Nascer, Prá-crescer, Esperança, Pré-Natal e acompanhamento de hipertensos e diabéticos (Hiperdia) e conta com duas equipes de PSF. Possui ainda uma farmácia – hoje funcionando como farmácia-escola da Faculdade de Farmácia/UFRGS – para dispensação de medicamen- tos constantes da Relação Municipal de Medicamen-

86 Saúde Soc. São Paulo, v.17, n.1, p.85-94, 2008

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tos (Remume) e realização de atenção farmacêutica (Gerências distritais, 2006; HCPA, 2006).

Entre os profissionais integrantes das equipes de saúde da família, o agente comunitário de saúde (ACS) é um dos responsáveis pelo desenvolvimento de ativi- dades de prevenção de doenças e promoção da saúde por meio de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade (OPAS, 2005; Brasil, 2006).

O SUS necessita superar alguns desafios, entre os quais a promoção do uso racional de medicamentos, que também é uma das diretrizes da Política Nacional de Medicamentos (Brasil, 1998). A inserção de ações relacionadas a esse objetivo junto à estratégia Saúde da Família, em que milhares de agentes de saúde atu- am diariamente em suas comunidades, é um passo fundamental. (Silva e col., 2005).

Grande parte das consultas realizadas no sistema de saúde gera prescrição de um ou mais medicamen- tos, porém existe muita dificuldade em garantir a dis- ponibilidade desses produtos nas unidades de saúde. Uma vez disponíveis, a preocupação passa ser a sua utilização correta (Silva e col., 2005). Quando bem uti- lizado, o medicamento é o recurso terapêutico com melhor relação custo-efetividade, no entanto, seu uso inadequado é um importante problema da saúde pú- blica mundial, com grandes conseqüências econômi- cas (OPAS, 2005).

O Ministério da Saúde tem se preocupado, há al- guns anos, em transformar os ACS em fomentadores do uso racional de medicamentos em suas comunida- des. Esta afirmação pode ser evidenciada na publica- ção da cartilha O trabalho dos ACS na promoção do uso correto de medicamentos (Silva e col., 2005). Entre os diversos problemas enfrentados pelas equipes de saúde da família, a promoção do uso adequado de medi- camentos talvez seja uma prioridade, visto que pode contribuir para a resolução de diversos problemas, incluindo fatores que determinam a dificuldade de acesso.

A proposta deste trabalho foi verificar o papel do medicamento na rotina dos ACS, estabelecer a percep- ção deles em relação aos serviços prestados pela farmá- cia da UBS Santa Cecília/HCPA e identificar quais in- formações sobre medicamentos os ACS necessitam para posteriormente abordá-las em treinamento específico.

Metodologia

Para o desenvolvimento do trabalho foi utilizada a téc- nica de grupo nominal (Jones e Hunter, 1999), que per- mite determinar pontos de vista ou percepções indivi- duais em relação a tópicos específicos. A proposta visa diminuir a profundidade e extensão da discus- são, garantir a larga convergência de idéias, envolver membros de um grupo em prioridades selecionadas e buscar acordo ou consenso no tópico em questão (Wi- lliams e col., 2005).

A técnica de grupo nominal vem sendo usada na educação do cuidado à saúde para solucionar proble- mas relacionados ao ensino de profissionais da saúde, visando envolvê-los na elaboração das mudanças pre- tendidas (Perry e Linsey, 2006). Uma das principais críticas ao trabalho em grupo é o potencial viés asso- ciado à predominância do ponto de vista de algum(ns) membro(s). Pela própria maneira como o grupo nomi- nal é organizado essas influências são evitadas e a igualdade é alcançada (Williams e col., 2006). O cará- ter democrático da técnica pode ser considerado um benefício adicional na obtenção de respostas que ex- pressem a idéia do grupo.

O grupo nominal tem por finalidade identificar e classificar em ordem de importância, problemas, ne- cessidades e medidas; sintetizar informação que per- mita consensuar critérios, programas de formação, me- didas de melhoria e buscar opiniões consolidadas e firmes, criatividade, atitudes geradoras e não avaliativas (Jones e Hunter, 2005).

Seguindo a técnica, o encontro foi planejado pri- meiramente selecionando os participantes de interes- se, que nesse caso foram os agentes de saúde das duas equipes do PSF da UBS Santa Cecília.

Para alcançar os objetivos do trabalho, foram ela- boradas quatro perguntas, testadas previamente com atendentes de farmácia de outra unidade, com o intui- to de verificar o grau de compreensão das questões. As perguntas foram feitas aos participantes na se- guinte ordem: 1. Qual o papel do medicamento na sua rotina de traba- lho com a comunidade? 2. Qual a sua opinião a respeito da atual organização da farmácia da UBS Santa Cecília?

Saúde Soc. São Paulo, v.17, n.1, p.85-94, 2008 87

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