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Labelling Approach

Por:   •  6/3/2018  •  1.034 Palavras (5 Páginas)  •  229 Visualizações

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pois, acaba sendo determinista em demasia, implicando que uma vez etiquetado, uma carreira de desvios é inevitável. Este nem sempre é o caso.

Isso leva os teoristas aderentes à “labelling approach” a analisar como e porque as leis são feitas. Eles estão particularmente interessados no papel que Becker chama de “empreendedores morais”. Estes são aqueles indivíduos que lideram a ‘cruzada’ moral afim de mudar as leis na crença de que tal mudança irá beneficiar àqueles a quem ela aplicava se. Entretanto, Becker argumenta que esta nova lei invariavelmente possuiu dois efeitos: Ela criaria um novo grupo de ‘outsiders’ – foras da lei ou desviantes que quebrariam nova regra, e criaria ou expandiria um agente de controle social (como a policia) para aplicar e impor rótulos aos novos ofensores. Um exemplo disso é como, na era Vitoriana, o termo ‘juvenil’ entrou em jogo. Este foi o resultado de uma campanha de empreendedores morais de classe alta Vitoriana que usaram o termo juvenil para proteger jovens em situação de risco. Isso pôs esses jovens em uma categoria separada de ofensores perante as cortes de justiça, e permitiu o Estado a estender seus poderes além de ofensas criminais envolvendo os jovens, nas chamadas ‘ofensas de status’, a ‘vadiagem’ sendo um exemplo notório. Isso mostra que o etiquetamento dentro de grupos sociais pode causar a dispersão de subgrupos, como os jovens, o que leva como consequência diferentes sanções legislativas destinadas a estes subgrupos.

A teoria do etiquetamento mostra que a lei não é um apanhado de regras fixo que pode ser tomado levianamente, mas algo cuja construção devemos justificar. Mostra que a lei muitas vezes possui cunho discriminatório e é aplicada como tal (tomemos como exemplo a classificação da homossexualidade como doença em meados dos anos 60). Conclui se que esta foi a primeira teoria a reconhecer o papel do ‘poder’ em criar desvios, mas ela falha em analisar a fonte desse poder.

REFERÊNCIAS

• Outsiders: Studies in the Sociology of Deviance.: (The Free Press, 1963 New York).

• Trabalho sociológico: Método e substância. (Chicago: Adline, 1970).

• "La Confusion de Valeurs", pp 11-28 em Pierre-Michel Menger e Jean-Claude Passeron, eds,.. de la recherche L’art: Mélanges , (Paris: La Documentation Française, 1994).

• “Boys in White”, BECKER, Howard. (Chicago: University of Chicago Press

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