RESENHA CRÍTICA O SUJEITO E O PODER (MICHEL FOUCAULT)
Por: Eduardo Vinicius • 17/10/2022 • Resenha • 604 Palavras (3 Páginas) • 884 Visualizações
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Centro de Estudos Sociais Aplicados
Departamento de Direito Público
Disciplina: Direitos Humanos
Docente: Prof. Renata Vieira Meda
Discentes: Eduardo Vinicius de Oliveira
Gabriel Fernando Souza Lopes
Turma: 5.000
RESENHA CRÍTICA: O SUJEITO E O PODER - MICHEL FOUCAULT
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Ao tratar da interação entre o sujeito e o poder, Foucault busca analisar as maneiras de resistência, tendo em vista que permitem enfatizar as relações de poder onde elas se inscrevem e quais os métodos que utilizam que permitem descobrir seus pontos de aplicação. Sua análise, portanto, concentra-se nas relações de poder, mas, conforme o filósofo, o tema central de seus estudos é o sujeito.
Conforme o autor, para entender no que consiste essas relações de poder, é essencial analisar as formas de resistência e os esforços empenhados pelos sujeitos para se desvincular dessas relações. São lutas que questionam o status do indivíduo. Por um lado, esse indivíduo busca e reivindica o direito de ser diferente e enfatiza tudo o que pode torna-lo realmente individual. Por outro lado, esse mesmo indivíduo luta contra qualquer coisa que possa o isolar, ou seja, separá-lo dos outros, fragmentar a vida comunal, força-lo se concentrar em si mesmo e conectá-lo com suas próprias identidade.
Segundo o filósofo, esse conflito não é a favor ou contra o indivíduo, mas sim, contra o que Foucault chama de governo pela individualização. Essa luta resiste à influência de forças relacionadas a conhecimentos, habilidades e qualificações. Eles lutam contra o privilégio do conhecimento e também resistem ao enigmático, ao distorcido, ao místico das expressões impostas a eles. Para Foucault, as lutas na sociedade moderna giram em torno dessa busca por identidade, sendo uma rejeição da abstração, uma rejeição da violência do estado econômico e ideológico que ignora a individualidade dos sujeitos.
Em síntese, o objetivo principal dessas lutas, conforme o ilustre escritor, não é atacar uma determinada instituição de poder, grupo, classe ou elite, mas, na verdade, atacar um método específico de domínio, ou seja, a forma de imposição de poder exercida sob os indivíduos no cotidiano. Esse poder classifica os sujeitos em categorias, designa-os pela individualidade e liga-os a uma pretensa identidade.
Conforme Foucault, desde século XVI, é possível averiguar que ocorreu uma mutação no que diz respeito ao poder pastoral e poder político, de forma que ambos deram lugar a uma série de poderes individualizantes, como educação, família, entre outros, a título de exemplo, o autor cita o Cristianismo, uma instituição religiosa organizada como igreja e que postula princípios os quais devem ser dogmaticamente cumpridos pelos seus seguidores, sob pena de não encontrarem a salvação, portanto, os sacerdotes exerceriam sobre seus fiéis uma forma de poder pastoral.
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